sexta-feira, 25 de maio de 2018

Sobre a queda da URSS - Kim Il Sung



"A antiga União Soviética começou a desmoronar depois que os revisionistas modernos assumiram o poder. Eles abandonaram o princípio da construção partidária e sistematicamente enfraqueceram o partido. Consequentemente, os principais elementos do Partido Comunista da União Soviética, enquanto clamavam por um 'novo modo de pensar', finalmente aceitaram o cosmopolitismo afirmado pelos imperialistas. Os imperialistas estadunidense há muito tempo usam o cosmopolitismo como o meio ideológico para realizar sua ambição de dominar o mundo.

Enquanto Stalin estava no poder, o Partido Comunista da União Soviética lutou resolutamente contra o cosmopolitismo. Assim que os imperialistas estadunidenses apresentaram o cosmopolitismo, Stalin parecia já ter percebido que seu objetivo era realizar sua estratégia de 'transição pacífica' destinada a dominar o mundo. Quando a tendência ao cosmopolitismo apareceu no campo da arte soviética e da literatura após a Segunda Guerra Mundial, Zhdanov, um seguidor de Stalin, foi entre escritores, artistas e o povo e enfatizou a necessidade de lutar resolutamente contra ele.

Um 'novo modo de pensar', afirmado pelos principais elementos do antigo Partido Comunista da União Soviética, era o modo de pensar capitulacionista. Desistir de lutar contra os imperialistas e viver e cooperar com eles - esse é precisamente o conteúdo de seu 'novo modo de pensar'. Viver junto com os imperialistas, cooperando com eles a longo prazo, significa render-se a eles. A natureza do imperialismo nunca muda. O imperialismo significa capitalismo monopolista - essa é uma proposição avançada por Lênin. Se o imperialismo baseado no capital monopolista for deixado por conta própria sem oposição, ele continuará naturalmente invadindo e saqueando outros países.

Os líderes do Partido Comunista da União Soviética, no entanto, pregaram cooperação com os imperialistas, abrigando ilusões sobre eles e assim levando a União Soviética à ruína, incapaz de resistir ao ataque anti-socialista dos imperialistas. É difícil imaginar que a União Soviética, que construiu o socialismo por mais de 70 anos, tenha desmoronado em um dia. Os socialistas renegados que arruinaram a União Soviética não têm consciência nacional e ainda menos dignidade como comunistas. Se tivessem um pouco de espírito patriótico, não teriam colocado a União Soviética nesse estado. Eles destruíram a União Soviética e agora estão agindo seguindo o que os estadunidenses dizem.

A União Soviética foi à ruína por perseguir o revisionismo após a morte de Stalin. A União Soviética era um país grande, ocupando um sexto da área terrestre do mundo e possuindo uma população de 290 milhões e com uma filiação partidária de 18 milhões e uma história de mais de 70 anos de construção socialista; mas tudo foi levado a nada ali. Apesar de sua história cobrir mais de 70 anos de construção socialista, o Partido Soviético exercia a burocracia, deixando de realizar trabalho com o povo, o principal conteúdo do trabalho partidário. O povo, sem receber nenhuma educação ideológica, passou a conhecer apenas o dinheiro, esforçando-se ao máximo para conquistá-lo, em vez de aderir ao leninismo. O partido acabou caindo em ruínas porque não havia educado o povo em idéias socialistas e comunistas, levando-os a conhecer apenas dinheiro, carros particulares e datchas.

O colapso da União Soviética e dos países socialistas na Europa Oriental também se deveu à negligência da educação ideológica entre seus povos. Esses países não deram educação ideológica a seus povos. Os revisionistas modernos, que chegaram ao poder na União Soviética em meados da década de 1950, descartaram a educação ideológica. Eles não educaram seu povo na ideia de socialismo e comunismo, mas clamavam apenas por dinheiro, carros particulares e moradias. A negligência da educação ideológica na União Soviética por cerca de 30 anos corrompeu ideologicamente o povo e arruinou a União Soviética no final."


(President Kim Il Sung and Juche Idea, Korean Association of Social scientists, 2017, pp. 143-146)

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