Viver em uma sociedade harmoniosa e igualitária é o ideal e o sonho da humanidade. No entanto, em uma sociedade capitalista, relações verdadeiras de amor, confiança, igualdade e cooperação nunca podem se estabelecer.
Na sociedade onde impera o ambiente frio de "você ou eu", as relações humanas se baseiam no antagonismo, desconfiança, desigualdade e exclusão, com olhares frios e indiferentes.
O capitalismo, baseado na propriedade privada, é uma sociedade que pressupõe a desigualdade. No capitalismo, a propriedade privada divide a sociedade entre classes dominante e dominada, entre exploradores e explorados. A classe capitalista, que detém os meios de produção e o poder do Estado, exerce privilégios ilimitados e oprime cruelmente as exigências independentes da classe trabalhadora.
Para fortalecer sua dominação política, ela não concede qualquer liberdade ou democracia ao povo trabalhador, excluindo-o ativamente da vida política.
Até mesmo nas eleições, medidas restritivas baseadas em riqueza, nível educacional e tempo de residência são impostas, excluindo muitas pessoas do processo. Além disso, as eleições em si se tornam uma competição de distribuição de dinheiro, na qual os trabalhadores não têm condições de participar. Para ser eleito, é necessário montar um comitê de campanha, viajar pelos distritos eleitorais fazendo discursos e colocar anúncios nas mídias como TV, jornais e revistas, utilizando todos os recursos possíveis. Os custos exorbitantes dessa campanha estão além das possibilidades dos trabalhadores. Assim, as eleições nos países capitalistas se tornam apenas uma competição entre as elites privilegiadas pela disputa pelo poder. Embora se diga que todos têm os mesmos direitos, na prática, apenas uma minoria, detentora de grande riqueza, desfruta desses privilégios.
Isso acaba gerando uma grave oposição de classes e desigualdade social. O mamonismo, que permeia a sociedade capitalista, fomenta a desconfiança e o confronto, sendo a raiz de vários males sociais. Como os próprios meios de comunicação burgueses reconhecem, o dinheiro na sociedade capitalista transforma o ser humano em um ser quase animal, deteriorando as relações sociais.
No contexto em que se propagam frases como "Não importa o meio, o importante é o dinheiro" ou "Somente os ricos podem gozar do poder e da felicidade", as diversas ações imorais motivadas pela busca incessante de dinheiro não cessam. Em uma sociedade onde o dinheiro define o valor humano, onde o individualismo extremo e a lei da selva prevalecem, pessoas criadas nesse ambiente corrompido chegam a prejudicar até mesmo seus próprios parentes, como pais, irmãos e filhos.
No final do ano passado, ocorreu um caso em Kyoto, no Japão, em que uma mulher tentou matar sua família colocando fogo em sua casa. Recentemente, uma mulher foi presa em Miyagi por enterrar sua filha recém-nascida na neve e matá-la. Esses eventos mostram que, na sociedade capitalista corrupta, até mesmo os laços de sangue são vistos apenas como instrumentos para interesses egoístas, levando os indivíduos a se transformarem em bestas.
A lei da selva, onde as pessoas são dispostas a prejudicar os outros por seu próprio benefício, elimina por completo a confiança e a cooperação. Em uma sociedade capitalista, onde se considera normal avançar na vida destruindo os outros e sacrificando-os para alcançar o sucesso, a ideia de viver juntos, ajudando uns aos outros, é uma mera utopia. Nesse sistema, as pessoas veem os outros como obstáculos a serem superados. Se alguém ajuda outra pessoa sem esperar nada em troca, isso é considerado estranho e até mesmo suspeito, refletindo a profunda desconfiança que permeia essa sociedade.
Todas as relações humanas são baseadas unicamente no interesse pessoal. A sociedade capitalista, influenciada pelo pragmatismo que prega que "o que é útil para si mesmo é verdade", alimenta a crença de que a verdadeira liberdade reside na capacidade de fazer o que for vantajoso para o indivíduo. Esse sistema incentiva uma competição pela sobrevivência, criando relações desumanas de rivalidade, exploração e opressão.
Em um mundo onde a "moral dos vencedores" é glorificada, as pessoas se tornam seres extremamente egoístas, dispostas a qualquer coisa para alcançar seus objetivos. A busca por riqueza e o desejo insaciável de mais, disfarçados como "liberdade individual", são considerados sinais de sucesso, com indivíduos que triunfam através de especulação e manobras políticas sendo vistos como exemplos a seguir. No entanto, esse sistema fomenta uma competição implacável pela acumulação de riquezas, onde a extrema ganância e egoísmo levam à destruição do outro.
Nesse cenário, o conflito e a rivalidade são tão comuns que se tornam parte da rotina diária. A mídia burguesa critica como as pessoas, tomadas pelo egoísmo, negligenciam os danos e riscos que causam aos outros. A luta implacável entre indivíduos e entre o indivíduo e a sociedade alcança um ponto extremo, e as contradições entre as classes, como os governantes e os trabalhadores, os exploradores e os explorados, se intensificam. Além disso, a crescente oposição entre raças e conflitos religiosos aumentam a insatisfação e o ódio, criando um ambiente onde o risco de uma explosão social se torna cada vez mais iminente.
Os Estados Unidos, fundados sobre os pilares do colonialismo, racismo, escravidão, e desigualdade na posse e distribuição, estão cada vez mais imersos em divisões sociais e instabilidade. A constante rivalidade entre os dois grandes partidos, o Partido Democrata e o Partido Republicano, intensifica a fragmentação da sociedade estadunidense. De políticos a cidadãos comuns, a desconfiança e a hostilidade substituíram a confiança, resultando em um caos generalizado tanto na política quanto nas interações sociais. A ideia de encontrar um terreno comum ou alcançar um consenso parece inimaginável, com cerca de 80% dos estadunidenses considerando a situação do país fora de controle. Especialistas apontam que o sistema político dos EUA não possui nenhum mecanismo real para promover compromissos.
No capitalismo, o constante clima de insegurança e medo é alimentado por uma série de crimes e males sociais, que são produtos inevitáveis das relações humanas cheias de contradições e antagonismos. Embora a sociedade capitalista aparente ser uma sociedade próspera, ela é na verdade uma sociedade desumana, onde o individualismo extremo e a luta pela sobrevivência promovem um ambiente onde o desrespeito à moral, o crime, a violência, e a decadência moral florescem, deixando as pessoas como mutiladas mental e moralmente.
A crescente desconfiança, rivalidade, ódio e hostilidade reforçam ainda mais a decadência do capitalismo, acelerando seu declínio inevitável.
Ho Yong Min
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