Um dos princípios fundamentais da revolução coreana é seu caráter anti-imperialista, que defende a libertação dos povos de todo tipo de dominação, exploração e dependência, para a construção de um novo mundo pacífico onde todos povos e nações possam cooperar com respeito mútuo.
Para isto, é tarefa básica combater o imperialismo que, como mostra a história, não é derrubado sozinho apesar das inúmeras derrotas que sofreram os imperialistas ao longo do tempo.
Desde as Guerras Mundiais que deram início à hegemonia dos EUA no cenário militar, político e econômico mundial, pôde-se ver de forma inalterável uma postura agressiva por parte do país em busca de seus interesses em toda parte do globo terrestre, promovendo invasões à países soberanos, derrubadas de governo e principalmente saques.
A necessidade de guerras é uma característica intrínseca dos EUA, chefe do imperialismo mundial, que tem na indústria bélica seu forte potencial econômico e por meio dela consegue se livrar de problemas econômicos que surgem ao longo do tempo.
Para ampliar sua hegemonia mundial, os EUA também mantém bases militares em países com pouca ou nenhum auto-determinação, como forma de fazer ameaças diretas à outros países com autodeterminação que fazem frente aos seus planos expansionistas. Podemos ver isso claramente com Rússia e RPDC, por exemplo, que tem bases dos EUA às "suas portas", prontas para iniciar uma guerra de agressão.
Porém, combater o imperialismo não é nem de longe uma tarefa simples. O poder dos EUA é tão grande que manipula a opinião pública em todo o mundo e os coloca como os "defensores da paz e liberdade". Todavia, uma resistência intransigente se fortalece com o passar do tempo, quando a face real dos imperialistas vem a ser exposta e por meio dela a hegemonia dos EUA fica abalada e perde sua força que já teve em outros tempos.
Atualmente, a situação dos EUA está ainda mais complicada com a China em vias de se firmar como a grande potência econômica o que fará um enorme abalo na estrutura de Washington nas próximas décadas. E por isso, uma guerra comercial é travada, com os EUA de Donald Trump defendendo o protecionismo e a China defendendo maior abertura econômica.
Na confrontação com a República Popular Democrática da Coreia que dura há 7 décadas, os EUA nunca conseguiu obter seu objetivo final de tomar toda a Península Coreana por meio de guerra ou por via de derrubada de regime. Isso trata-se de uma grande vitória da política norte coreana que frente a um inimigo tão poderoso nunca recuou um só centímetro mesmo sob uma política de hostilidade que incluiu provocações militares, ameaças diretas de guerra e sanções econômicas pesadas.
Nos anos da década de 1990, a Coreia (Choson) passou por seu momento mais difícil em sua história, a Árdua Marcha, onde esteve fortemente ameaçada de cair como outros países socialistas caíram naquela época e ser dominada pelos EUA. Mas apesar de anos sofríveis ocasionados por desastres naturais e por sanções econômicas em um momento de desmantelamento do mundo socialista, o povo coreano mostrou-se firme na luta para defender sua autodeterminação e neste mesmo período fortaleceu a política do Songun, desenvolvendo meios de defesa ante à ameaça constante dos EUA.
Nesta década, antes e depois da Árdua Marcha, conversações com os EUA foram iniciadas em busca de paz, estabilidade e prosperidade na Península Coreana. Em seus últimos dias de vida, o Presidente Kim Il Sung encontrou-se com Jimmy Carter em Pyongyang e mantiveram um diálogo amigável, mostrando a postura pacifista da Coreia Juche e seu poder de unidade, além de ser evidenciado para todo mundo a magnanimidade do grande Líder sem igual.
Nos anos 2000, as relações intercoreanas alcançaram notável melhoria como nunca antes, com a realização da Cúpula Norte-Sul de 15 de junho entre o Dirigente Kim Jong Il e o Presidente Kim Dae Jung em Pyongyang, com o lema de "por nossa própria nação", o que inevitavelmente traria os EUA para buscar conversações significativas também, tendo em vista seus interesses na região.
Mas engana-se que foi apenas uma tomada de decisão dos EUA em "busca de paz". A RPDC deixou sempre claro que se os EUA quiserem um acordo de paz ou mudar a política de hostilidade que persiste por tanto tempo, as portas para o diálogo estão sempre abertas.
As conversações frutíferas relacionadas à desnuclearização da RPDC foram levadas pela administração de Bill Clinton, com uma proposta de que a RPDC se desfizesse de seu programa nuclear por completo em troca de cooperação substancial dos EUA por meio de seus aliados para suprir as necessidades urgentes que o país do leste asiático possuía. Além disso, foi acordado que não seriam mais feitas ameaças ao país asiático e que se trabalharia para a normalização das relações entre ambas partes.
A República Popular Democrática da Coreia cumpriu com todas suas obrigações firmadas em acordo, todavia, a parte estadunidense não manteve seu compromisso ao manter exercícios provocativos e com a chegada da administração de Bush ao poder tudo se desmoronou a a hostilidade voltou a reinar no nível mais alto.
Apesar de tudo, a política pacífica e sincera da RPDC para buscar uma coexistência pacífica com os EUA foi extremamente admirada por todo o mundo. Foi notável a visita do Vice Marechal Jo Myong Rok à Casa Branca onde se encontrou com Clinton para resolver questões sobre os acordos acima citados.
Passados 18 anos, uma cena parecida voltou a ocorrer quando Kim Yong Chol, Vice Presidente da Comissão de Assuntos Estatais da RPDC e Vice Presidente do Comitê Central do PTC, visitou a Casa Branca para entregar carta do Máximo Dirigente Kim Jong Un à Trump para a realização da Cúpula RPDC-EUA em Singapura no dia 12 de junho, após ter mantido conversações significativas com o Secretário de Estado Mike Pompeo.
Tais momentos marcantes na história mostram a postura da RPDC que defende a paz apesar de todo um passado de confrontação iniciado pela contraparte.
É inevitável que com a existência do imperialismo o mundo seja livre e independente e que os povos possam levar uma vida feliz, livres de opressão. Todavia, a manutenção da paz é o máximo dever e compromisso que as forças independentes tem com a humanidade.
Por isso, a coexistência pacífica só depende exclusivamente da conduta dos EUA e, ao não tolerar a coexistência sem que se ceda algo em seu favor, os imperialistas estadunidenses revelam mais claramente ao mundo sua verdadeira face.
O mundo deseja uma Cúpula RPDC-EUA bem sucedida, onde seja firmada a paz permanente.
Por: 레난 쿠냐
Nenhum comentário:
Postar um comentário