domingo, 28 de outubro de 2018
Resposta às perguntas do grupo de cinegrafistas da televisão da Iugoslávia em 9 de junho de 1977
Pergunta: Camarada Kim Il Sung, Presidente da República Popular Democrática da Coreia, qual é, em sua opinião, o problema mais importante que se apresenta hoje na construção do socialismo na Coreia?
Resposta: Vou me referir sucintamente ao problema da construção socialismo em nosso país.
Já cumprimos o Plano Sexenal e agora nos estamos preparando para um novo Plano, o Septenal, que se empreenderá partir do próximo ano.
A principal orientação para edificar a economia socialista em nosso país consiste em criar uma economia nacional socialista e independente. Somente com uma economia assim é possível manter o chajusong político.
Obtivemos relevantes vitórias na luta para edificá-la, porém no futuro devemos alcançar metas mais altas.
Não os falarei dos índices do Plano Sexenal que se cumpriram, pois creio que vocês os conheçam bem.
Enquanto ao novo Plano, o Septenal, serão excelentes suas metas. Agora o estamos elaborando e seus objetivos principais são produzir 7 milhões de toneladas de aço, 12 milhões de toneladas de cimento, 70 milhões de toneladas de carvão e 60 bilhões de quilowatts-hora. Se estabelecem outros índices segundo estes objetivos.
O cumprimento do próximo Plano Septenal permitirá consolidar todavia mais nossa economia nacional independente.
Para construir com êxito o socialismo em nosso país é importante levar a cabo a tarefa das três revoluções, que apresentou o 5º Congresso do Partido. As três revoluções que realizamos são a ideológica e a cultural.
A revolução técnica é a batalha para fazer fáceis os trabalhos difíceis e libertar todos trabalhadores dos trabalhos duros.
A tarefa mais importante da revolução cultural é intelectualizar todas as pessoas. Canalizando ingentes esforços para a preparação dos quadros nacionais, já alcançamos o relevante êxito da formação de um exército de um milhão de intelectuais. Para obter metas mais altas na edificação socialista e consolidar ainda mais a economia nacional independente, é necessário que no futuro todos os trabalhadores possuam amplos conhecimentos científicos e técnicos. Para tal precisamos nos esforçar para garantir que todo o povo tenha nível cultural e técnico dos graduados da escola secundária superior e, mais adiante, alcance o nível dos universitários.
A revolução ideológica implica a luta pela classe-operarização e da revolucionarização de todos.
Realizar as três revoluções: a ideológica, a técnica e a cultural é, precisamente, nossa principal orientação e objetivo dee combate para a construção socialista.
Pergunta: Camarada Presidente, você, como dirigente do Movimento dos Países Não-Alinhados, como avalia o que ocorreu em relação ao desenvolvimento do Movimento dos Países Não-Alinhados depois da Conferência de Cúpula de Colombo? Qual é, em sua opinião, o mais importante nas futuras atividades dos países não alinhados?
Resposta: Depois da Cúpula de Colombo, o Movimento dos Países Não-Alinhados se desenvolve de maneira positiva.
Atualmente seguem ampliando-se as fileiras dos países membros, e isto se deve a que todos os povos do mundo conhecem a justeza da política não alinhada.
O fortalecimento do Movimento dos Países Não Alinhados ajuda grandemente a evitar a guerra agressiva dos imperialistas e a defender a paz.
Consideramos que esta é a tendência mais importante do Movimento na época atual.
Hoje os imperialistas recorrem a toda classe de perversas manobras com a intenção de desintegrar as fileiras do Movimento.
Todavia, os países não alinhados realizam incansáveis esforços para destruí-las e assegurar a unidade de suas forças, e seguem marchando pela via correta do recíproco apoio político e da colaboração econômica.
Considero que os esforços e ações destes países contribuem em grande medida para defender o chajusong dos povos do mundo.
Manter o chajusong é um dos princípios de suma importância para o Movimento dos Países Não Alinhados. Esse é o problema essencial para todas as nações. Por isso me sinto muito satisfeito de que a unidade do dito movimento se alcance magnificamente baseando-se nele.
Existem dificuldades nas fileiras do Movimento.
Os países não alinhados, sobrepondo-se a todas estas, devem esforçar-se para assegurar sua unidade e incorporar mais e mais membros a suas fileiras com a bandeira do chajusong no alto.
Ademais, estimamos necessário que eles levem a cabo com maior energia a luta conjunta para destruir a velha ordem econômica internacional e estabelecer uma nova.
Também consideramos muito importante que se apoiem no político e colaborem no econômico.
Pergunta: Camarada Presidente, você visitou a Iugoslávia em junho de 1975. Esse foi o primeiro encontro entre os chefes de Estado da Coreia e Iugoslávia. Nosso Presidente pensar em visitar a Coreia no outono deste ano. A respeito disso, como você avalia a possibilidade da colaboração futura entre ambos países?
Resposta: Estou muito feliz de ter-me encontrado e conversado com o camarada Josip Broz Tito em 1975, quando visitei seu país. Considero que este encontro não só foi útil para o fortalecimento da amizade e solidariedade entre nossos povos como também ajudou grandemente o Movimento dos Países Não Alinhados. Hoje recordo como naquela ocasião trocamos profundas opiniões sobre diversos problemas de interesse comum.
Me alegra muito que sob a sábia direção do camarada Tito o povo iugoslavo obtenha relevantes êxitos na construção socialista e em manter o chajusong político do país.
Com motivo do 85º aniversário do camarada Tito, este ano enviamos uma calorosa felicitação.
Estou convencido de que sob sua direção o povo iugoslavo alcançará maiores êxitos.
Hoje as relações entre Coreia e Iugoslávia se desenvolvem muito mais positivamente. Tenho a segurança de que também adiante continuarão por este caminho, sobre a base do princípio do chajusong e a favor do socialismo, da paz e do Movimento dos Países Não Alinhados.
Para mim é motivo de grande alegria que o camarada Tito tenha expressado a vontade de visitar nosso país este ano. Estamos preparando uma especial boas vindas.
Se o camarada Tito vir, seguiremos em Pyongyang as conversações iniciadas na Iugoslávia, e creio que poderíamos trocar opiniões úteis enquanto a muitos problemas. Neste sentido, eu, meus camaradas e todo o povo coreano lhe esperamos com grande expectativa. Peço-lhes que o informe sobre isso.
Com sua visita ao nosso país vocês contribuíram em grande medida ao fortalecimento da amizade entre ambos os povos. Os digo: Volte a nos visitar.
Espero que ao regressar transmitam minhas saudações ao camarada Tito e ao povo iugoslavo.
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