Durante os anos da luta revolucionária anti-japonesa e posteriormente após a libertação da pátria e desenvolvimento do Partido do Trabalho da Coreia, o grande Líder Kim Il Sung se deparou com sérios problemas que colocavam em risco a revolução coreana.
Durante a luta armada anti-japonesa, havia rixas faccionistas entre grupos nacionalistas e outros que diziam defender o comunismo e, embora tivessem em comum o mesmo desejo de libertar a pátria, e almejassem coisas semelhantes para o futuro, não conseguiam se unir para lutar. Havia um problema de caráter de alguns sujeitos, que embora fossem membros de grupos intitulados comunistas, colocavam seus interesses pessoais acima dos interesses do povo. Eram distantes das massas e se retinham à uma teórica cada vez mais engessada e por isso impraticável, o que os levaria inevitavelmente à ruína.
Com a consciência de que seria preciso reunir as massas para lutar pela libertação da Coreia, Kim Il Sung passou a trabalhar energicamente para unir o máximo possível de voluntários para a luta armada anti-japonesa, estando sempre próximo do povo e dando seu sangue no campo de batalha contra os japoneses pela liberdade deles, e não somente lendo folhetos e palavreando em palestras fechadas. Kim Il Sung conseguiu por em prática a teoria e se tornar uma figura querida pelo povo porque ele sempre o considerou como a coisa mais importante. Ele considerou como seu lema de vida "O povo é meu Deus" 《이민위천》 durante toda sua carreira política e revolucionária, fazendo tudo que fosse possível para atender às demandas das massas e dar-lhes uma vida feliz.
O grande Líder adquiriu experiências importantes para sua formação durante toda a luta anti-japonesa, observando cada caso e cada atitude de grupos faccionistas, além de se aprofundar no estudo do marxismo-leninismo e aprender sobre as experiências da URSS e posteriormente da China. Com uma grande bagagem, após a libertação da Coreia, o grande Líder buscou reunir no Partido pessoas confiáveis, filhos verdadeiros da pátria que fossem servir como verdadeiros servos do povo, ao contribuir para a construção de uma nova Coreia, todavia, alguns faccionistas, bajuladores de forças estrangeiras tomaram um caminho desviado que manchava a imagem do Partido perante ao povo e desviava de sua linha nacionalista.
É bem sabido que Kim Il Sung admirou muito a revolução russa e a formação da União Soviética, o primeiro estado proletário da história, todavia, no curso de sua carreira revolucionária, fortaleceu sua convicção de que seria um grande erro copiar experiências estrangeiras e que jamais deveria-se por a pátria nas mãos de uma potência estrangeira.
Quando os soviéticos se aproximaram dos revolucionários coreanos, toda cooperação foi muito válida para fortalecê-los e os dar mais conhecimento prático e teórico, mas teriam que adaptar tudo que ganhassem de experiência com eles para a sociedade coreana, atendendo às demandas do povo coreano.
Os soldados do Exército Vermelho bravamente lutaram em solo coreano na parte final da luta anti-japonesa, colaborando para a tão ansiada libertação da Coreia, mas foi unânime a resposta dos dirigentes revolucionários que os soviéticos não deveriam se manter na Coreia, mas sim estabelecer relações entre as partes e cooperar mutuamente. Sendo assim, as tropas soviéticas deixaram a Coreia ainda em 1945, para mais tarde, em setembro, os EUA tomarem para si o território ao sul da Península Coreana.
A história posterior a isso todos sabemos. A Guerra da Coreia iniciou após anos de tensão provocadas pelas forças de ocupação ao sul da Coreia e dos fantoches postos pelo governo dos EUA, e a URSS cooperou com envio de armamentos e de caças soviéticos.
Mas o problema da influência soviética seguiu. Alguns sujeitos faccionistas estavam infiltrados dentro do partido indo contra a demanda por construir um socialismo que se adapte à realidade coreana. Eram bajuladores da URSS sobretudo.
Para resolver a questão, Kim Il Sung precisou abordar a questão de forma ampla dentro do Partido e discutir com determinadas figuras sobre sua posição. Alguns chamados "expurgos" foram feitos, com a retirada de faccionistas de dentro do Partido.
Um bom exemplo sobre a questão é abordado em "Sobre a Eliminação do Dogmatismo, do Formalismo e o Estabelecimento do Juche no Trabalho Ideológico", um discurso pronunciado por Kim Il Sung aos trabalhadores do campo propagandista do Partido em 28 de dezembro de 1955.
Nele ele aponta os defeitos graves que desvirtuam a linha do Partido, apontando a necessidade de se trabalhar ativamente na eliminação do dogmatismo e o formalismo para o fortalecimento do trabalho do Partido do Trabalho da Coreia.
Segue abaixo algumas passagens importantes em que ele aborda personagens específicos, outros de forma ampla e os erros cometidos por eles:
"Os erros cometidos recentemente por Pak Chang Ok e outros, também, podem ser atribuidos à sua negação da história do movimento literário coreano. Eles fecharam os olhos para a luta dos bons escritores do "FAPC" Federação de Artistas Proletários Coreanos - e às obras esplêndidas de Pak Yon Am, Chong Da San e outros estudiosos e escritores progressistas do nosso país. Dissemos a eles para fazer um estudo profundo das coisas e dar-lhes ampla publicidade, mas eles não o fizeram."
"Na V Plenária do Comitê Central do Partido, foi decidido divulgar ativamente a história da luta do nosso povo e seu valioso patrimônio cultural, mas os trabalhadores do campo da propaganda não conseguiram fazê-lo. Eles inclusive chegaram a proibir os jornais de publicar artigos sobre a luta antijaponesa do povo coreano."
"Muitos movimentos revolucionários do passado terminaram em fracasso no nosso país por causa dos canalhas que conseguiram instalar-se na liderança deles, mas não se pode negar as lutas travadas pelo povo nessas ocasiões. As massas populares sempre lutaram com coragem. Pak Chang Ok pode ter negado isto arbitrariamente. Mas nenhum verdadeiro marxista-leninista ousa negar façanhas do povo em suas lutas.
Quando perguntei a Pak Chang Ok e seus seguidores porque eles rejeitaram a FAPC, eles responderam que fizeram isso porque alguns renegados estavam envolvidos nela. Será que eles queriam dizer que a FAPC, em que o camarada Li Gi Yong e outros escritores proletários proeminentes do nosso país desempenharam funções principais, era uma organização sem importância? Devemos valorizar as façanhas realizadas pela FAPC na luta."
"Uma vez eu visitei casa de férias do Exército Popular, havia uma pintura de uma paisagem siberiana na parede. Essa paisagem provavelmente agrada aos russos. Mas o povo coreano prefere a bela paisagem do nosso próprio país. Existem belas montanhas, como os montes Kumgang e Myohyang no nosso país; riachos límpidos, o azul do mar com suas ondas e os campos cheios de grãos maduros. Se queremos inspirar nos militares do Exército Popular um amor por seu lugar de origem e de seu país, devemos mostrar-lhes imagens de tais paisagens do nosso país."
"Um dia, neste verão, fui visitar um salão de publicidade democrática local e vi que ali estavam em exibição diagramas do Plano Quinquenal da União Soviética, mas não um único diagrama ilustrando o Plano Trienal do nosso país. Além disso, havia imagens de enormes fábricas de países estrangeiros, mas não havia um único das fábricas que estamos reabilitando ou construindo. Eles nem sequer colocaram qualquer diagrama ou foto de nossa construção econômica, muito menos estudaram a história do nosso país."
"Eu observei em uma escola primária que todos os retratos pendurados nas paredes eram de estrangeiros, como Mayakovsky, Pushkin, etc., e não havia nenhum dos coreanos. Se as crianças são educadas desta forma, como podem vir a ter orgulho nacional?"
"O camarada Pak Yong Bin, ao voltar da União Soviética, disse que a URSS estava seguindo a linha de alívio da tensão internacional, e também deveríamos suavizar nosso slogan contra o imperialismo americano. Tal afirmação não tem nada a ver com a vigilância revolucionária. Os imperialistas norte-americanos queimaram nossa terra, abateram em massa nosso povo inocente, e ainda estão ocupando a metade sul do nosso país. Eles são o nosso maior inimigo, não são?"
Com tais indagações e resoluções para combater tais problemas, com atitude firme do Partido, o grande Líder pôde fortalecer o Partido como um partido de tipo Juche, que leva adiante uma revolução ao seu estilo e para seu povo, orgulhando de sua própria história e a enriquecendo.
As figuras faccionistas como Pak Chang Ok (primeiro à esquerda) trouxeram grandes problemas para o Partido se puseram em uma linha de fantoche de força estrangeira. A Coreia jamais aceitou se submeter à qualquer força estrangeira e levanta alto a bandeira da independência nacional invariavelmente.
Graças à essa postura, a revolução coreana pôde conquistar vitórias consecutivas em seu árduo caminho, mesmo sob várias provações. E se mantém firme na estrada que leva à vitória final pois defende os desejos do povo coreano e o valoriza como mestres da sociedade.
Por: 레난 쿠냐
Nenhum comentário:
Postar um comentário