No decorrer de sua atuação, Pyon Tae U exerceu cargos de grande responsabilidade: foi chefe de propaganda da Associação de Independência Coreana, subcomandante do Exército de Independência, chefe da seção de leis militares e comandante do 1º batalhão do Corpo de Libertação, além de responsável pela seção de negócios do Thongui-bu. Seu trabalho foi decisivo para consolidar a luta armada organizada, mas em 1926 ele decidiu abandonar os postos militares para dedicar-se a um novo projeto: a construção de uma aldeia considerada “ideal” para os coreanos exilados. Assim, foi um dos principais fundadores da comunidade de Wujiazi, onde cerca de 300 famílias coreanas se estabeleceram, buscando viver de acordo com princípios próprios, isolados do meio externo.
Em Wujiazi, Pyon Tae U ganhou a posição de dirigente informal da aldeia, chefiando tanto o conselho quanto o grupo de anciãos, exercendo influência sobre todas as decisões. Era apelidado de “Pyon Trotski” pelos moradores por citar frequentemente o revolucionário russo, e possuía até mesmo um cartão de filiação ao Partido Comunista Coryo. Apesar de sua postura nacionalista, esteve aberto a discussões com jovens comunistas que transformaram a aldeia em um centro de atividades revolucionárias. Paralelamente à sua vida política, enfrentou dificuldades pessoais: era viúvo, seu filho era solteiro e a atmosfera familiar era solitária até que camaradas organizaram para ele um segundo casamento, o que trouxe alívio à sua vida doméstica e também fortaleceu o envolvimento de seu filho nas lutas camponesas.
Mesmo depois de deixar os cargos militares, Pyon Tae U continuou sendo um aliado confiável dos revolucionários coreanos. Ele ofereceu apoio material e político aos combatentes antijaponeses na Manchúria, chegando a arriscar sua segurança pessoal. Após a libertação, visitou novamente os antigos companheiros, expressando pesar pelo fato de seu filho ter passado anos na prisão japonesa sem poder integrar o exército revolucionário. Recordado como nacionalista de prestígio, homem de ideias firmes e líder comunitário, Pyon Tae U foi uma figura que uniu tradição patriótica e experiências do movimento comunista, deixando marcada sua contribuição tanto na luta de independência quanto na vida social dos exilados coreanos.
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