sábado, 23 de julho de 2022

Corrente elétrica, passe por meu corpo


Na Guerra de Libertação da Pátria (25 de junho de 1950-27 de julho de 1953), muitos militares ofereceram sua vida pela pátria. Entre eles um soldado de comunicações chamado Kang Jae Bong.

No final de julho de Juche 39 (1950), os inimigos, que se retiraram da linha de Mungyong pelo intenso ataque do Exército Popular da Coreia, construíram uma posição de defesa e resistiram desesperadamente.

Para aniquilá-los e avançar ao sul, urgia assegurar a comunicação com o batalhão ao reparar o cabo telefônico cortado pelos bombardeios inimigos.

Esta importante missão foi assumida por Kang Jae Bong do pelotão de comunicações.

Era difícil buscar as partes cortadas do cabo na escuridão da noite nas abruptas montanhas. As vezes caiam bombas e os aviões lançavam bombas de iluminação nos arredores.

Porém, o soldado não deixava de cumprir sua tarefa. De repente, suas mãos que se moviam rapidamente pararam, porque o cabo de reserva não tinha o tamanho suficiente.

Não podia regressar à sua unidade para trazê-lo e no contorno não havia nada para substituí-lo.

Então teve a ideia de utilizar o cabo telefônico do inimigo.

Conseguiu isso após uma batalha com dezenas de inimigos que encontrou no caminho, e voltou a cumprir sua tarefa. Porém, ainda faltava um pedaço.

Decidiu então sacrificar-se para assegurar a comunicação. Mordeu os dedos de ambos mãos até que saísse sangue para elevar a sensibilidade da comunicação.

Pouco depois, a corrente elétrica passou por seu corpo.

No instante o soldado sentiu que todo seu corpo se contraia e seu sangue se reduzia.

Nos últimos momentos de vida, Kang Jae Bong, que imaginava o dia da vitória, gritou: Corrente elétrica, passe por meu corpo!

Naenara

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