Segundo informes da imprensa estrangeira, Lesoto, localizado dentro do território da África do Sul, é um dos países menos desenvolvidos do mundo. Quase metade de sua população vive abaixo da linha da pobreza e a taxa de desemprego chega a cerca de 25%. Um alto funcionário de Lesoto afirmou que a política tarifária dos EUA causou um impacto severo na indústria têxtil, que é o pilar da economia do país. Desde o anúncio das tarifas, muitos pedidos foram cancelados, colocando em risco o emprego de mais de 30 mil trabalhadores.
Em Madagascar, o setor de produção de baunilha — uma das principais culturas de exportação do país — foi diretamente afetado. Um responsável pela agricultura e pecuária na principal região produtora de baunilha declarou que “o preço da baunilha já está em queda” e expressou preocupação de que, com a aplicação de tarifas adicionais pelos EUA, os preços caiam ainda mais, desmotivando os agricultores e levando o cultivo da baunilha ao colapso.
Especialistas africanos defendem acelerar a integração econômica do continente para fortalecer a resiliência econômica.
Há anos os países africanos criaram a Zona de Livre Comércio Continental Africana, que começou a funcionar em 2021. Um pesquisador do Instituto de Políticas da Etiópia afirmou que fortalecer o comércio regional por meio de estruturas como a Zona de Livre Comércio não apenas impulsiona o crescimento industrial, mas também promove a diversificação. Isso demonstra que os países africanos buscam, não na dependência externa, mas na cooperação e colaboração através de organismos continentais, a saída para superar crises e desordens econômicas impostas de fora.
Na Tanzânia, cresce de forma constante a participação das exportações de materiais de construção e produtos agrícolas para países vizinhos como Ruanda, Burundi e República Democrática do Congo.
Argélia e Ruanda estão ampliando a cooperação e os intercâmbios nos setores de telecomunicações, produção farmacêutica, agricultura e transporte aéreo, enquanto Quênia e Uganda fortalecem a cooperação bilateral em comércio, energia e infraestrutura.
Os países africanos também estão voltando sua atenção para além do continente, buscando cooperação e colaboração com países de outros continentes.
A Etiópia, para evitar a queda nas exportações de café, está fortalecendo suas relações comerciais com vários países africanos, ao mesmo tempo em que busca formas de expandir suas exportações para outras regiões. O objetivo do atual ano fiscal do país é ampliar a exportação de café para 20 países. Nigéria, Gana e outros também estão avançando na direção de expandir suas relações comerciais com países de outros continentes.
Não é apenas na África.
Outras regiões do mundo também procuram superar as dificuldades econômicas que enfrentam através do fortalecimento da cooperação e colaboração.
No dia 7, o presidente do Brasil e o primeiro-ministro da Índia realizaram uma conversa telefônica e discutiram questões de cooperação bilateral.
Segundo comunicado divulgado pela presidência do Brasil, “os dois líderes reafirmaram a meta de aumentar o volume do comércio bilateral para mais de 20 bilhões de dólares até 2030. Eles também decidiram ampliar a escala de cooperação entre o Mercosul e a Índia.”
O primeiro-ministro da Índia declarou: “Estamos empenhados em fortalecer a parceria estratégica nos setores de comércio, energia, tecnologia, defesa e saúde. Uma parceria sólida e centrada no povo entre países em desenvolvimento traz benefícios para todos.”
O Brasil também está intensificando sua cooperação com o México, bem como fortalecendo relações com países do Sudeste Asiático, incluindo Tailândia e Indonésia, além de outras regiões.
O movimento internacional para alcançar continuamente o desenvolvimento econômico por meio de cooperação e colaboração multilaterais tende a se tornar cada vez mais ativo com o passar dos dias.
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