A embaixada da República Popular Democrática da Coreia acreditada no Reino da Espanha fez público em 3 de abril o seguinte comunicado:
Transcorreram 4 anos desde que ocorreu o assalto sem precedentes à Embaixada da República Popular Democrática da Coreia no Reino da Espanha, sob o controle direto das autoridades de inteligência estadunidenses.
Depois do incidente, o governo da Espanha publicou os resultados da investigação preliminar de que um grupo de terroristas composto por mais de 10 estadunidenses cometeu em plena luz do dia a invasão à nossa embaixada e entregou os documentos roubados ao Bureau Federal de Investigação (FBI) e, segundo o Tratado de extradição com os EUA, os exigiu a prisão e a extradição dos criminosos que fugiram para os EUA.
Contudo, os EUA não aprofundaram a investigação dos delinquentes estadunidenses envolvidos no caso nem entrega Christopher Ahn, a quem prendeu por mera questão de formalidade.
Ele é um criminoso que assaltou a inviolável Representação Diplomática junto com os membros de um grupo conspirador anti-RPDC e causou aos diplomatas e seus familiares danos tanto mental e físicos como materiais, e portanto merece receber um castigo severo.
Entretanto, os EUA insistem em seu argumento de que há que verificar se o ataque contra os funcionários do país inimigo em território estrangeiro seria considerado um delito segundo suas leis, em uma circunstância especial em que continuam as relações hostis entre a RPDC e os EUA e não existe nem acordo de paz nem relações diplomáticas, e ampara e alenta abertamente os atos terroristas contra nossos cidadãos no exterior.
Incluso, tenta por todos os meios encobrir o caso difundindo a opinião de que, ainda que seja ditada a "sentença" de extraditar Christopher Ahn à Espanha, não poderá ser levada a cabo se o secretário de Estado a nega sob o pretexto da "segurança do cidadão estadunidense".
Segundo a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, todos os Estados receptores assumem a obrigação internacional de garantir a absoluta segurança dos representantes diplomáticos acreditados em seus países e, entrar nos locais da missão sem consentimento, é precisamente uma intrusão no território do respectivo país.
A insistência dos EUA em que os privilégios e as imunidades não podem ser aplicados aos agentes diplomáticos do país inimigo é realmente um argumento bandidesco e uma violação fragrante do direito internacional.
Se nos baseamos na insistência dos EUA, podemos chegar à conclusão de que não haveria nenhum problema se no futuro fossem ameaçados e prejudicados a segurança pessoal e os interesses dos diplomatas e cidadãos estadunidenses no exterior por parte de um país ou grupos com relações hostis com os EUA.
A realidade volta a demostrar claramente que a "governança com base nas leis" advogada com frequência pelos EUA não passa de um instrumento político para pressionar outros países que não são de seu agrado e os EUA é um Estado bandidesco que não tem escrúpulos em fazer algo por seus interesses.
Tais atos dos EUA constituem um claro desprezo e severa ofensa à soberania e dignidade da RPDC.
Nenhum país permitirá a violência e o despojo contra sua Representação Diplomática, onde se exerce a sagrada soberania, e seus funcionários.
Não haverá conciliação nem concessão no assunto de defender o poder e a dignidade estatais da RPDC e proteger a vida e segurança de nossos cidadãos. Essa é nossa invariável posição de princípios.
Os EUA devem pedir perdão oficial pelo assalto à embaixada da RPDC no Reino da Espanha, indenizar por seus danos, prender e entregar imediatamente todos os criminosos envolvidos no caso.
E o governo da Espanha, por sua parte, deverá se esforçar ativamente pela pronta solução do caso com base no princípio de independência e imparcialidade.
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