quarta-feira, 13 de julho de 2022

Quem ameaça quem?


Na recente cúpula da OTAN efetuada em Madrid, Espanha, foi revisado o conceito estratégico da referida aliança que havia sido adotado em 2010.

No conceito estratégico modificado, a OTAN rebaixou a Rússia da categoria de “parceiro estratégico” à de  “inimigo principal” e definiu a direção de ações para o futuro diante da “grave e direta ameaça” da Rússia.

À primeira vista, parece ser uma contramedida de emergência que foi tomada para frear a “grave ameaça” da Rússia.

Porém é um fato conhecido publicamente que a OTAN, que tinha como pretexto de existência a “ameaça” da União Soviética durante a Guerra Fria, permaneceu descaradamente mesmo depois da dissolução da União Soviética e invadiu outros países sob o rótulo falso de defesa da paz, e como se não bastassem está perpetrando sem vacilação os atos terroristas contra chefes de Estado.

A OTAN, que preconiza o asseguramento da paz e segurança da Europa, abandonou a promessa feita à Rússia de que não avançaria nem um palmo ao leste e se aproximou ao máximo das fronteiras da Rússia através de 5 expansões paulatinas, e desde 2008 vem ameaçando gravemente a segurança da Rússia instigando abertamente a Ucrânia a ingressar na OTAN com o objetivo de transformá-la em um trampolim da contenção da Rússia.

Tomando em conta tal realidade, a definição da Rússia como “inimigo principal” pela OTAN não é mais que uma tentativa de transformar o negro em branco.

Além disso, na recente cúpula da OTAN, os EUA e o Ocidente decidiram continuar “até quando seja necessário” a assistência militar à Ucrânia inculcando insistentemente a atmosfera de confrontação anti-Rússia e tramaram para arrastrar Suécia e Finlândia à aliança que mantiveram posição de neutralidade durante várias décadas.

É sumamente natural que, a respeito disso, a Rússia critique duramente que a OTAN, um vestígio da Guerra Fria, cativada pela ambição imperialista persegue um confronto completo com a Rússia sonhando em obter a posição hegemônica, e exponha uma posição intransigente de salvaguardar cabalmente a segurança de seu país.

Atualmente, muitos países do mundo estão expressando entendimento e simpatia sobre a posição da Rússia para defender sua segurança estratégica e se desiludiram pela conduta da OTAN que persegue um objetivo maligno por trás da situação crítica da Ucrânia e viram as costas aos EUA e ao Ocidente que obrigam a unir-se às sanções contra a Rússia.

A realidade comprova claramente que o mundo de hoje não é o do passado em que tinham validez a coação e a arbitrariedade dos EUA e do Ocidente e que estão aumentando as vozes de rechaço à existência da OTAN, uma organização militar agressiva e a principal fonte de todo tipo de ameaças e injustiças, com a intensificação maior da aspiração da sociedade internacional que deseja independência, paz e justiça.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

Nenhum comentário:

Postar um comentário