sábado, 20 de outubro de 2018

Para antepor seguramente a indústria extrativa à de transformação


Discurso proferido na Conferência Nacional de Ativistas do Setor Mineiro em 29 de setembro de 1977.

Antes de tudo, gostaria de dar felicitações em nome do Comitê Central do Partido, do Governo da República e em mu próprio nome, aos operários, técnicos e o pessoal de escritório pela abnegação com que trabalham na indústria extrativa.

Nos últimos anos, o desenvolvimento conjunto de nossa economia nacional se viu bastante obstacularizado devido ao fato de que a indústria extrativa não se antepôs à de transformação.

A indústria extrativa é o processo produtivo inicial da indústria. Sem antepô-la à transformadora, não é possível fazer avanços como planejado na mecânica e outros setores da economia nacional. É mais que natural que se não prioriza-se e, por conseguinte, não se asseguram suficientes matérias primas, os ramos da indústria transformadora não possam produzir normalmente. Se trata de uma lei do desenvolvimento industrial. Todavia, não se observou esse princípio nem quando se traçou o Plano Sexenal e nem tampouco quando se executava. Hoje também a indústria extrativa encontra-se muito atrasada em comparação com a transformadora.

Como consequência, as fundições de ferro não podem alimentar seus alto-fornos com suficientes minerais porque não são fornecidos em quantidades requiridas e nem, por conseguinte, incrementar a produção de gusa e aço. E como chega pouco aço nas fábricas de maquinário, não podem normalizar a produção por falta de aço. Ademais, pela insuficiência de tungstênio e outros metais não-ferrosos as siderúrgicas não produzem as quantidades necessárias de aço rapidamente e tampouco fabricam-se abundantemente cabos, aparatos elétricos e outras diversas máquinas e equipamentos e aditamentos elétricos porque não se tem cobre suficiente.

Ademais, o deficiente abastecimento de carvão cria muitas dificuldades na geração de energia elétrica e no transporte. Dado que nos últimos anos, por influência da frente fria as represas não ficaram cheias e, portanto, as plantas hidrelétricas não geraram a plena capacidade, as plantas termelétricas devem constituir importantes bases de fornecimento de eletricidade. Não obstante, na atualidade estas não funcionam em plenitude porque não são abastecidas com carvão indispensável. Por esta mesma causa, no passado inverno, na província de Hamgyong Norte as locomotivas não puderam circular regularmente durante quase um mês.

Tampouco as fábricas de cimento normalizam a produção por falta de carvão e calcário. E como pela insuficiência de pirita não se produz grande quantidade de ácido sulfúrico, indústria química enfrenta muitas dificuldades na elaboração de fertilizantes, vinalon, papel e fibras curtas. Se a pouca quantidade de ácido sulfúrico se destina à produção de fertilizantes, se paralisa a de vinalon e vice-versa. No ano passado, por causa da anomalia na produção de fertilizante fosfatado, não se pôde enviar quantidade suficiente ao campo. Embora tenhamos construído uma grande fábrica de vinalon com uma capacidade de 50 mil toneladas e das fibras sintéticas em Chongjin e Sinuiju, também de grande envergadura, não as pusemos em plena função pela escassez de ácido sulfúrico e nem produzimos muito vinalon e fibras curtas. E pela escassa produção destas fibras, há bastante dificuldade para melhorar a vida do povo.

Assim sendo, não dando prioridade à indústria extrativa é impossível desenvolver com rapidez as indústrias siderúrgica, elétrica e química, se dificulta a produção agrícola e não se resolvem satisfatoriamente os problemas de transporte e da vida do povo.

Quase todos os problemas que existem para fomentar a economia e melhorar a vida do povo se devem, em última instância, a que não se priorizou a indústria extrativa, processo inicial da indústria.

Dentro do progresso geral da economia nacional, a indústria extrativa constitui o lastre principal. Por isso na reunião consultiva dos trabalhadores da planificação, realizada em 1974, o Comitê Central do Partido fez uma severa crítica porque no transcurso do cumprimento do Plano Sexenal não se havia materializado como devido a orientação do Partido encaminhada a antepor a indústria extrativa à de transformação.

Posteriormente o Partido não deixou de destacar que somente fazendo assim será possível desenvolver devidamente a indústria transformadora e outros setores da economia nacional, e a respeito à priorização, em várias ocasiões organizou reuniões, adotou resoluções e apontou a tarefa dos trabalhadores dos setores correspondentes. Contudo, até hoje este problema ainda não foi resolvido de maneira satisfatória.

Todavia alguns quadros responsáveis dos comitês e ministérios do Conselho de Administração e os secretários do Partido, diretores, engenheiros-chefe e outros dirigentes das fábricas e empresas do setor extrativo, não se sentem profundamente responsáveis porque o desenvolvimento da economia nacional em conjunto se vê afetado porque não é dada prioridade a esse setor.

Na passada primavera, como as centrais termelétricas estavam com uma parte de seus geradores parada pela escassez de carvão, dirigimos sobre o terreno o trabalhos das minas da zona de Tokchon para resolver este problema e, seguidamente, investigamos a situação das minas das zonas e Kaechon e Anju e pudemos conhecer amplamente o estado real em que se encontra a indústria extrativa.

Então, qual são as causas pelas quais não se antepõe a indústria extrativa à transformadora?

A principal é que os quadros do Comitê de Mineração, sobretudo os das Direções Gerais das Indústrias Mineira e Carbonífera, e os funcionários diretivos dos comitês e ministérios do Conselho de Administração não cumprem suas tarefas de modo responsável, com a atitude de donos, e nem se esmeram no trabalho de direção organizativa para conceder prioridade à indústria extrativa.

É certo que nos anos anteriores o Estado não pôde destinar muitos fundos ao setor extrativo. Porém neste setor se descuidou o trabalho organizativo para utilizar eficientemente suas atribuições. Quanto menos foram as atribuições mais profundamente se devia estudar a maneira de usá-las com eficácia, e resolver os problemas pendentes concentrando-as no elo principal, porém neste setor não procedeu assim mas sim se dispersou para distintos fins. Por conseguinte, nenhum trabalho foi concluído da forma devida.

Agora os funcionários deste setor não conhecem claramente em que elo devem concentrar os fundos e com que método resolver os problemas que os afetam, porque agem de maneira a atender este ou aquele elo onde se apresentam dificuldades, sem realizar um trabalho minucioso de organização. Isto, comparado com os métodos de combate do exército, é igual ao que ocorre com os comandantes que não conhecem por onde atacar o inimigo para aniquilá-lo.

Claramente, no setor extrativo é deficiente o trabalho de organização e orientação dos quadros. Na esfera produtiva o trabalho de orientação e de organização significa o fornecimento de materiais, a administração de equipamentos e de mãos de obra e a programação da produção. Porém os funcionários da indústria extrativa não podem realizá-la adequadamente porque não estão à par da situação na base.

Tempos atrás tanto o presidente do Comitê de Mineração como o chefe da Direção Geral da Indústria Carbonífera, por não conhecer bem a situação nas explorações carboníferas, se perguntados sobre algo em relação à produção de carvão se limitavam a dizer que havia dificuldades enquanto à mão de obra e materiais. Crendo em suas palavras, destinamos mais mão de obra e materiais para as minas. Por exemplo, a cada uma das minas de carvão da zona de Tokchon enviamos várias centenas de soldados. Todavia, não aumentou muito a produção.

Por isso, com um interrogante a respeito, dirigimos sobre o terreno o trabalho dessas minas e assim averiguamos em detalhe seu estado real; resultou que o problema não estava na escassez da mão de obra. Ali bastantes trabalhadores estavam sem fazer nada ao não serem asseguradas as perfuradoras e ferramentas que necessitavam.

Como não possuíam as ferramentas necessárias em quantidade necessária, alguns quando necessitavam dessas ferramentas andavam de cá pra lá buscando-a, o que causava uma grande perda de tempo, enquanto outros, que cravavam na galeria, como não tinham  ferramentas perdiam muito tempo as buscando para conseguir. Enquanto às perfuradoras, a situação era tal que apenas alçava uma para 3 ou 4 homens. Como já disse várias vezes, cada perfurador deve ter sua própria máquina. Desta maneira, cada qual, quando vai trabalhar na galeria pode levar a sua e depois da jornada pô-la em ordem para usá-la no dia seguinte. Procedendo assim se pode usar durante longo tempo e assegurar bem a produção. Porém se para cada 3 ou 4 homens existe uma perfuradora, como ocorre agora, é impossível antepor o trabalho de acesso e, por conseguinte, extrair muito carvão.

Tampouco se realiza com prioridade o trabalho de organização para antepor ao acesso.

Já faz muito tempo que propus que na indústria extrativa se assegura a força de trabalho para o acesso e a extração em uma proporção de 5 por 5 para dar preferência ao acesso. Porém, nas minas todavia se destinam menos braços que ao processo de extração, e em lugar de antepô-lo, se ocupam somente das tarefas de produção imediatas. Como nas minas se organiza a produção de maneira a impulsionar o acesso a princípios do mês e a extração no final, em lugar de perfurar constantemente, ela cresce ao final do mês e decai no começo do mês. Na direção da produção nas minas é preciso observar a ordem e os regulamentos, como ocorre no exército para mandar comandar um combate. Se nelas não se respeita o princípio de 5 por 5, não é possível antepor o acesso e nem evitar a oscilação da produção.

Tampouco é correto o método de avaliação do cumprimento do plano nas minas. Este trabalho se faz somente sob a base da quantidade de carvão ou de outros minerais extraídos, sem ter em consideração o trabalho de acesso que executou. Por isso, nas minhas não se empenham em antepô-lo.

Tampouco se mantém bem os equipamentos.

Nas minas não se cuidam com devido cuidado das máquinas e equipamentos e abandonam em qualquer lugar os que podem reabilitar-se se eles fazem ligeiros consertos. Agora nas de carvão há uma queixa de falta de vagões, porém não poucos foram colocados de lado, uns por falta de rolamentos e outras por pequenos defeitos remediáveis. Se abandonam até o que pode reutilizar-se com ligeiras reparações, de onde tirará o Estado tanto dinheiro para os produzir ilimitadamente? É incorreto manter assim os equipamentos.

Tampouco é satisfatório o abastecimento de materiais.

Agora o Conselho de Administração não está organizando devidamente nem seque a produção de materiais de aço básicos e tampouco se ocupa minuciosamente de sua distribuição. Aproveitando esta brecha os responsáveis do Ministério da Indústria Metalúrgica, das fundições de ferro e siderúrgicas, em vez de produzir os materiais de ferro padronizados planificados, produzem somente os que pesam muito para cumprir o plano em toneladas. Se a organizam desta forma, a produção não vale nada por muitos materiais de aço que saiam.

Segundo me informaram, é considerável a quantidade de materiais de aço que se produz cada mês, porém são poucos os padronizados que necessita a indústria transformadora. E grandes quantidades desses materiais se mantém amontoados, sem poder-se utilizar, porque enviando-se os grossos aonde fazem falta os finos e vice-versa não se distribuem corretamente.

Os funcionários do Conselho de Administração receberam instrução de fornecer ao ramo extrativo primeiro os materiais, porém todavia não a executam, repartindo-os de forma igualitária.

Quando dirigimos sobre o terreno as minas de carvão da zona de Tokchon, demos a instrução de que se distribuam 17 milhões de toneladas de materiais de aço à indústria carbonífera. Contudo, segundo investigamos posteriormente, nos documentos aparecia escrito que foram fornecidos, porém na realidade recebeu somente 8 mil dentro desses, 3 mil permaneceram ociosos por padrão inadequado. Dizem que a Fábrica de Maquinário para Minas de Carvão de Hoeryong recebeu 800 toneladas de materiais de aço, porém pôde usar somente 300 e os 500 restantes ficaram intactos devido a padrão inadequado. Se estas 500 toneladas fossem fornecidas racionalmente,haveriam encontrado seu proveito em outras partes. Todas estas deficiências se derivam da incorreta atitude de trabalho burocrático. Na atualidade assim procedem precisamente os trabalhadores do Conselho de Administração, do Ministério de Fornecimento de Materiais e de outros ministérios e comitês.

Em várias ocasiões reiterei aos funcionários do Conselho de Administração que atuaram com os métodos que aplicamos no período da Luta Armada Antijaponesa. Nessa época, quando escassos os alimentos, juntávamos os mantimentos que levavam os guerrilheiros e, depois de os pesar, decidíamos o que devíamos consumir ao dia. E reunindo os guerrilheiros os explicávamos para que não violassem a regra. Foi assim que pudemos realizar combates nos alimentando 20 dias com mantimentos para 5. E quando não nos chegavam as munições suficientes, determinávamos qual quantidade correspondia aos que usavam metralhadora e os que usavam fuzil para ir ao ataque e lhes exigíamos fazer desta forma. Em poucas palavras, naquele tempo organizamos minuciosamente a vida. Porém hoje os quadros do Conselho de Administração, dos comitês e dos ministérios não procedem assim.

Na realidade não é que nosso país não possua materiais de aço; a questão está em que não se fornecem racionalmente. Porém, ninguém se empenha em resolver este problema e tampouco há quem os distribua tonelada por tonelada, segundo os padrões. Não o fazem tanto os vice Primeiro Ministros do Conselho de Administração como os presidentes dos comitês e os ministros. É uma lei que se na vida um não se esmera em organizar o trabalho nada pode levar à feliz término.

Também, como a economia socialista é coletiva, se não realiza-se minuciosamente o trabalho organizativo, não podem marchar bem os trabalhos. Apesar disso, nossos quadros não dirigem eficientemente a economia conforme o sistema econômico socialista. A economia socialista é planificada. Por isso é imprescindível realizar de modo planificado o fornecimento de materiais, a administração da mão de obra e da reparação dos equipamentos. Somente assim tudo marchará corretamente. O que não sabe organizar o trabalho de maneira planificada, carece de competência para administrar a economia socialista.

Não há nenhuma razão pela qual não podamos dar prioridade à indústria extrativa. Nosso país conta com grande quantidade de carvão e outros minerais. O problema está em que os responsáveis dos comitês e dos ministérios do Conselho de Administração, e os funcionários do setor da indústria extrativa, não realizam com esmero os trabalhos organizativo e diretivo. Sobretudo, os presidentes dos comitês e os ministros do Conselho de Administração não se empenham no cumprimento de seus deveres. As tarefas que lhes competem, entre outras, são: procurar que se forneçam corretamente os materiais e que se revisem, resolva e reparem a tempo os equipamentos, assim como dirigir com acerto a administração da mão de obra e da organização da produção. Contudo, eles não sabem cumprir bem nenhum destes deveres.

Se não se assegurou a preferência à indústria extrativa, a responsabilidade recai sobre estes quadros e de nenhuma maneira sobre os trabalhadores. Realmente, não há nenhum país que conte com uma classe trabalhadora tão heroica como a coreana. Esta é integrada por homens e mulheres que, infinitamente fiéis ao Partido, trabalham somente como ele indica e dedicam todos esforços à luta para materializar sua política.

Foi deficiente o trabalho realizado pelas organizações do Partido no setor de indústria extrativa. Sobre elas recai uma considerável parte da responsabilidade do fato de que hoje a indústria extrativa se tornou muito atrasada em relação à transformadora.

Antes de tudo, as organizações partidistas nas minas não realizaram com acerto o trabalho político. Especialmente seus secretários não se empenham no trabalho com os diretores, engenheiros-chefe e outros funcionários diretivos de maneira que estes cumpram suas tarefas com responsabilidade como donos. Tampouco realizaram seu trabalho como devido o comitê partidista dos ministérios e nem do Conselho de Administração.

Foram insatisfatórios também os serviços de abastecimento.

Como vemos, até a presente data na indústria extrativa não foi levado à feliz término o trabalho de organização econômica e nem a do Partido e tampouco os serviços de abastecimento, enfim, nenhuma tarefa. Como resultado, esta indústria ficou muito atrasada em relação à de transformação.

Em nosso país este fenômeno surgiu nos últimos anos. Antes nossa economia não o conhecia e se desenvolvia sem tropeços. No pós-guerra a produção anual nacional de materiais de aço era pobre, porém, com eles construímos a fábrica de vinalon, a de cloreto de vinila e outras muitas importantes plantas. Porém agora embora se produzam vários milhões de toneladas ao ano, não se alcança cobrir plenamente as necessidades desses materiais. Se atualmente se criou um desequilíbrio entre a indústria extrativa e a transformadora e por conseguinte se sente a falta dos materiais de aço, isto se deve a que os dirigentes, não armados firmemente com a Ideia Juche de nosso Partido e carentes da atitude de donos, do espírito criador e da capacidade organizativa, realizaram suas tarefas de qualquer modo.

Eliminar o desequilíbrio entre essas duas indústrias constitui a tarefa mais importante que enfrentamos atualmente. Se não o superarmos rápido, não poderemos avançar nem um passo.

Para este fim, é indispensável promover com rapidez a indústria extrativa. Isto não é uma tarefa excepcional. Se aumentamos a produção de minerais, de metais não-ferrosos, de calcário e outros, e extrairmos um grande volume de carvão, a indústria extrativa pode situar-se à frente.

No próximo ano começaremos a cumprir o Segundo Plano Septenal e desde o primeiro ano do novo plano perspectivo teremos que canalizar forças na indústria extrativa para a colocar com segurança na frente da transformadora.

Somente assim poderemos alimentar de minerais suficientemente os alto-fornos,  fornecer abundante calcário aos fornos giratórios de cimento e assegurar suficiente ácido sulfúrico para produzir grande quantidade de fertilizante fosfatado, vinalon e fibras curtas. E desta maneira será possível melhorar rapidamente a vida do povo. Nada deve e nem pode negar este princípio. Eliminar decisivamente o desequilíbrio entre a indústria extrativa e a transformadora impulsionando o quanto antes a primeira é a tarefa mais importante que se apresenta hoje ante à indústria extrativa.

Durante o período do novo Plano Septenal perspectivo neste setor há que produzir 70 milhões de toneladas de carvão e de 16 a 20 milhões de toneladas de minerais de ferro, assim como as quantidades necessárias de minerais para fundir um milhão de toneladas de metais não-ferrosos. Sobretudo, é preciso aumentar em grande escala a extração dos minerais que fazem falta para produzir cobre e níquel, e de metais raro como tungstênio e molibdênio, materiais imprescindíveis para o desenvolvimento da economia nacional e da indústria de defesa nacional. Somente quando a indústria extrativa cumprir plenamente esta tarefa se normalizará o funcionamento de todas as fábricas e fará melhor a preparação da defesa nacional. É de tudo possível cumprir esta tarefa valendo-se da atual capacidade produtiva industrial de nosso país.

No setor da indústria extrativa deve ser dada prioridades, antes de tudo, ao trabalho de prospecção. Nesta esfera é necessário intensificar de modo decisivo a prospecção perspectiva, a atual e a detalhada, de maneira que se assegurem com alguns anos de antecedência as reservas de carvão e outros minerais localizados.

Para por a prospecção na frente há que fornecer muitos e modernos equipamentos de exploração e pesquisa. Em especial, é necessário adotar medidas para produzir com forças próprias as sondas de mais de 1000 metros de perfuração e seguir incrementando o investimento nesta esfera.

Nas minas há que antepor infalivelmente o acesso. Para isso é necessário observar cabalmente o princípio de 5 por 5 na localização da mão de obra entre o acesso e a extração. Esta proporção pode ser até 6 por 4 se necessário para garantir a prioridade do acesso. Somente acatando a este princípio na localização poderá impulsionar com vista ao futuro a produção nas minas.

Nestas é necessário fazer constantes e tenazes esforços para elevar a proporção da mão de obra nas galerias. Ademais, há que revestir o concreto armado no interior das galerias e introduzir a iluminação.

Segundo me informaram, na Mina de Carvão de Tokchon as galerias se blindaram e dotaram de instalações de iluminação, o que agradou muito os mineiros. Os quadros não devem poupar materiais e fundos para estes trabalhos. Em todas as minas há que blindar e iluminar as galerias como palácios. E assim assegurar à nossa classe trabalhadora excelentes condições de trabalho, de acordo com a sociedade socialista.

Para desenvolver a indústria extrativa é necessário introduzir grandes e modernos equipamentos de extração.

Agora nas minas se observa com frequência a tendência a abandonar alguns minerais e depósitos de carvão de finas capas e de más condições de extração, e para superar isto é imprescindível passar à extração e ao tratamento em grande quantidade mediante a introdução de modernos equipamentos de extração, de grande tamanho. Se extraímos somente os minerais de alto valor e o carvão fácil de se extrair, não poderemos aproveitar eficientemente as valiosas riquezas de nosso país e nem superar a oscilação na produção, e assim cometeríamos um crime ante às novas gerações. Ademais, tendo em conta a formidável ampliação de nossa indústria, se procedemos ao azar e de modo passivo extraindo somente os materiais de alto valor e o carvão de boas condições de extração, não poderemos satisfazer a crescente demanda deles e nem antepor a indústria extrativa à transformadora.

Portanto agora devemos orientarmos a introduzir equipamentos de extração de grande tamanho e as fábricas mecânicas tem que os produzir em grande quantidade, incluindo potentes cabrestantes de 1000 cavalos de força e trituradoras, e as enviar para as minas.

Junto com isto, temos que acelerar a modernização para realizar a mecanização, a semi-automatização e a automatização dos processos produtivos do setor extrativo.

Visando introduzir rapidamente grandes e modernos equipamentos de extração, as fábricas mecânicas da indústria extrativa devem trabalhar bem. Um importante objetivo da criação do Comitê de Mineração e, dentro deste, a Direção Geral da Indústria Maquinária, consiste em aproveitar melhor as fábricas mecânicas que pertenciam antes aos Ministérios de Mineração e da Indústria Elétrica e Carbonífera, e elevar o papel dessas fábricas para produzir maior quantidade e variedade de equipamentos extrativos apropriados para a situação de nosso país. O Comitê de Mineração deve fortalecer a direção sobre as fábricas mecânicas sob sua jurisdição e os trabalhadores das fábricas análogas da indústria extrativa devem pensar e atuar de maneira audaz para produzir maior número de equipamentos de extração, modernos e de grande tamanho.

Ao mesmo tempo, há que construir por conta própria muitos meios de transporte de alta eficiência. Na indústria extrativa não se deve tratar de transportar  o carvão e outros minerais somente em trens e caminhões. Dado que aqui não se extrai todavia petróleo, não se pode depender somente dos caminhões ou trens pequenos, pois valendo-se somente deles é impossível transportar o carvão e outros minerais que se produza em abundância. Por isso é necessário que a indústria extrativa produza por si mesma grande quantidade e diversidade de meios de transporte eficientes e materialize ativamente a orientação sobre a introdução das três formas de transporte: o teleférico, a cinta transportadora e as tubulações.

Agora o Comitê de Mineração se bastece escassamente das correias que são fabricadas pel Ministério da Indústria Química; porém, no futuro deve construir sua própria fábrica para cobrir com sua produção as necessidades destas correias nas minas. E os comitês e os ministérios correspondentes devem manejar corretamente as fábricas que atualmente a fazem, para aumentar de modo considerável sua produção. Na Fábrica de Pneus Amnokgang levantamos uma grande base para fazer correias, e fornecendo devidamente as matérias primas e realizando um bom trabalho organizativo, há que produzi-las na quantidade que necessitem as minas.

A indústria metalúrgica tem a missão de fabricar cabos para as minas. O problema que se deve resolver de imediato para incrementar com rapidez a produção de carvão e outros minerais é armar os mineiros com suficientes perfuradoras, serras, alicates e outras ferramentas.

O Comitê de Mineração deve alcançar dentro deste ano que cada mineiro de acesso possua uma perfuradora. Enquanto as serra e outras ferramentas os presidentes dos comitês populares e os secretários responsáveis dos comitês do Partido nas províncias devem responsabilizar-se da organização de sua produção nas mesmas províncias.

Em todas as minas devem registrar-se os equipamentos pessoais de cada trabalhador e estabelecer-se um rigoroso regime segundo o qual se verifique diariamente e por seções seu estado de manutenção tal como no exército se passa revista aos soldados armados. Ademais, há que implantar um correto sistema de reparação de equipamentos pessoais e realizar semanalmente seu exame geral para assim reparar a tempo os que necessitem. E é preciso ter certa quantidade de reserva, de modo que os que vão submeter-se à reparação possam ser substituídos.

O Estado deve fornecer incondicionalmente retroescavadoras e compressores de grande tamanho, e outros equipamentos e materiais, como as tubulações e trilhos  que necessitam as minas. Antes de tudo, deve assegurar a tempo 17 mil toneladas de materiais de aço, 16 mil de toneladas de cimento, 70 mil metros cúbicos de madeiras de entivação e 1000 metros cúbicos de madeira para a construção de poço que fazem falta ao ao Comitê de Mineração. Há também que enviar às minas grandes quantidades de tubulações. Estas são imprescindíveis para abastecer de ar e água as galerias. Por isso, tão pronto que se produzem, devem ser enviadas primeiro às minas, as que por sua parte, tem que manter com esmero e reparar a tempo os equipamentos enviados pelo Estado.

Devem ser melhorados os serviços de abastecimento para os trabalhadores da indústria extrativa.

Dizem que atualmente há minas onde não se fornece nem sequer suficiente água potável para os mineiros que trabalham nas galerias; os dirigentes não devem mostrar-se tão indiferentes com o abastecimento para os trabalhadores.

Aos trabalhadores da indústria extrativa  há que proporcionar azeite, verduras e carne. Sendo assim, deve os fornecer, a partir do próximo ano, suficiente quantidade de azeite, verduras e carne como se faz nas minas de carvão da zona de Tochon. As organizações do Partido e os organismos do Poder Popular das regiões correspondentes devem organizar com responsabilidade os serviços de abastecimento para os mineiros.

Faz falta intensificar o trabalho político do Partido no setor da indústria extrativa.

As organizações partidistas do setor tem que explicar em ampla escala que a tarefa mais urgente que hoje enfrenta nosso Partido é eliminar o desequilíbrio entre a indústria extrativa e a transformadora, que devemos realizá-lo dentro de um ou dois anos e que somente antepondo a indústria extrativa poderemos alcançar exitosamente todas as metas do novo Plano Septenal. Assim conseguirão que todos militantes do Partido, técnicos, empregados e todos os trabalhadores do setor, com alta dignidade e sentido de responsabilidade por encarregar-se do primeiro processo da indústria, realizem todos os trabalhos com a atitude de dono e demonstrem em alto nível o zelo político e a capacidade criadora para cumprir plenamente com o honroso dever revolucionário atribuído pela Partido.

Reforçar com rapidez a indústria extrativa exige que todos os trabalhadores ponham em plena ação o espírito revolucionário de apoiar-se em suas próprias forças.

Nos últimos tempos entre alguns trabalhadores foi reduzido bastante este espírito que mostraram nos difíceis períodos imediatamente posteriores à libertação e a guerra. Se caem no servilismo às grandes potências menosprezando o nacional e olhando o dos outros, não poderá alcançar êxito em nenhum trabalho.

Devemos nos opor resolutamente a toda forma de ideia errônea que induza a depreciar o nosso sem esforçar-se para utilizá-lo e a olhar em direção a equipamentos de outros países. De modo que todos os trabalhadores pensem em como produzir com suas próprias mãos todos os equipamentos necessários e mostrem altamente o espírito revolucionário de apoiar-se em suas próprias forças.

Por outra parte, há que realizar uma luta ideológica contra o conservadorismo e o misticismo técnico. Em qualquer movimento de avanço os adeptos destes "ismos" atrapalham o trabalho. Por isso devemos levar a cabo contínua e poderosamente a luta ideológica contra o conservadorismo e o misticismo técnico que se manifestam entre os trabalhadores.

Por último, vou falar brevemente da necessidade de abastecer suficientemente com carvão a população, e as centrais termelétricas a fim de as por em plena marcha neste inverno.

Este ano, como consequência da prolongada seca não puderam encher-se as represas das centrais hidrelétricas. Nesta condição, se marcha bem ou não a produção industrial neste inverno será decidido se fornecem ou não suficiente carvão às Centrais Termelétricas de Pukchang e de Pyongyang, e as fábricas para as por em funcionamento normal.

Os complexos carboníferos de Tokchon, Kaechon, Sunchon e de outras zonas concentrarão todas as forças em aumentar ao máximo a produção de carvão para fornecê-lo em suficientes quantidades às centrais termelétricas.

Ademais, há que organizar com muita atenção o transporte para fornecê-lo a tempo para a população, para as creches e jardins de infância para o inverno, de modo que o povo não passe dificuldade alguma na vida, e evitar que nas creches e jardins de infância as crianças durma em quartos frios.

O Comitê Central do Partido confia em todos os militantes, trabalhadores e técnicos do setor extrativo.

Estou firmemente convencido de que os camaradas presentes aqui nesta reunião e todos os trabalhadores e técnicos da indústria extrativa, movidos por seu alto zelo revolucionário e conscientes de serem donos, se esforçarão com toda sua energia para contribuir ativamente na tarefa de eliminar o quanto antes o desequilíbrio criado entre a indústria extrativa e a de transformação e levar à bom término o novo Plano Septenal.

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