Pyon Tal Hwan

Pyon Tal Hwan destacou-se como um importante militante camponês em Wujiazi, onde atuava como dirigente da União Camponesa. Filho de Pyon Tae U, um dos líderes tradicionais da aldeia, ele demonstrou desde cedo simpatia pela causa revolucionária e buscou transformar a chamada “aldeia ideal” em uma aldeia revolucionária, superando as limitações impostas pelos nacionalistas e pelos mais velhos. Seu engajamento ao lado dos comunistas permitiu que ganhasse a confiança do General Kim Il Sung e seus companheiros, tornando-se um elo fundamental entre os revolucionários e os camponeses locais.

Apesar de sua dedicação ao movimento, a vida pessoal de Pyon Tal Hwan refletia as dificuldades de sua época. Sendo solteiro e vivendo em um lar solitário com o pai viúvo, sua situação doméstica causava preocupação entre os camaradas. Por iniciativa dos revolucionários, especialmente de Kim Il Sung, foi organizado seu casamento com uma jovem de sobrenome Sim, de uma aldeia vizinha. Esse ato, além de transformar sua vida pessoal, consolidou a confiança dos anciãos de Wujiazi nos jovens revolucionários, que passaram a ver neles não apenas dirigentes políticos, mas também homens solidários e comprometidos com a vida comunitária.

Seu envolvimento ativo na luta antijaponesa trouxe-lhe duras consequências. Em 1931, acusado de colaborar com a resistência sob orientação revolucionária, foi preso pelas autoridades coloniais japonesas e enviado à prisão de Sinuiju, onde passou vários anos encarcerado. Ainda assim, sua disposição e sua reputação permaneceram intactas entre os camponeses e os companheiros, que continuaram recordando com respeito seu espírito de sacrifício e dedicação. A prisão foi motivo de pesar para seu pai após a libertação, pois lamentava que o filho não tivesse podido ingressar diretamente no Exército Revolucionário.

Mesmo após sua detenção, o nome de Pyon Tal Hwan permaneceu ligado às lutas camponesas e à memória da solidariedade popular na Manchúria. Ele foi lembrado junto de outros militantes e patriotas como parte do grupo de homens e mulheres que ofereceram apoio inestimável aos revolucionários, inclusive arriscando suas próprias vidas. Sua figura foi sempre associada a qualidades de bondade, lealdade e firme compromisso com a causa. Ajudado a superar as dificuldades pessoais e integrado plenamente à vida revolucionária, Pyon Tal Hwan tornou-se símbolo de como o engajamento político e o cuidado humano caminhavam lado a lado no movimento de libertação nacional.