Apesar de não estar presente na reunião de fundação da célula partidista, Kim Hyong Gwon foi reconhecido como membro dessa organização desde o início, refletindo seu papel central na luta armada. Ele participou ativamente do movimento revolucionário coreano na Manchúria, integrando-se ao núcleo inicial do ERC e colaborando com figuras como Pak Cha Sok e Kim Hyok. No entanto, entre 1930 e 1931, o movimento sofreu grandes perdas com a prisão e morte de vários líderes, incluindo o próprio Kim Hyong Gwon, que acabaria sendo capturado pelos japoneses.
Preso na prisão de Mapho, Kim Hyong Gwon continuou sua resistência mesmo sob condições desumanas. Indignado com a exploração brutal dos prisioneiros, liderou uma greve dentro da prisão, marcando o protesto com a data da Revolução de Outubro. Como retaliação, foi colocado em isolamento, acorrentado com ferros que feriam sua pele, e alimentado com porções miseráveis. Ainda assim, recusou-se a ceder. Sua persistência fez com que os guardas afirmassem que ele estava “transformando a prisão de Mapho em vermelha”, expressão usada para indicar sua influência revolucionária mesmo no cárcere.
Kim Hyong Gwon morreu em 12 de janeiro de 1936, vítima das duras condições a que foi submetido na prisão. Traído por um oficial local manchu que se tornou informante dos japoneses, ele foi mais uma das muitas vítimas da repressão colonial. Sua memória, no entanto, foi preservada por seus companheiros e, principalmente, por seu sobrinho Kim Il Sung, que relatou com emoção o momento em que seu tio soube das lutas armadas em andamento em Manchúria — notícia que o fez chorar pela primeira vez desde sua prisão. O legado de Kim Hyong Gwon perdura como símbolo de coragem e sacrifício na luta pela independência coreana.
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