Em junho de Juche 15 (1926), ocorreu na Coreia a Manifestação de 10 de Junho pela Independência contra a ocupação militar do imperialismo japonês (1905-1945).
Foi uma explosão do rancor ao império japonês acumulado pelo povo coreano e uma demonstração de sua vontade patriótica de recuperar a soberania da nação.
Enquanto se intensificava ainda mais sua aspiração à independência depois do Levante Popular de Primeiro de Março, foi empreendida com dinamismo a luta patriótica antijaponesa por toda parte do país. Ao julgar que não podiam desanimar esse ímpeto cada vez mais crescente com armas, os imperialistas japoneses tentaram manter e fortalecer sua dominação colonial mediante malignos e astutos métodos mudando a governança militar para a “civil”.
Porém, sua artimanha não pôde apaziguar o ardor de luta antijaponesa do povo coreano.
Naquele período, faleceu Sunjong (1874-1926), último imperador da dinastia feudal de Joson (1392-1910). Com motivo de seu falecimento, aumentou o sentimento antijaponês dos coreanos.
O imperialismo japonês, aturdido, atuou freneticamente para a repressão mobilizando até policiais e militares, porém o sentimento antijaponês do povo coreano indignado resultou na manifestação antijaponesa em escala nacional em 10 de junho de Juche 15 (1926). Muitos habitantes de Seul, Inchon, Taegu e outras localidades saíram às ruas e se levantaram com valentia frente às armas dos soldados e policiais gritando slogans como: “Viva a independência da Coreia!”, “Fora exército japonês!” e “Uni-vos, independentistas da Coreia!”. Nesse processo foram feridos mais de 160 participantes e detidos e encarcerados mais de 200.
A manifestação efetuada em escala nacional demonstrou patentemente a vontade de independência e o ardente patriotismo da nação coreana que não se intimida ante a qualquer opressão, desnudou a natureza bestial do império japonês e a astúcia da “governança civil”, assim como sacudiu pela raiz seu sistema de dominação colonial.
Transcorreu quase um século desde que ocorreu a manifestação de 10 de junho.
Por mais que o tempo tenha passado, não se pode jamais aplicar um estatuto de limitações aos crimes de lesa humanidade que o imperialismo japonês cometeu contra os coreanos. O povo coreanos os fará pagar sem falta por todos seus delitos do passado.
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