Foi levada a cabo recentemente no Japão uma campanha de recolhimento de assinaturas de centenas de milhares de habitantes contra a emenda constitucional, orientada a estipular a existência das "Forças de Autodefesa".
Segundo os informes, muitos cidadãos tomaram parte ativa nessa ação multitudinária apesar das condições difíceis como regulações de saída pela proliferação do COVID-19.
O fato reflete a ira dos habitantes japoneses contra o atual governo, que anda desesperado para introduzir mudanças na Constituição, e sua aspiração de que seu país não se envolva novamente em guerras terríveis.
Agora, o Primeiro-Ministro japonês Abe faz todo o possível para executar a emenda da carta magna dentro de seu mandato que não falta muito para expirar.
Reforça a propaganda sobre a "justeza" da emenda dizendo: "é invariável minha intenção de realizá-la com minhas próprias mãos", "vamos colocar ponto final na disputa constitucional ao anotar claramente na Constituição a existência das forças de autodefesa" e "há que criar um ambiente em que os militares de autodefesa possam atuar com a moral elevada".
Insistindo em que a "reforma é a orientação principal e a missão histórica do Partido Democrático Liberal", mobiliza as forças partidistas como brigada de choque por uma parte e, por outra, pressiona a Dieta a acelerar a emenda.
As obstinadas manobras da camarilha de Abe constituem, em sua essência, um ato perigosíssimo orientado a converter o Japão em um Estado capaz de fazer guerra ao assentar a base legal da militarização e da expansão a ultramar.
Desde sua derrota na guerra até a data, o país insular completou em todos os lados os preparativos de nova agressão mediante suas tentativas de converter-se em potência militar. O único que lhe falta é inventar a Constituição belicosa que lhe permita tornar-se "capaz de ter o exército e executar a guerra".
Uma vez lograda a ambição, poderão legalizar a agressão a ultramar e mobilizar no tempo de guerra todos os recursos humanos e materiais do país, está é a intenção dos reacionários japoneses.
O Japão abriga a ilusão de realizar sua ambição da "Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental", ou seja, a hegemonia da Ásia e posteriormente a mundial, ao empreender nova guerra de agressão.
A atual Constituição do Japão é um compromisso legal firmado ante a sociedade internacional renunciando à militarização e à agressão a ultramar.
Se o Japão modifica a carta magna de ponta a ponta, emergirá como inimigo comum da humanidade.
A história evidencia que foi sempre trágico o destino dos desafiantes à aspiração da humanidade de viver em paz.
O Japão deve atuar com prudência tendo em mente que graças à sua Constituição pacífica, pôde viver sem contratempos até hoje em dia a região da Ásia-Pacífico onde se guardam todavia o rancor e ódio a essa nação.
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