Entre os crimes cometidos pelo imperialismo japonês que se apoderou de nosso país e causou todo tipo de infortúnios e sofrimentos aos coreanos, cabe destacar o cometido mediante a "Lei de mobilização geral do Estado”.
As manobras de agressão do imperialismo japonês, que ativaram ainda mais na segunda metade da década de 1930, causaram o consumo de enormes recursos humanos, o que resultou no esgotamento das forças laborais. Para cobrir a falta de mão de obra, publicaram em 1 de abril de 1938 a “Lei de mobilização geral do Estado”, que estipulava que deveria ser aplicada mesmo em suas colônias. Como resultado, milhares de coreanos foram recrutados forçosamente ou sequestrados para trabalhos duros sem distinção de idade e sexo.
Os coreanos recrutados ou sequestrados foram levados não somente ao Japão mas também a quaisquer lugares onde se estendiam as garras de agressão do imperialismo japonês, incluindo as ilhas Namyang e Filipinas, para serem submetidos aos trabalhos escravos medievais.
O imperialismo japonês aprisionou os coreanos no campo de concentração, os retirou os mais elementares direitos humanos e não os assegurou sequer as condições laborais. Em péssimas condições laborais, trabalharam excessivamente. Os japoneses enviaram os coreanos aos setores mais perigosos e difíceis como os campos de construção de instalações militares e diques, além das minas de carvão, onde os exploravam até a última gota de sangue.
Um sobrevivente do trabalho escravo na mina japonesa expressou assim:
“Era formado um grupo de pessoas, um para escavar e outro para transportar. Não era permitida a saída da galeria antes de terminar a norma de trabalho. Muitas vezes tínhamos que trabalhar durante 19 horas das 7 da manhã até as 3 da madrugada do dia seguinte. Nos davam farinha de soja que até o porco se recusava a comer, e não podíamos trabalhar devidamente por causa da fome.”
Às pessoas que faziam algo que não era de seu agrado, aplicavam variados castigos desumanos como golpear com taco de beisebol, fazer se ajoelhar com um pedaço de madeira entre as pernas, etc. Também queimavam qualquer parte do corpo com barra grossa aquecida e cortava a pela com sabre para colocar chumbo aquecido em seu interior, coisas inimagináveis ao cérebro humano.
Não satisfeitos em exprimir até a última gota de suor dos coreanos e convertê-los em inválidos, os mataram sem piedade. Segundo os dados, de 1940 a 1944, mais de 60 mil coreanos morreram nas minas de carvão japonesas. Os sobreviventes também foram assassinados sem piedade como vítimas para o encobrimento do trabalho forçado.
Até hoje, em várias partes do Japão estão sepultados os restos mortais de muitos coreanos que foram recrutados forçadamente, sequestrados e mortos depois de serem submetido a inarráveis sofrimentos.
Apesar de tudo, os reacionários japoneses embelezam seus delitos cometidos embora transcorrido quase 80 anos de sua derrota e vociferam sofismas que o trabalho foi realizado segundo a “voluntariedade dos coreanos”. É o cúmulo do descaro e da insolência. São absurdos que somente os japoneses imorais podem proferir.
Tal sofisma constitui uma ofensa não só às vítimas que morreram injustamente pelo trabalho forçado e seus familiares, mas à toda nação coreana.
Nosso povo jamais esquecerá dos crimes contra a humanidade cometidos pelo Japão, ainda que transcorram séculos, e acertará sem falta as contas com seu inimigo jurado.
Jo Myong Sun
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