terça-feira, 11 de janeiro de 2022

É possível um lugar de trabalhos forçados e de assassinatos converter-se em uma herança mundial?


Recentemente foi revelado o fato de que a comissão de avaliação cultural da Agência de Cultura do Japão está conspirando para registrar a mina de Sado da prefeitura de Niigata, ainda continua vividamente a história de trabalhos forçados de coreanos, como uma herança mundial.

Em 2015, o Japão selecionou a mina Hashima (também conhecida como ilha "Navio de Guerra"), um local de trabalho escravo que causa calafrios por sua detenção forçada de coreanos, como uma “herança cultural” e a anunciou atrevidamente.

Se falamos da mina de Sado, que se diz que foi administrada como uma distinta zona produtora de ouro desde a era Edo, é um lugar que é chamado por nosso povo e pelos japoneses até hoje em dia como símbolo do inferno terreno, por causa de seu terrível ambiente de vida e condições de trabalho, e o forçamento aos trabalhadores coreanos ao trabalho desumano e terrível discriminação nacional, tal como a mina de carvão de Hashima.

Embora em julho de 2021, o Comitê de Herança Mundial da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) tenha exigido firmemente ao governo japonês cumprir devidamente a decisão da Organização de tomar as medidas correspondentes para que o mundo possa conhecer sobre a história de trabalhos forçados dos coreanos na mina de carvão de Hashima, que já foi registrada como herança cultural mundial, o governo japonês segue negando e resistindo ao seu cumprimento.

Como se fosse uma resposta a esta exigência, o Japão intenta apresentar o produto do domínio de ocupação colonial e um local de crimes do imperialismo japonês mais uma vez ante ao mundo e a civilização moderna como uma “herança cultural”. Não podemos menos que contestar o descaro e a vileza moral do Japão.

Passaram 50 anos desde que a Convenção de Herança Mundial foi adotada em novembro de 1972.

Durante o passado meio século, os países que firmaram esta convenção prometeram à sociedade internacional conservar bem as heranças naturais e culturais existentes em seus países e herdá-las à posteridade, e identificar, conservar e proteger de uma forma ativa as heranças que têm valor universal.

Porém somente o Japão, em oposição à missão de que as heranças culturais que têm um valor especial para a humanidade devem ser registradas no “Inventário das heranças mundiais” e consideradas como objetos de proteção internacional, está abusando disso para o cumprimento de seu objetivo de embelezar sua história de crimes.

O propósito do Japão, que tenta encobrir obstinadamente suas marcas criminais manchadas pela agressão e o saque com o letreiro de “herança cultural”, persegue negar e encobrir o quanto possa a história criminosa do domínio colonial na qual sugou cruelmente o suor e sangue de nossa nação.

Um local de trabalhos forçados e assassinatos que está cheio de marcas da história de agressões e de crimes, não pode, de nenhuma maneira, converter-se em herança mundial.

Cha Hye Gyong, investigadora do Instituto de Estudos sobre o Japão do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia.

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