sábado, 6 de outubro de 2018

ACNC comenta a tentativa do Japão de fazer emenda da Constituição


O Primeiro Ministro japonês, Abe, reeleito como presidente do Partido Democrático Liberal, disse "desafia-se a fazer a emenda da Constituição que não se fez nunca durante mais de 70 anos."

Esta afirmação de Abe faz a sociedade internacional parafrasear o seu significado real: "na espinha dorsal de Abe está cravado o tendão de aço chamado emenda da Constituição."

Seus disparates demonstram a arraigada ambição militarista do círculo político do Japão que espera somente a oportunidade para voltar a ocupar a toda custa a antiga posição de metrópole.

A emenda da Carta Magna é a meta política de toda a vida de Abe.

Ele dizia em cada oportunidade que "se eleito Primeiro Ministro, modificará primeiro a Constituição".

Por isso, não é surpreendente que ele tente cumprir esta tarefa, desejo de mais de 70 anos dos militaristas, enquanto foi eleito como presidente do partido por 3 vezes seguidas aproveitando a corrente ultradireitista do país.

Qual é a essência da "Constituição Pacifista"?

A cláusula 1 e a 2 do artigo 9 da "Constituição Pacífica", que garante legalmente o regime do Japão depois da Segunda Guerra Mundial, esclarecem a "renúncia de guerra" e a "não possessão de capacidade combativa", respectivamente.

Esta Constituição cumpre o papel de freio no mecanismo de guerra que devém ao ressurgimento do militarismo e à materialização da ambição de agressão a ultramar, razão pela qual o governo de Abe se esforça com frenesi para a modificar o quanto antes.

Converter o Japão no país que pode iniciar uma guerra agressiva ao modificar sem falta em futuro próximo a Constituição para poder agregar a existência das "forças de autodefesa" ao artigo 9 da Constituição, eis aqui a ambição do governo de Abe.

Posto que estabeleceram até o "horário da emenda" que supõe por em vigor a Constituição alterada em 2020, a carta branca de defesa de 2018 também reflete a política expansionista do governo de Abe encaminhada a acelerar o aumento de gastos militares e livrar-se das travas da "Constituição Pacífica".

Onde irá o Japão, que já preparou a base legal para a saída militar a ultramar e os navios de combate de tipo de porta-aviões, os caças bombardeiros ultramodernos e recorre com frenesi ao aumento da capacidade de mísseis de mediano e longo alcance.

O resultado isso pode ser previsto até por uma criança.

Crescido como perigosas forças bélicas pelo desperdício de despesas militares e pela conversão em potência militar, o Japão faz esforços desesperados para se livrar do freio que é a "Constituição Pacífica". Isso trata-se de uma loucura de voltar a impor tremendos desastres à humanidade.

Enquanto o novo ambiente de paz exerce grande influência sobre a situação política do mundo e se alteram bruscamente as relações de forças da região, o Japão segue sendo uma força perigosa para a paz e a segurança da região da Ásia-Pacífico.

O mundo deve redobrar a vigilância sobre as manobras cada vez mais abertas dos reacionários japoneses para o ressurgimento do militarismo e a expansão a ultramar.

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