segunda-feira, 25 de outubro de 2021

As provocações militares só prejudicam a segurança dos provocadores


A situação do contorno da Península Coreana está piorando ainda mais por causa das ações imprudentes de alguns países.

Em 15 de outubro, o Ministério da Defesa Nacional do Canadá, sob o pretexto de “monitorar” as “violações de sanções marítimas”, anunciou que enviaria o avião de patrulha “CP-140 AURORA” ao contorno da Península Coreana por um mês até meados de novembro.

O Canadá enviou navios e aviões de guerra às proximidades da Península Coreana 6 vezes no total desde 2018, incluindo o último envio, tal como quando um navio de escolta canadense foi despachado rapidamente a estas áreas em setembro passado com o objetivo de “monitorar transferências ilegais de um barco ao outro”.

Foi divulgado que a França também decidiu enviar o avião de patrulha “Falcon-200” e empreender “atividades de monitoramento” até o início de novembro tendo a base aérea de Futemma como sua base.

Os atos de Canadá e França, que estão introduzindo equipamentos militares nos arredores da Península Coreana quando a situação da região da Ásia-Pacífico está piorando ainda mais por causa das políticas hegemônicas e atos de padrão duplo dos EUA, são graves provocações militares que são como colocar óleo no fogo.

O fato de que Canadá e França, dois países que estão geograficamente distantes da região da Ásia-Pacífico, estão mobilizando equipamentos militares às proximidades da Península Coreana, que é a região de maior tensão no mundo, inevitavelmente terá como resultado a destruição do balanço dee segurança regional e uma agravação da situação.

O perigo do assunto não acaba aqui.

O objetivo final perseguido pelos EUA e os países ocidentais es legitimar suas interferências militares na região da Ásia-Pacífico sob o pretexto de “violação de sanções” e gradualmente formar um bloco militar de versão asiática liderado pelos EUA com vista a oprimir China e Rússia.

Os EUA estão incitando ainda mais seus aliados a se opor à China e Rússia, e os países ocidentais, por seu lado, estão intensificando seus movimentos militares na região da Ásia-Pacífico com o amparo dos EUA. E por causa disso a situação regional está agravando-se ainda mais.

O fato de que recentemente os EUA estabeleceram um grupo de cooperação de segurança tripartida com Reino Unido e Austrália e decidiram transferir a tecnologia de construção de submarinos de propulsão nuclear e o fato de que a frequência de entrada dos navios de guerra de países europeus como o Reino Unido na região da Ásia-Pacífico aumenta paulatinamente comprovam o argumento mencionado acima.

Canadá está expressando seu descontentamento sobre a injusta relação comercial com os EUA e a França criticou que a transferência da tecnologia de construção de submarinos de propulsão nuclear à Austrália é uma “punhalada pelas costas”. Porém o fato de que estes países estão despachando com pressa seus equipamentos militares à região da Ásia-Pacífico demonstra claramente a posição seguidora dos EUA e arcaico modo de pensar dos países ocidentais.

Atualmente as manobras dos EUA e dos países ocidentais estão provocando uma forte oposição dos países da região.

Recentemente um porta-aviões britânico realizou vários exercícios militares na região asiática e, em relação a isso, o “Global Times” da China assinalou em seu artigo que a China de hoje não é a China de 100 anos atrás que tinha que abrir suas portas por causa da coação da frota britânica, e enfatizou que a China tomará medidas correspondentes se o Reino Unido se atreve a perpetrar qualquer tipo de provocação no Mar do Sul da China e fará com que este país experimente um resultado amargo.

Os EUA e os países ocidentais deverão compreender bem que suas provocações militares não só causarão efeitos negativos à situação regional mas também à segurança de seus países e refletir bastante.

Ri Myong Hak, investigador do Instituto de Desarme e Paz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia.

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