segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

O que persegue com a tagarelice de "tempo de emergência" ?


Recentemente, Abe, ex-Primeiro-Ministro do Japão, disse que “o tempo de emergência de Taiwan é como o tempo de emergência do Japão e tempo de emergência da aliança Japão-EUA”

Não é algo novo o tal “tempo de emergência” que ressoa frequentemente no país insular.

É algo muito conhecido o fato de que durante o mandato de Abe, o Japão realizou frequentemente os exercícios militares conjuntos dizendo que se prepara previamente com os EUA para o “tempo de emergência” na Península Coreana, aumentou sucessivamente os “gastos de defesa” e veio acelerando a capacitação para a guerra real e modernização das “forças de autodefesa” em novos domínios como o espaço sideral e o cibernético.

Isso comprova claramente que a aventura dos reacionários japoneses que pretendem destruir a paz e a estabilidade da Península Coreana e realizar a velha ilusão da “Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental” com a ajuda de seu amo entrou em uma fase muito perigosa.

O atual problema consiste em que Abe, que se retirou do cargo de Primeiro-Ministro, está incitando a ressureição do militarismo e as maquinações de nova agressão através do uso imprudente da expressão "tempo de emergência” com respeito ao assunto de Taiwan que pertence aos assuntos internos da China.

Em relação a isso, o assistente ministerial e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China mencionaram o seguinte:

O Japão, que no passado cometeu o crime de guerra de invadir a China, não tem o direito de dizer isso ou aquilo a respeito do assunto de Taiwan. Se alguém se atreve a repetir o erro dos predecessores militaristas e desafiar ao limite o povo chinês, sofrerá sem falta as consequências.

Ademais, o jornal “Global Times” publicou um comentário no qual enfatizou que o Japão é um dos países com maior debilidade de independência estratégica na Ásia e que o Japão não deve esperar que possa aplicar a política inflexível contra a China com a ajuda dos EUA.

Como o mundo presencia, recentemente, em meio ao agravamento da confrontação entre China e EUA em torno ao assunto de Taiwan, volta a ser produzido o ataque de vício inveterado do Japão que segue fiel aos EUA como ao seu avô e o segue cegamente.

Em abril deste ano, Suga, ex-Primeiro-Ministro do Japão, durante sua visita aos EUA, unindo-se nas críticas dos EUA contra a China, incluiu Taiwan no marco de aplicação do Tratado de Segurança EUA-Japão e na Carta Azul Diplomática e na Carta Branca de Defesa publicada em 2021 inculcou a hipótese de ameaça da China. E os funcionários de alto escalão como o vice-Primeiro-Ministro e o ministro da Defesa proferiram continuadamente um torrente de palavras belicosas de que devem, junto aos EUA, defender Taiwan da invasão da China.

Ademais, o Japão decidiu mobilizar as unidades antimísseis nas ilhas próximas de Taiwan e planeja ampliar as cooperações com Taiwan realizando o diálogo de segurança entre o Partido Democrático Progressista de Taiwan e o Partido Liberal Democrático do Japão e discutindo até o assunto de despachar um navio de guerra às águas periféricas de Taiwan.

O fato de que Abe enfatizou que o tempo de emergência de Taiwan é como o tempo de emergência do Japão e tempo de emergência da aliança Japão-EUA não é uma mera expressão do critério de um indivíduo mas uma franca manifestação da política de submissão aos EUA e da política de confronto contra a China que persegue o atual governo do Japão e a astuta intenção dos descendentes dos militaristas que buscam abrir o caminho da realização da ambição de nova agressão.

A ressureição do militarismo e a nova agressão do Japão constituem uma questão de tempo e não há nenhuma garantia de que não voltará a ser produzido na Ásia o pesadelo de massacre sangrento e saque como foi na primeira metade do século 20.

Os países que verdadeiramente aspiram à paz e prosperidade da Ásia devem observar atentamente com alta vigilância as maquinações pela realização da ambição de expansão ao exterior que perpetram freneticamente os reacionários japoneses.

Kim Il Chol, investigador da Associação de Estudo Político Internacional

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