Desde a invasão estrangeira empreendida em curto espaço de tempo após a libertação da Coreia, os compatriotas do Norte e do Sul viram-se divididos artificialmente em dois Estados depois de viverem juntos por várias gerações no mesmo território, com os mesmos costumes, língua e com mesmos laços sanguíneos.
As famílias foram separadas e os compatriotas foram para a linha de frente na guerra fratricida instigada e empreendida pelas forças anti-nacionais de Syngman Rhee e pelo exército dos imperialistas estadunidenses.
Após toda a dor causada pela guerra devastadora, o povo coreano continuou sofrendo com a divisão nacional e com a constante tensão que paira sobre a Península Coreana, devido às ações hostis dos imperialistas para tomar para si toda a Coreia.
Pior ainda, a perspectiva de reconciliação por muito tempo pareceu uma possibilidade remota, quase nula, devido aos consecutivos regimes ditatoriais pró-EUA e pró-Japão que levaram a cabo uma política de hostilidade contra o Norte e tramaram manobras para derrubar o regime socialista da RPDC e realizar a reunificação pela força, contra a demanda do povo coreano.
Todavia, graças ao incansável trabalho do Presidente Kim Il Sung para estabelecer contatos intercoreanos e formular meios justos para uma futura reunificação, a semente da reunificação cresceu e sua árvore deu frutos.
Dentre as "sementes" plantadas pelo Presidente estão os "Três Princípios da Reunificação Nacional", o Projeto para a fundação da República Confederal Democrática de Koryo e o "Programa de 10 Pontos da Grande Unidade de Toda a Nação para a Reunificação do País", que estabelecem medidas a serem tomadas por ambas as partes para a reconciliação e reunificação nacional que atendem aos interesses dos governos do Norte e do Sul.
Ainda em 1972, quando a Coreia do Sul vivia sob a ditadura fascista "yushin" do traidor Pak Jong Hui, o Presidente Kim Il Sung realizou o histórico encontro com o enviado do governo sul coreano, I Ru Hak, diretor da Agência Central de Inteligência da Coreia do Sul, em Pyongyang e, por meio desta importante ocasião, os entendimentos entre as partes foram logrados e uma declaração conjunta foi posteriormente publicada.
Todavia, a parte sul coreana não correspondeu em medidas práticas às intenções do Norte para promover a reconciliação e prosseguiu por mais tempo o período de hostilidade entre as partes, cenário que só viria a mudar com o processo de "democratização" no sul nos anos da década de 1990.
O Presidente Kim Il Sung, colocando a questão da reunificação nacional como uma das prioridades, se esforçou até seus últimos dias de vida em atividades relacionadas, para obter um avanço significativo para a reconciliação.
Depois de chegar ao poder na Coreia do Sul, Kim Young Sam disse que iria ao Monte Paektu ou ao Monte Halla se a RPDC quisesse, para encontrar-se com o Presidente Kim Il Sung, palavras que foram bem recebidas em Pyongyang. Porém, pouco depois o "presidente" sul coreano seguiu a esteira estadunidense dizendo que não poderia apertar as mãos de quem supostamente produzia armas nucleares.
Em seu último dia de vida o Presidente assinou um documento referente à questão da reunificação, e sua marca foi traduzida em um monumento em Panmunjom que faz lembrar seus feitos para a reunificação da pátria.
Mantendo firmemente os ideais do Presidente para a reunificação pacífica e independente da Coreia, o Dirigente Kim Jong Il tomou medidas ativas para levar a um novo nível o movimento pela reunificação. Em 4 de agosto de 1997, publicou a importante obre "Levemos a cabo as instruções do grande camarada Kim Il Sung para a reunificação nacional" em que define os documentos do líder antecessor como as três cartas para reunificação nacional.
Com a eleição de Kim Dae Jung, uma relevante figura patriótica do movimento de democratização, na Coreia do Sul, uma nova perspectiva foi aberta para a reconciliação, e as partes mostraram-se favoráveis à realização de uma reunião e conversação de Cúpula para adotar medidas práticas relevantes para trazer paz e cooperação.
Então em 15 de junho de 2000, o presidente sul coreano viajou à Pyongyang onde encontrou-se com o Dirigente Kim Jong Il, que recebeu-lhe com fraternidade, sob os olhares da comunidade internacional que esperava por um marco histórico para a Península Coreana e para o mundo.
Dialogando de forma cortês e sincera, como compatriotas que colocam os interesses da nação no máximo posto de importância, eles alcançaram entendimento mútuo sobre promover a reconciliação e realizar a reunificação por via pacífica com dois sistemas coexistindo em uma República Confederal.
Aprovaram ante a todo a nação e a comunidade internacional a Declaração Norte-Sul de 15 de Junho, marco histórico na história de divisão nacional e frutos dos esforços incansáveis do Presidente e do Dirigente, e dos povos do norte e do sul.
No documento as partes concordaram em realizar constantes diálogos de alto nível para estabelecer a confiança, realizar intercâmbio econômico, cultura, esportivo, etc. e as medidas humanitárias, incluindo a reunião de familiares separados pela guerra.
Há uma anedota interessante sobre os últimos momentos da primeira Cúpula Norte-Sul:
No almoço de despedida, o Dirigente Kim Jong Il disse aos ministros sul coreanos que visitaram Pyongyang na ocasião que lhes cabia a tarefa de assegurar o pundonor ao presidente Kim e a ele mesmo, e continuou:
-Se vocês não asseguram devidamente, farei que renunciem a seus postos, irei pessoalmente a Seul e eu mesmo me ocuparei do assunto.
Então risadas alegres foram vistas, seguidas da afirmação dos ministros de que fariam todos os esforços para tal. Então o Dirigente completou:
-"…Através desta visita, o presidente Kim e outros políticos sul coreanos fizeram um grande trabalho. Façamos que os políticos do sul do passado, vendo o resultado de hoje, lamentem e arrependam-se. Para a história nacional nos corresponde o dever de cumprir a Declaração Conjunta Norte-Sul. Devemos cumpri-la perfeitamente, ponto a ponto, sem nos apressarmos ou nos tornar impacientes. Sempre devemos conceder a prioridade aos assuntos da nação. Não nos opomos de forma alguma à cooperação das autoridades sul coreanas com outros países. O importante consiste em cooperar com outros países sob a condição de lograr a nossa reconciliação e união, a dos compatriotas. Não pode existir uma cooperação internacional contra a nação. Devemos cooperar a favor da nação."
Tais palavras ilustram perfeitamente a posição invariável da RPDC de conceder prioridade aos assuntos da nação e empreender esforços para lograr a reunificação.
Ademais, após a publicação de declaração, um clima favorável à reunificação e de reconciliação nacional foi visto ao longo dos 3000-ri do território coreano e passos importantes foram tomados pelas partes, embora as forças externas e antinacionais tenham teimado em tentar frear o avanço do movimento pró-reunificação.
Posteriormente, a Declaração de 15 de Junho foi reafirmada e reforçada com a realização da segunda Cúpula Norte-Sul, quando o presidente No Mu Hyon foi a Pyongyang e manteve conversações frutíferas com o Dirigente Kim Jong Il, sendo adotada a Declaração de 4 de outubro.
Entretanto, com a chegada da camarilha conservadora de I Myong Bak ao poder, as declarações intercoreanas foram abertamente negadas e o clima de hostilidade voltou a prevalecer, com a tensão militar sendo constante.
I difamou as declarações, apresentou a "política sobre o Norte" de carácter conflitivo anti-reunificação como a "desnuclearização, a abertura e 3 mil dólares" e atuou freneticamente para impor a calamidade nuclear à nação coreana em conivência com as forças estrangeiras.
Como resultado, não foram efetuados os atos conjuntos de reunificação entre ambas partes coreanas, foi interrompido o turismo ao monte Kumgang e foram cortados completamente todos os contatos, diálogos, intercâmbio e cooperação entre o Norte-Sul.
Sua sucessora, Pak Gun Hye, que durante a campanha presidencial prometeu reconhecer as declarações Norte-Sul e fazer esforços para alcançar seus objetivos, logo mostrou sua natureza conflitiva jurando fazer frente resoluta com os EUA contra as "provocações do Norte".
No transcurso do tempo em que esteve o poder, demonstrou seus traços fascistas, herança de família, impondo política anti-reunificação e vende-pátria, instigando uma nova guerra na Península Coreana e perseguindo as forças pró-reunificação. Foi duramente sentenciada pelo povo sul coreano e além de deixar o poder por meio de impeachment, se encontra atrás das grandes por outros graves crimes.
Agora, com um presidente consideravelmente progressista no poder na Coreia do Sul, os laços intercoreanos voltam a ser restabelecidos, sobretudo, graças aos esforços do Máximo Dirigente Kim Jong Un que realizou junto ao presidente Mun Jae In três Cúpulas Norte-Sul em 2018 onde adotaram declarações e acordos de elevada importância para a nação coreana.
A nova era de paz, reconciliação e reunificação glorifica grandemente a histórica Declaração 15 de Junho, marco da reunificação na atual era.
Por: 레난
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