terça-feira, 13 de agosto de 2019

Ao encontro do grande acontecimento da restauração da pátria, bem preparados


Informe proferido na Conferência de Quadros Militares e Políticos do Exército Revolucionário Popular da Coreia realizada em Xiaohaerbaling, do distrito de Dunhua, em 10 de agosto de 1940.

Camaradas:

Hoje, nos reunimos aqui para tratar das orientações e tarefas da próxima luta do Exército Revolucionário Popular da Coreia conforme as mudanças da situação.

Já transcorreram quase 10 anos desde que os comunistas coreanos fundamos a Guerrilha Popular Antijaponesa e começamos a luta armada contra o vandálico imperialismo japonês. Neste lapso, em duros combates desferimos demolidores golpes militares e políticos aos agressores imperialistas japoneses e criamos sólidas bases para um novo auge da revolução coreana em geral.

Nestes 10 anos de árdua luta, antes de tudo, cresceu e se consolidou militar e politicamente o ERPC, coluna vertebral da revolução coreana. Fundado o ERPC, se complementou e fortaleceu constantemente incorporando em suas filas os membros avançados da classe trabalhadora e do campesinado e os jovens revolucionários e enriqueceu seus armamentos com armas conquistadas do inimigo. Ademais, tanto nos incessantes e encarniçados combates contra este como nos treinamentos militares e políticos, todos os quadros de comando e os soldados do ERPC se fortaleceram militar e politicamente, e acumularam ricas experiências de combate. Desta maneira, o Exército Revolucionário Popular da Coreia cresceu e consolidou-se como poderosa força armada revolucionária.

Junto com isto, estabelecemos as sólidas bases para a fundação de um partido marxista-leninista. Com este fim, nós, os comunistas coreanos, cumprimos um persistente labor preparatório em meio às chamas da luta armada. Inculcando a consciência revolucionária a vastos setores de operários, camponeses e outros trabalhadores, e agrupando-os em torno dos comunistas, pudemos criar a base de massas para a fundação do partido. Simultaneamente, no fragor da Luta Armada Antijaponesa e nas atividades revolucionárias clandestinas formamos muitos comunistas de procedência operária e camponesa. Sobretudo, numerosos elementos medulares, nascidos em meio às duras provas e das chamas da sangrenta guerra, constituem o mais valioso patrimônio de nossa revolução, o qual fazem aporte sustancial e, sem dúvida, serão os pilares de nosso futuro partido.

Também logramos grandes êxitos no movimento da frente unida nacional antijaponesa chamando a organizar e agrupar as amplas forças patrióticas antijaponesas.

Organizamos e aglutinamos os trabalhadores, camponeses e outras amplas massas antijaponesas de diversas classes e classes sociais. Em particular, ao fundar em maio de 1936 a Associação para a Restauração da Pátria como entidade organizativa da frente unida nacional antijaponesa, se abriu uma nova via para agrupar as amplas forças patrióticas antijaponesas em torno dos comunistas e estender e consolidar mais as forças revolucionárias. Criada esta Associação, os trabalhadores, camponeses, jovens estudantes, intelectuais, empresários e comerciantes medianos e pequenos, religiosos, nacionalistas, enfim, todas as massas antijaponesas amantes do país e da nação, incorporados à frente para a restauração da pátria, empreenderam resolutamente o caminho de luta antijaponesa indicado no Programa de Dez Puntos.

Todos estes são êxitos sagrados e valiosos logrados à custa do sangue derramado pelos camaradas revolucionários. Por isso, não podemos descartá-los, mas ao contrário, devemos reforçá-los ainda mais e sobre sua base seguir lutando vigorosamente até a vitória final.

Camaradas:

As vertiginosas mudanças da atual situação nos obrigam definir novas orientações de luta e consagrar magnos esforços para plasmá-las na prática.

A Segunda Guerra Mundial provocada pela Alemanha fascista ao agredir a Polônia, se expande rapidamente com o passar dos dias. Após invadir a Polônia, a Alemanha fascista ocupou outros países da Europa e recentemente toda a França.

No Oriente os imperialistas japoneses se esforçam freneticamente para estender sua guerra agressiva a todo o continente asiático. Sem haver terminado a guerra agressiva contra a China continental que dura já vários anos, tentam estender as chamas da guerra para as zonas do sudeste da Ásia. O imperialismo japonês, que depende do estrangeiros de onde recebe a maior parte dos principais materiais estratégicos como petróleo, aço e a borracha entre outras, concede vital importância a seu avanço até estas zonas, havendo abrigado o sonho, desde muito tempo, de ocupar estes países.

Hoje em dia, os imperialistas japoneses pretendem apoderar-se das nações das ditas zonas, aproveitando a oportunidade de que os imperialistas ingleses, franceses e holandeses, devido à ocupação e pressão da Alemanha fascista na Europa, não podem ocupar-se com suas colônias no sudeste da Ásia.

Ao mesmo tempo que empreendem enlouquecidamente a guerra agressiva, os imperialistas japoneses praticam uma desenfrenada ofensiva “punitiva” sem precedente contra o Exército Revolucionário Popular da Coreia com o fim de “assegurar a retaguarda”.

Os imperialistas japoneses que nos últimos 10 anos transcorridos em sua dominação colonialista e guerra agressiva receberam golpes demolidores devido às impetuosas atividades militares e políticas do ERPC, se deram conta de que sem a “aniquilação” do ERPC serão impossíveis “operações simultâneas em duas direções: União Soviética e China”, nem conseguirão realizar seu sinistro propósito de conquistar a Ásia; esta é a monstruosa e nunca antes vista ofensiva “punitiva”, empreendida com o fim de “aniquilá-lo por completo”. Desde o outono do ano passado foram lançadas nestas operações “punitivas” suas unidades seletas, tropas do exército títere de Manchukuo, destacamentos de policias, no total más de 200 mil efetivos, além de aviões e outros muitos equipamentos técnicos modernos de guerra.

Encima da ofensiva militar, os imperialistas japoneses intensificam mais a ofensiva política e ideológica. A fim de cortar as relações de organização de nosso Exército Revolucionário com as massas populares, reforçaram os equipamentos militares das aldeias de concentração impedindo o livre trânsito da população e recrudescendo como nunca a repressão e assassinatos contra as organizações e a gente revolucionárias e aos habitantes patrióticos. Estas crueldades do imperialismo japonês chegaram ao extremo, e como resultado são selvagemente os numerosos patriotas da Coreia.

Os inimigos também aferram mais sua política de bloqueio econômico contra o Exército Revolucionário. Os imperialistas japoneses extremam o controle, sobretudo, dos alimentos, e às pessoas que tem algumas reservas de sal e fósforos, por exemplo, a castigam severamente imputando-lhes “cumplicidade com os bandidos comunistas”.

Todavia, essa ofensiva “punitiva”, de inaudita envergadura, contra o Exército Revolucionário, não é sinal de força do inimigo, pois embora os últimos façam esforços desesperados, estão condenados à derrota. Nenhuma ofensiva “punitiva”, por maior que seja, nem outras raivosas tramóias dos imperialistas japoneses poderão enfraquecer o espírito combativo dos quadros de comando e dos soldados do Exército Revolucionário Popular da Coreia, equipados como aço no crisol da renhida luta, em conter o avanço triunfal da Luta Armada Antijaponesa.

Os imperialistas japoneses com sua desenfreada expansão da guerra agressiva, estão se isolando mais e mais tanto no exterior como no interior, ao tempo que, sem salvação, se afundam em um pântano no plano político, econômico e militar.

Primeiramente, os imperialistas japoneses não estão em condições de suprir a falta de efetivos e materiais bélicos que se necessita cada vez mais a medida que se amplia a frente. Sua situação é tal, que todavia não conseguiram recuperar-se da perda de mais da metade de suas “unidades seletas”, sofrida na guerra sino-japonesa. Isto evidencia claramente que jamais poderão satisfazer as necessidades enquanto a efetivos na frente que se estende a toda Ásia.

No fornecimento de materiais bélicos, os imperialistas japoneses também tropeçam com grandes dificuldades. Já no transcurso da guerra sino-japonesa se revelou plenamente sua fatal debilidade: a dependência da importação da maior parte dos importantes materiais estratégicos necessários em grandes quantidades, na guerra moderna. E a medida que a guerra se amplie e prolongue-se os imperialistas japoneses tropeçarão com mais dificuldades neste sentido.

Em suas frenéticas maquinações para expandir a guerra agressiva, os imperialistas japoneses tiveram que enfrentar a potente resistência dos povos da Coreia, China e de muitos outros países asiáticos.

Hoje, nosso povo, alentado pelas atividades militares e políticas do ERPC, impulsiona com dinamismo distintas formas de luta contra o saque e a repressão bandidescos do imperialismo japonês, enquanto que o povo chinês, empreendendo audazmente a guerra antijaponesa de salvação nacional, acerta duros golpes nos agressores imperialistas japoneses.

A grande União Soviética e os povos do mundo inteiro amantes da paz também condenam energicamente as manobras de guerra de agressão do imperialismo japonês.

Os imperialistas japoneses também enfrentam uma poderosa resistência popular em seu próprio país. São cada dia mais notórios entre os trabalhadores, camponeses e outras vastas massas populares do Japão o descontentamento com a reacionária casta militarista, e o espírito de oposição à guerra agressiva.

Ao avivar as chamas da guerra de agressão em toda a Ásia, o imperialismo japonês agudiza mais suas contradições com os Estados Unidos, Inglaterra e outros Estados imperialistas que possuem colônias e concessões nesta região.

Como resultado, tropeça pelos quatro lados com uma potente repulsa, protesto e reprovação, atolando-se vertiginosamente no pântano. Tudo isto demonstra claramente que sua derrota é inevitável, é questão de tempo, e que se aproxima o dia em que nosso povo culminará sua grande missão histórica de restaurar a pátria.

Tal situação nos exige imperiosamente realizar bem os preparativos para acolher com iniciativa o magno acontecimento da restauração da pátria.

Em primeiro lugar, temos que preparar a consciência para a batalha decisiva para a definitiva derrota do vandálico imperialismo japonês, baseando-nos nas valiosas façanhas e experiências logradas nos quase dez anos de Luta Armada Antijaponesa.

Ademais, é necessário fazer preparativos para, uma vez liberada a pátria, fundar o partido da classe operária, o Poder popular e as forças armadas populares e continuar o impulso vigoroso de nossa revolução. Sem isto não será possível salvaguardar as conquistas revolucionárias nem levar adiante a revolução.

O mais importante nos preparativos para acolher com iniciativa o grande sucesso da recuperação da pátria é conservar e acumular as forças do ERPC, coluna vertebral da revolução coreana, e convertê-las em competentes quadros políticos e militares.

Somente conservando e acumulando as forças do Exército Revolucionário Popular da Coreia, treinando-os como competentes quadros políticos e militares, poderemos empreender felizmente a batalha decisiva contra os imperialistas japoneses e lograr uma vitória brilhante, para depois, tomando-as como base, edificar uma nova Coreia na terra-pátria liberada. Por esta mesma razão, a mais importante tarefa estratégica de nossa revolução é a de conservar e acumular as forças revolucionárias mediante enérgicas iniciativas, evitando perdas em combates insensatos.

E a fim de cumprir exitosamente esta tarefa estratégica temos que passar das operações de grandes unidades às de pequenas.

Dada a presente condição que se recrudesce como nunca a ofensiva “punitiva” dos imperialistas japoneses, se seguimos combatendo o inimigo como antes com grandes unidades, nossas forças sofrerão perdas inevitáveis. Isto precisamente seria favorável ao inimigo em seu propósito de dizimar e debilitar a todo custo as forças do ERPC, e acarretaria em graves consequências no futuro da luta antijaponesa de libertação nacional de nosso país. Isso de gastar e debilitar nossas próprias forças revolucionárias colocando-as cara a cara com os inimigos que fazem seus últimos esforços desesperados, contradiz por si mesmo a exigência da guerra de guerrilhas cujo principio básico é aniquilar a muitos inimigos, conservando ao máximo as forças guerrilheiras.

Frente às últimas ações do inimigo desesperado, devemos realizar operações de pequenas unidades para frustrar seus propósitos e preservar e acumular as forças do Exército Revolucionário Popular da Coreia.

Ademais, a ação do ERPC de desistir de ações de grandes unidades e passar às ações de pequenas unidade é uma tarefa urgente para preparar sólidas forças revolucionárias de nosso povo.

Para acolher com iniciativa o grande acontecimento da restauração da pátria, além de acumular e conservar as forças do Exército Revolucionário Popular da Coreia, é preciso preparar bem política e ideologicamente o nosso povo. Somente então será possível organizar e desenvolver com êxito a resistência de todo o povo contra o imperialismo japonês, em combinação com as operações de grandes destacamentos do ERPC, na hora em que chegar o grande acontecimento da recuperação da pátria.

Atualmente, os inimigos intensificam como nunca a repressão fascista e a ofensiva ideológica reacionária contra nosso povo para frear seu avanço revolucionário e paralisar sua consciência nacional e despertar classista. Devido a isso, uma urgente tarefa de todos os quadros de comando e soldados do ERPC —que constituem a força medular da revolução coreana—, é realizar mais energicamente que nunca o trabalho político entre as massas.

Para desenvolvê-lo há que organizar os comandantes e soldados do ERPC em numerosas unidades pequenas e grupos de trabalho político e intensificar a luta clandestina, de maneira que possam profundamente penetrar nas massas antijaponesas cada vez mais nutridas. Somente assim pode levar a cabo um frutífero labor de organização e preparação revolucionária entre as grandes massas antijaponesas, incluso nas difíceis condições em que se recrudescem como nunca a ofensiva “punitiva” dos inimigos contra o Exército Revolucionário e seu despotismo fascista contra o povo.

A tarefa do ERPC de passar de ações de grandes destacamentos às ações de pequenas unidades não somente é exigido atualmente pelo desenvolvimento da luta antijaponesa de libertação nacional de nosso país, mas também é o conselho da Internacional Comunista.

No presente os Estados fascistas que ambiciosos de dominar o mundo provocaram a Segunda Guerra Mundial, estão acelerando furiosamente, instigados pelos imperialistas estadunidenses e britânicos, os preparativos de uma guerra para agredir a União Soviética, país socialista. Com este propósito a Alemanha fascista se apressa em mobilizar todos os recursos humanos e materiais de numerosos países da Europa já ocupados, enquanto no Oriente, os imperialistas japoneses tentam desencadear uma guerra de agressão contra a União Soviética, intenção abrigada desde muito tempo. A Alemanha fascista no Ocidente e o Japão imperialista no Oriente deslocaram numerosas divisões de elite nas fronteiras com a União Soviética e nas zonas próximas, apoiando-se mutuamente, aproveitando uma oportunidade favorável para invadi-la. Desta maneira, a União Soviética —país socialista e sólido baluarte da classe operária e das nações oprimidas de todo o mundo—, corre o perigo de ser atacada pelos dois Estados fascistas mais ferozes por ambos lados, no ocidental e no oriental.

Se a União Soviética for vítima de ataque conjunto dos países fascistas, isto acarretará em grande perigo para o desenvolvimento da revolução mundial em seu conjunto e para a paz mundial, sem falar da já imensa ameaça à segurança e construção socialista da própria União Soviética.

Frente à complicada situação motivada pelo crescente perigo de uma agressão ao país dos sovietes  por parte da Alemanha fascista e do imperialismo japonês, a União Soviética pratica hoje uma política de distensão no Oriente com o fim de frear uma invasão dos Estados fascistas, e especialmente evitar o perigo de um ataque conjunto dos Estados fascistas, ganhando assim tempo necessário para fortalecer mais o poderio de sua defesa nacional.

Em relação a isso, a Internacional Comunista, mediante o emissário enviado recentemente, nos aconselhou que as unidades guerrilheiras antijaponesas que atuam nas zonas da Manchúria interromperam por certo tempo as operações em grandes destacamentos, para aliviar a tensão nas zonas fronteiriças da União Soviética com a Manchúria e não dar pretexto aos agressores imperialistas japoneses para desencadear uma guerra de agressão contra ela.

Nós não podemos ignorar o conselho da Internacional Comunista, posto que os imperialistas japoneses consideram as atividades das guerrilhas antijaponesas como “hostilidades” da própria União Soviética contra eles, e tratam de utilizá-las como pretexto para desatar uma guerra de agressão contra a União Soviética. É um sagrado dever internacionalista dos comunistas frear e destruir os planos de agressão dos Estados fascistas contra a URSS, Estado socialista, e defendê-la. Se interrompemos por certo tempo as operações em grandes destacamentos, segundo nos sugere a Internacional Comunista, privaríamos os imperialistas japoneses de um pretexto para agredir a União Soviética e aportaríamos um serviço eficaz à sua política de distensão no Oriente, política elaborada a fim de consolidar ainda mais os preparativos para afrontar com iniciativa as manobras agressivas dos  Estados fascistas. Por isso, temos que lutar até a vitória final, valendo-nos das hábeis táticas conforme nos exige a situação.

Camaradas:

A nova orientação estratégica de passar das operações em grandes destacamentos às ações em pequenas unidades é mais acertada para antecipar a vitória total da revolução coreana e promover a revolução mundial, atendo-nos às mudanças produzidas na situação. Todos os quadros de comando e os soldados devem ter uma cabal compreensão do significado e justeza da nova orientação estratégica e luta vigorosamente para sua execução.

Devemos formar pequenas unidades e grupos de trabalho político, incorporando neles proporcionalmente os quadros políticos e militares, os veteranos e os inexperientes, e organizar e desenvolver um trabalho ativo para por em prática o quanto antes a nova orientação estratégica.

Em primeiro lugar, há que organizar e empreender um dinâmico trabalho político para agrupar as amplas massas antijaponesas. Na preparação para receber o grande acontecimento da recuperação da pátria, o trabalho político entre as massas adquire importantíssimo significado. Particularmente, agora que o Exército Revolucionário Popular da Coreia cessa suas atividades em grandes destacamentos e o imperialismo japonês recrudesce como nunca a repressão fascista antipopular, se não levamos a cabo com afinco o trabalho político entre o povo, este não terá fé na vitória da revolução, e por conseguinte perderemos as masas revolucionárias que já ganhamos.

Com vista a atrair seguramente para o lado da revolução as grandes massas, é preciso organizar e dirigir eficazmente as organizações de massas. As pequenas unidades e grupos de trabalho político do ERPC devem penetrar entre as numerosas massas antijaponesas na Coreia e Manchúria com o fim de reabilitar e reordenar as organizações da Associação para a Restauração da Pátria e outras agrupações revolucionárias, desarticuladas pelo inimigo, e engrossá-las e desenvolvê-las energicamente.

Deste modo há que aglutinar nas organizações revolucionárias as massas antijaponesas cada vez mais amplas. A fim de preparar firmemente as grandes massas para o combate decisivo contra o imperialismo japonês, organizando-as e aglutinando-as, todos os quadros de comando e os soldados devem ser seus organizadores e ao mesmo tempo elevar mais seu papel de educadores. Temos que os fazer as grandes massas antijaponesas ver claramente a perversa e bárbara que é a dominação colonialista do imperialismo japonês, o Programa de Dez Pontos da Associação para a Restauração da Pátria, a estratégia e a tática da revolução coreana, a situação interna e externa em brusca mudança e demonstrar-lhes que a derrota do imperialismo japonês é inevitável.

Somente então será possível os inspirar confiança na vitória da revolução e prepará-las bem política e ideologicamente para que chegado o momento decisivo da revolução se levantem em apoio ao combate final do Exército Revolucionário Popular da Coreia.

Vamos realizar o trabalho político entre as massas em condições de extrema repressão fascista do inimigo. Por isso, é preciso como nunca nos ater estritamente aos princípios de trabalho clandestino, realizar sempre toda tarefa de acordo com um plano bem meditado e detalhado, e guardar o segredo até a morte.

Em segundo lugar, nas extensas zonas da Coreia e da Manchúria há que realizar habilmente ações militares em pequenas unidades.

Estas operações constituem na atualidade uma importante garantia para acelerar a derrota total dos agressores imperialistas japoneses e, especialmente, para assegurar e consolidar o êxito do trabalho político entre as amplas massas.

Enquanto nos guardamos rigorosamente de aventuras militares que afetem os interesses gerais da revolução, devemos perturbar a retaguarda inimiga e apoiar militarmente as atividades políticas entre as vastas massas, realizando por toda parte incessantes e hábeis combates de assalto para castigar os militares e policias do imperialismo japonês e seus lacaios e destruir suas instalações militares. Assim temos que infundir constante pânico aos inimigos e fortalecer em nosso povo a fé no triunfo da revolução.

Ademais, bem conscientes da importância da exploração militar na preparação do combate final contra o imperialismo japonês, os pequenos destacamentos e grupos de trabalho político terão que redobrar o trabalho de reconhecimento de seus efetivos, fortificações e instalações militares.

Em terceiro lugar, cada soldado ou comandante deve se esforçar por todos os meios para elevar seu nível de consciência política e adquirir ricos conhecimentos militares.

Em vésperas do grande acontecimento da restauração da pátria, necessitamos numerosos quadros bem instruídos política e militarmente. Da firme preparação política e militar de todos os comandantes e soldados do ERPC —força medular da revolução coreana—, depende o problema de acolher devidamente o grande sucesso de resgate do país que se aproxima.

Para adquirir um sólida preparação tanto político-ideológica como técnico-militar todos os comandantes e soldados devem estudar com empenho aproveitando toda ocasião e possibilidade. Devem estudar com afinco a teoria marxista-leninista, e em particular, aprender a fundo a linha, a estratégia e a tática da revolução coreana. De modo que todos cheguem a converter-se em competentes ativistas políticos capazes de desempenhar cargos de grau superior e organizar e mobilizar com habilidade as massas na luta revolucionária. Paralelamente a isto, devem treinar a tática guerrilheira e aprender com afinco os conhecimentos militares avançados e a tecnologia de todas as armas, necessários na guerra moderna.

Em quarto lugar, há que fazer os máximos esforços para fortalecer a solidariedade com todas as forças revolucionárias do mundo.

O fortalecimento da solidariedade com as forças revolucionárias do mundo é um dever sublime dos comunistas e um dos principais fatores para garantir o triunfo de nossa revolução. Devemos seguir mantendo no alto a bandeira do internacionalismo proletário.

Hoje, dado que os Estados fascistas como Alemanha e Japão atuam freneticamente para desatar uma guerra de agressão contra a União Soviética, nosso dever primordial é lutar ativamente para frear e destruir essas maquinações e defender a União Soviética, país socialista, robustecendo ainda mais a amizade e solidariedade com seu povo.

Fortalecer a solidariedade com o fraterno povo chinês tem significado de particular importância para o fortalecimento de nossas forças revolucionárias. Temos que aprofundar e robustecer mais a amizade fraternal e a solidariedade combativa dos povos coreano e chinês, nascidas na luta comum contra o imperialismo japonês.

E ao fortalecer a solidariedade com o movimento de libertação da classe operária e com as nações oprimidas do mundo inteiro e com o movimento da frente popular antifascista internacional, teremos que criar uma atmosfera internacional ainda mais favorável para receber com iniciativa o grande acontecimento da restauração da pátria.

Camaradas:

Todos os comandantes e soldados devem ter uma clara compreensão do verdadeiro objetivo que persegue a mudança da linha; repelir com valentia e entusiasmo nunca vistos a ofensiva desesperada dos imperialistas japoneses, e ir fazendo enérgico labor preparatória para receber com iniciativa o magno acontecimento da recuperação da pátria. A vitória final será nossa e os bandidos imperialistas japoneses serão derrotados.

Marchemos todos adiante empreendendo uma enérgica luta para antecipar o grande acontecimento da restauração da pátria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário