sábado, 16 de outubro de 2021

A sociedade obscura infecunda de virtude e afeto


Respeitar, cuidar bem e exaltar os idosos como os veteranos da família e da sociedade constituem as nobres e belas virtudes da sociedade humana e da ética universal.

Todavia, no Japão os idosos passam tristemente o resto da vida, obrigados a sofrer desgraças e dores com humilhação, desprezo e maltrato em vez de receber atenção e cuidados da família e da sociedade e isso provoca a consternação das pessoas.

“Na prefeitura de Miyagi, uma idosa de 83 anos assassinou seu marido com uma punhalada pelas costas”, “O tribunal local de Yokohama sentenciou a pena de 8 anos uma mulher de 76 anos que assassinou seu marido com um serrote”, “Um homem jovem residente da cidade de Nagasaki assassinou sua vó de 90 anos com golpes de martelo”, “Em Osaka, uma filha pisou nas costas de sua mãe enferma quebrando-lhe as costelas e posteriormente veio a falecer”, “Na prefeitura de Niigata, uma mãe de 95 anos e sua nora de 71 anos se suicidaram juntas” e outras notícias sobre casos horríveis são exemplos representativos.

Segundo os dados, uns 6500 idosos com mais de 65 anos de idade se suicidaram somente em 2018.

Por isso, os veículos de imprensa japoneses reportaram que “A vida depois da aposentadoria na idade avançada não se difere da sentença da execução da pena de morte.” está circulando como uma frase da moda entre os idosos.

A sociedade obscura não é outra coisa.

Essa é precisamente uma sociedade que carece do amor ao ser humano, sociedade infecunda da virtude e afeto onde o ser humano se bestializa como um escravo do capital.

O fato de que todo tipo de crimes, depravações e imoralidades decadentes reinam no Japão se deve à administração antipopular do governo e esse também é um resultado inevitável da corrupta sociedade imbuída de extrema misantropia e individualismo.

Aumenta cada dia mais a suspeita sobre o significado de “liberdade, democracia e respeito aos direitos humanos” que o Japão tanto fala no cenário internacional.

Cha Hye Kyong, investigadora do Instituto sobre o Japão do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia.

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