domingo, 28 de outubro de 2018

Para um maior desenvolvimento da pesca no Mar Oeste


Discurso proferido na reunião dos ativistas do setor pesqueiro da zona costeira ocidental em 21 de março de 1977.

Hoje gostaria de falar sobre alguns problemas concernentes ao desenvolvimento da pesca no Mar Oeste.

No presente, a situação de alimentos é muito difícil em escala mundial. Numerosos países sofrem de escassez de alimentos e seus povos padecem de fome devido à influência da frente fria. Segundo dados publicados por certo país, grande número de pessoas, correspondente a um quarto da população mundial encontra-se na inanição por falta de alimentos.

Nos últimos anos muitos países vem sentido até mesmo a falta d'água potável por graves secas. De acordo com as informações, 1.200.000.000 de pessoas no mundo não tem assegurado sequer a água necessária para beber, fato tal que cada dia mais morrem dezenas de milhares delas. Para resolver este problema, incluso se efetua agora uma conferência sobre a água na Organização das Nações Unidas.

Em poucas palavras, atualmente o mundo passa por uma crise muito grave enquanto ao problema de alimentação, devido a influência do clima anormal.

Todavia, nosso país, ainda sob a gravidade desta influência, obteve nestes anos sucessivos êxitos no cultivou e abasteceu de suficientes alimentos o povo, embora isso não seja motivo para nos darmos por satisfeito ou para que consumamos desproporcionalmente.

Dado o prolongamento da influência da frente fria, não se sabe em que ano nos atingirá uma grave seca. Nos últimos tempos aqui não tem chovido muito, e também se apresenta tal seca, também é possível que nossa produção cerealeira se prejudique em grande medida e a situação dos alimentos se torne difícil. Não cabe dúvida de que em nosso país, por muito terrível que seja a seca, a agricultura não fracassará por completo, pois foi introduzido o sistema de irrigação de 600 mil zogbos de arrozais e nos muitos outros terrenos; mas é provável que a população tenha menos alimentos. Devemos nos preparar de antemão para enfrentar em qualquer circunstância e pensar na maneira de poupar mais cereais mediante a busca de substitutivos.

A fim de economizar os grãos é necessário, antes de tudo, produzir grande quantidade de alimentos complementares. É possível economizar não pouca quantidade de cereais se o povo se abastece eficientemente de pescado e outros alimentos suplementares. O pescado é muito beneficioso para a saúde das pessoas e especialmente das crianças, que se os consomem em grandes proporções crescem com rapidez e se tornam robustos. Portanto, é importante capturar muito mediante o desenvolvimento da indústria pesqueira.

Dirigimos notáveis esforços para o desenvolvimento da pesca para abastecer o povo de grande quantidade de pescado. No ano passado efetuamos a reunião dos ativistas do setor pesqueiro da zona costeira oriental, na qual estabelecemos diversas tarefas para fomentar a pesca no Mar do Leste.

Anteriormente, as empresas e as cooperativas dessa zonas se dedicaram principalmente à captura do miongte e do Arctoscupus japonicus no inverno e pescaram menos no verão. Embora nesta temporada chegaram diversas espécies como o biqueirão, o Ammodytes personatus, a sardinha e Cololabis saira, não se capturaram em grandes quantidades por insuficiência de barcos e outros equipamentos de pesca. Acerca disso, os orientei a dispor de barcos universais e os utensílios necessário para, inclusive no verão e valendo-se de diversos métodos como a rede flutuante e da traineira, podem continuar o trabalho durante todas as estações do ano.

Nestes dias as organizações do Partido e do setor pesqueiro na zona da costa oriental impulsionam vigorosamente a batalha para cumprir as tarefas apresentadas nesta reunião, entre elas, a de universalizar os barcos de pesca. Desta maneira, ali já se resolveram não poucos problemas na preparação da pesca de verão. Os comitês provinciais do Partido e o setor correspondente na zona da costa oriental devem seguir acelerando com energia o trabalho de universalizar os barcos, para terminá-lo ao final de abril e entrar em pleno serviço desde o mês de maio.

Para fornecer à população o pescado em grandes quantidades é preciso desenvolver a pesca, não somente no Mar do Leste, mas também no Mar Oeste.

Esta zona tem muitas deficiências na pesca, o que faz-me interessar por sua situação real.

Nestes momentos, ali não há um verdadeiro dono que atenda à pesca. Nem o Ministério da Indústria Pesqueira e nem o Conselho de Administração prestam atenção, e tampouco os comitê provinciais do Partido e de administração na zona da costa ocidental lhe dedicam esforços. Como consequência, não se executa pontualmente as tarefas estabelecidas para desenvolver a captura. Ultimamente nesta zona não se efetua bem a pesca menor e se reduz gradualmente o número das cooperativas pesqueiras e brigadas pesqueiras de economia secundária.

Desde a antiguidade, o Mar Oeste tem muitas e apreciadas espécies e é favorável para a pesca menor. Em outros tempos, no lugar se capturavam em grandes quantidades as variedades tão estimadas como o Neomysis isaza Marukawa, o camarão, o Acetes chinensis Hansen, o Portunus trituberculatus, o Clupanodon punctatus, o Peseudosciaena polyactis, o Setipinna gilberti Jordan et Starks, o boqueirão, o Ammodytes personatus e o Mugil cephalus. Porém agora não procede assim, rezão pela qual aparece pouca quantidade de pescado de Neomysis isaza Murukawa, de camarão e de Acetes chinensis Hansen, e é difícil ver o Portunus trituberculatus tão renomado em Nampho no passado.

Recentemente, me interessei em saber se em nosso país diminuíram os peixes pela contaminação ambiental provocada através da utilização de muitos produtos agroquímicos e pelo amplo emprego dos reativos nas minas; porém essa não era a causa. Atualmente há muitos no Mar Oeste. Ali abunda o Neomysis isaza Marukawa e também há muito camarão. Me informei que em alguns lugares aparecem grandes cardumes de Neomysis isaza Marukawa com um metro de espessura. Isto atesta que o mar não está contaminado. Se existisse tal fenômeno, não poderiam resistir nem o Neomysis isaza Marukawa e nem o camarão. A causa de que não se alcançam altas capturas no Mar Oeste consiste em que não se vigoriza a pesca e, especialmente, não se organiza a menor.

Na atualidade os funcionários do setor pesqueiro da zona costeira ocidental se mostram negligentes no trabalho organizativo para incrementar a pesca e trabalham de modo burocrático.

Preparando esta reunião, me encontrei com alguns pescadores dessa zona, e me disseram que agora a Empresa Pesqueira de Sinuiju vai até a frente de Cholsan para pescar, porque gastam mais tempo em ir e voltar do que na pesca. Segundo informações, igual acontece com a brigada pesqueira de economia secundária da Fábrica de Aparatos Elétricos Taean: pesca na frente de Onchon, destinando um dia à captura e 14 horas para ir e voltar, respectivamente. Em complemento, no Mar Oeste a grande diferença entre a maré alta e a maré baixa impede os barcos de regressar para terra firme no momento de refúgio. No fim das contas, pouco tempo efetivo se dedica à pesca, fenômeno comum na zona costeira ocidental.

Se forem construídos simples cais de madeira em lugares como Cholsan e Onchon, situados próximo da zona de pesca, e se descarreguem ali os barcos para logo transportar o pescado em caminhões até as empresas pesqueiras, será possível dedicar mais horas à captura e pescar mais ainda com os barcos existentes. Os pescadores dizem que se isto não se realiza, não poderão aumentar em três ou quatro vezes a captura em comparação com a atual.

Os funcionários do setor pesqueiro na zona costeira ocidental ignoraram esta situação, e não tomaram nenhuma medida, porque desempenhavam seu trabalho burocraticamente, trancados em seus escritórios mesmo na temporada de pesca.

Eles tampouco levam a cabo como é estabelecido a aquicultura. Embora em sua zona existam condições favoráveis para isto, não se empenham em organizá-la, e incluso em certo lugar ocorreu o caso de que se construiu escritório com os materiais destinados à preparação de criadouro.

Se seguem trabalhando assim, é impossível oferecer uma vida abundante ao povo.

Nosso país possui pouco território e grande número de habitantes. Aqui não existem pastagens e poucos são os terrenos para semear plantas estrangeiras. Por esta razão, é difícil desenvolver em grande escala a pecuária. A situação é tal que apenas temos terra para cultivar o arroz e o milho necessários para a comida.

É muito importante para o país explorar com eficiência o mar.

Nossos antepassados diziam que havia que aproveitar ao máximo as montanhas ou o mar ali onde existiam. Somente quando aproveitarmos bem o mar poderemos viver bem em abundância.

Na atualidade nosso funcionários não pensam assim, nem capturam grandes quantidades de peixes, ainda que poluam o mar, razão pela qual não é suficiente o fornecimento para a população.

A razão pela qual não se incrementa a pesca no Mar Oeste não se encontra na deficiência dos pescadores e nem na falta de uma linha e uma orientação do Partido para a desenvolver. Os pescadores se empenham muito na captura e o Partido traçou uma correta linha e orientação a respeito. O problema reside em que os dirigentes do setor pesqueiro carecem do espírito partidista e da classe operária e popular, do sentido de responsabilidade e do entusiasmo. Em outras palavras, eles não tem firme critério ideológico que lhes estimule a alimentar bem o povo.

A partir desta reunião há que criticar os funcionários por sua indiferença ante à vida do povo, e melhorar de modo decisivo a pesca no Mar Oeste.

Antes de tudo, é preciso criar sólidas bases de pesca nesta zona.

A pesca no Mar Oeste não demanda urgentemente de barcos de grande tonelagem e nem de navios-fábrica como ocorre no Mar do Leste. No Mar Oeste as zonas de pesca estão situadas nos lorais, razão pela qual não há necessidade de sair ao alto mar e nem mais ao sul da península de Ongjin.
Também, o método de pesca é distinto ao que se aplica no Mar do Leste. No Mar Oeste muitos cardumes se deslocam para os canais e se aplica ali o método de ter ali redes para os capturar aproveitando o fluxo e refluxo. Como se vê, no Mar Oeste não se necessitam grandes barcos e nem navios-fábrica para pescar transladando-se de uma zona para outra.

Desde logo, estes também se necessitarão ali no futuro, quando em nosso país se construam muitos barcos de grande tonelagem e se fomente em ampla escala a pesca no alto mar.

Porém, na situação atual, não é necessário os garantir de imediato. Tampouco necessitam os barcos de transporte de grande tamanho.

Agora o mais importante para a pesca no Mar Oeste é preparar bem as bases pertinentes. Se alcança-se isto será possível elevar notavelmente a taxa de utilização dos barcos existentes e capturas mais.

Segundo me informaram, nesta zona agora os dias no mar chegam a 180, mais ou menos, porém dois terços deles se perdem em ir e regressar da zona de pesca e somente uns 60 produtivos. Se isto continua, é impossível capturar muito. Ademais, soube que no ano passado uma cooperativa pesqueira da cidade de Songrim acumulou 45 toneladas, com 27 pescadores, e a brigada pesqueira de economia secundária, adjunta à Fundição de Metais Não-Ferrosos de Nampo, 50 toneladas, com o mesmo número de pessoas, esta é uma quantidade muito pequena.

Se no futuro, depois de preparar as bases pesqueiras, se dota os barcos com os motores de 8, 16, 28 ou 75 cavalos de força, que se produzem em grande quantidade no país, e se fabricam diversos equipamentos de pesca, se prolongará notavelmente o tempo de captura e se obterá grande quantidade de pescado.

A base pesqueira deverá ser criada próxima da zona de captura.
Em geral, o Mar Oeste tem as suas nos mares da frente de Kangryong, Ogjin, ao distrito de Kwail e Nampo, e nas águas ao norte da ilha Sok. Portanto, as bases pesqueiras deverão ser preparadas perto delas.

Aconselho que na zona costeira ocidental se construam umas três bases na província de Hamgyong Sul, umas quatro na província de Pyongan Sul e três na província de Pyongan Norte. Seria conveniente que as da província de Hamgyong Sul se situem próximas de Onchon, Jungsan, Sukchon e Mundok, e as de Pyongan Norte, em lugares como Cholsan e Jongsu, na desembocadura do rio Chongchon e na ilha Sinmi.

Se uma vez preparadas assim, próximas das zonas de pesca, se consegue dirigir o trabalho sobre o terreno, assegurar os materiais necessários e receber e tratar o pescado, será possível elevar várias vezes o índice de aproveitamento dos barcos.

As bases pesqueiras deverão assentar-se nos lugares com perspectivas, prevendo a transformação das marismas.

Segundo algumas informações, alguns funcionários se preocupam agora em criar essas bases, em vista de que as marismas seguem separando-se do mar, o que não é um problema. Se a obra se efetua abrindo canais nos polderes, por onde possam passar os barcos pesqueiros, não se apresentará nenhuma dificuldade. Se as marismas se isolam assim do mar, o canal se alargará na mesma medida em que o dique avança para o mar, e se criarão condições seguras para proteger os barcos pesqueiros; alcançado isto, não será necessário construir por separado o porto. O canal pode servir de bom refúgio para os barcos. Neste sentido, as bases pesqueiras deverão situar-se em locais adequados, prevendo a futura transformação contínua das marismas, o que deverá realizar-se segundo o plano, integrando-se apropriadamente no projeto geral da preparação do território nacional.

Se há terrenos que não vão ser afetados pela transformação das marismas, há que criar ali com prioridade as bases pesqueiras. Embora estas se construam na ilha Sinmi e na península Cholsan, da província de Pyongan Norte, não receberão nenhuma influência quando se prepararem os polderes no  futuro. Lugares similares podem existir também na província de Hamgyong Sul. Tendo em contra que se criam novas bases pesqueiras na zona costeira ocidental, é preciso prolongar no futuro os dias no mar dos pescados.

No Mar do Leste a pesca prossegue também no inverno; porém no Mar Oeste se realiza principalmente no verão, porque a água se congela no inverno. Por esta razão, na zona costeira ocidental não podem assegurar-se, como na oriental, 300 dias no mar. Ao Mar Oeste se pode sair uns 250 dias, pois se pesca ali durante oito meses e meio, desde abril até meados de dezembro. Basta assegurar somente 250 dias no mar. Nesta zona há que prolongá-los de maneira ativa, para o qual é necessário na medida do possível, conceder no inverno as férias aos pescadores e também nesta temporada reparar os barcos concentradamente.

Há que construir cais nas bases pesqueiras. É recomendável fazê-los de madeira. Se cravam estacas de madeira e se faz um passadiço, se criará um formidável cais. A ambos os lados dele podem atracar os barcos de pesca. Nos lugares onde os barcos entrem pelos canais, bastará levantar muros de contenção e os atracar ali.

Em cada base pesqueira se situação uma ou duas gruas de pequeno tamanho, capazes de desembarcar as caixas de pescado e outras mercadorias pelo estilo. Ademais, se instalarão o aqueduto e o tanque de combustível para o serviço dos barcos. Enquanto a este tanque, será aconselhável o enterrar. Também se necessita um depósito de pequena dimensão para o sal. Se o armazena ali e se o fornece aos barcos, será possível salgar de imediato o pescado, a bordo.

No adiante, nas bases pesqueiras também será necessário construir pequenas plantas frigoríficas e fábricas de gelo fragmentado. Se isto é realizado dará a possibilidade de que os barcos conservem com frescor grande quantidade de pescado valendo-se do gelo situado a bordo ou o enviem congelado a lugares de consumo.

Na base pesqueira há que levantar umas cinco habitações semelhantes às modernas casas de campo, para que os pescadores descansem o suficiente depois de regressar do mar, assim como instalar um banheiro público, barbearia, uma clínica, lavanderia e sala de refeições.

Se criam-se assim as bases pesqueiras, não somente se incrementará consideravelmente a pesca, mas também se assegurará aos pescadores uma vida culta.

Há que dotar gradualmente essas bases pesqueiras com os equipamentos e instalações necessários, pois não é possível fazê-lo por completo de uma vez.

Este ano bastará levantar nelas cais capazes de receber barcos e instalar gruas de pequeno tamanho. Introduzir o serviço de água corrente, construir o tanque para combustível, o depósito de sal, a planta frigorífica e a fábrica de gelo em escama, levantar estabelecimentos como banheiro público e barbearia, são as tarefas que devem ser cumpridas na etapa que vem; outras coisas, como a clínica, será possível edificá-las prontamente e com facilidade.

Enquanto as bases pesqueiras não se equipam por completo, há que os assegurar três ou quatro caminhões para poder transportar água, combustível, sal, verduras e pescados.

Não é difícil criar ditas bases. Se assegura-se um pouco de madeira, se pode levantar facilmente o cais. Se agora mesmo não existem as gruas necessárias, bastará estabelecer a grua Derrick. De entrada, não há que dotá-las de instalações modernas. No período da reabilitação e da construção pós-guerra, os construtores asseguraram otimamente as obras, ao começo, com a grua Derrick de madeira; desde logo, a situação atual é distinta daquele tempo; porém há que instalar ao menos a grua Derrick, para que seja possível tornar modernas todos as gruas.

Tendo em conta que não existem empresas especializadas na construção das bases pesqueiras, é preciso que as empresas para a transformação das marismas se encarreguem delas. Estas devem criá-las, antes de tudo, para abastecer de pescado a população, embora para tal se suspenda um ano da transformação das marismas.

Atualmente, na zona costeira ocidental existem algumas grandes empresas para a transformação das marismas, cujos membros são capazes de construir cais e muros de contenção. Se são assegurados materiais a eles, poderão criar com facilidade uma ou duas bases pesqueiras.

O Conselho de Administração e o Comitê Estatal de Planificação examinarão cada detalhe da construção dessas bases e organizarão com esmero o trabalho correspondente. Especialmente, o Conselho de Administração deve assegurar a tempo a madeira e outros materiais para construir os cais. Por outra parte, os presidentes dos comitês populares e de administração e os secretários responsáveis do Partido nas províncias da zona costeira ocidental, controlarão e impulsionarão com responsabilidade as obras, com posição de donos.

Para poder edificar as bases pesqueiras é provável que este ano diminua a captura. Não obstante, se criam-se solidamente, concentrando os esforços, será possível a incrementar notavelmente a partir do ano seguinte.

Ademais, há que organizar amplamente as brigadas pesqueiras de economia secundária.

Na atualidade algumas fábricas e empresas se propõem a construir fazendas pecuárias para resolver o problema dos alimentos complementares; porém é mais vantajoso organizar as brigadas pesqueiras de economia secundária. Não é simples construir e administrar as fazendas pecuárias. Nelas, a produção ovos e carnes requer muitos cereais; um ovo se obtém a partir de quase 200 gramas de milho, e tendo em vista que a situação de alimentos é tensa em escala mundial e que em nosso país devemos criar maiores reservas de cereais, não podemos gastar grandes quantidades para criar animais domésticos. Para a produção de ovos e carnes é necessária abundância não somente de cereais, mas também alimentos proteínicos, antibióticos, vitaminas e microelementos. Somente fornecendo ração de ingredientes completos, que contenham todos esses elementos, se poderá produzir muita quantidade de ovos e carne.

Atualmente isso não se realiza por falta de ração, embora existam fazendas pecuárias. Construir mais fazendas não servirá de nada se não é garantida a ração suficiente.

Se as fábricas e empresas organizam a brigada pesqueira de economia secundária, podem pescar e resolver dentro de um curto tempo o problema de alimentos complementares para os trabalhadores. Não se apresentará nenhum problema, para pesca; bastará produzir barcos e redes. Se saem em barcos ao Mar Oeste seguramente capturarão tanto como necessitem, porque ali abundam os peixes.

Existem fábricas e empresas que mantém brigadas pesqueiras de economia secundária, e entre estas são rentáveis as atendidas pelos funcionários dirigentes. Por exemplo, a Fábrica de Aparatos Elétricos de Taean captura grande quantidade de Mugil cephalus, camarão, boqueirão e mariscos, aproveitando um barco de 100 cavalos de força, outros de 28 cavalos de força e um veleiro.

Nas brigadas pesqueiras deste tipo que estão bem administradas, cada um obtém 10 toneladas de pescado ao ano, que não é pouca quantidade. Considerando que apesar da insuficiência de barcos de pesca e do coeficiente muito baixo para seu funcionamento, se capturam 10 toneladas por pescador, será fatível elevar esta cifra para 20 ou 30 toneladas se mediante uma boa organização se criam as bases pesqueiras, se asseguram equipamentos de pesca e se aumenta a taxa de funcionamento dos barcos.

Todas as fábricas e empresas de grande dimensão, sem exceção, podem organizar essas brigadas. O Complexo de Aço de Kangson, a Fábrica de Tratores Kumsong, o Complexo Automobilístico Sungri, a Mina de Carvão de Zoyang, a Mina de Unriul e a Mina "8 de novembro", por exemplo, são capazes de construir por conta própria os barcos de pesca e possuem mão de obra necessária para a captura, e sendo assim é possível organizar e administrar essas brigadas. Para tal, as fábricas e empresas de grande tamanho devem mobilizar de modo ativo as reservas internas e outras possibilidades.

É recomendável que além das fábricas e empresas, também as formem as capitais provinciais e distritais, e assim não o farão tanto as cidades de Pyongyang e Kaesong com as de Sariwon e Nampho. Não está mal se de igual maneira procedem os demais lugares que tem fontes de mão de obra para a pesca. Na cidade de Kaesong, distante do mar, será conveniente, ao meu ver, que se organizem as brigadas pesqueiras de economia secundária que operarão tanto no Mar Oeste como no do Leste.

Aconselho também que as fazendas cooperativas lindantes com o mar as organizem.

No que se refere à mão de obra para essas brigadas, será necessário selecioná-la entre os militantes do Partido e os trabalhadores de maior idade que trabalham nas fábricas e empresas. Ali existem não poucos experientes militantes que não podem participar na produção principal devido à idade avançada ou sua poca saúde depois de haver trabalhado bem durante um longo tempo, porém não pensam ainda em se aposentar. Há que organizar com eles as brigadas pesqueiras de economia secundária.

Embora sejam um pouco velhos e não tenham excelente saúde, podem tirar redes ou pescar com varas. Se as pessoas de enfermas permanecem no mar expondo-se à brisa marinha e alimentando-se de pescado altamente nutritivo, podem redobrar a saúde. As mulheres poderão encarregar-se de separar o pescado da rede e salgá-lo. Se a brigada se organiza principalmente com pessoas de certa idade, ou de saúde não muito boa, e em cado barco se situa alguém capaz de pilotar e um ou dois jovens, será possível pescar.

O Ministério da Indústria Pesqueira deve assegurar pessoas capazes de pilotar e os jovens necessários para a organização das referidas brigadas nas fábricas e empresas.

Ao criar as brigadas pesqueiras de economia secundária, se procurará que não se afete a produção principal ao não tirar a mão de obra dedicada a ela. Deverão organizar-se em todos os casos, atendo-se ao princípio de não prejudicá-la. A produção nas fábricas e empresas não deverá ser reduzida por causa da pesca.

Não há que impor o trabalho de organizar ditas brigadas. Se procurará fazê-las somente naquelas fábricas e empresas que tem condições reais para tal, calculando bem as possibilidade de construir barcos pesqueiros e de assegurar a mão de obra. Tal imposição faria que até aqueles que são incapazes empreendam a construção de barcos, desperdiçando motores e materiais e prejudicando a produção principal por tirar negligentemente a mão de obra para ela.

As fábricas e empresa deverão determinar adequadamente o tamanho da fábrica pesqueira de economia secundária. Terão que fazê-lo calculando em detalhe suas necessidade de produtos aquáticos, a quantidade que deverá pescar cada barco e outros problemas.

A Mina 8 de novembro planejou formar uma brigada com 4 ou 5 barcos; considero bom fazer assim à luz de sua situação real. Se ela tem 47 pessoas aptas para pescar, são suficientes embora supondo que se tenha 7 em cada barco. Se essa Mina organiza a brigada com 3 barcos de 75 cavalos de força e outros dois de 28, estará em disposição de abastecer de suficiente pescado aos trabalhadores e seus familiares. Com um bom trabalho organizativo alcançará que no futuro os barcos de 75 e 28 cavalos de força capturem ao ano 500 e 300 toneladas, respectivamente. Portanto, a brigada pesqueira de economia secundária da dita Mina poderá tirar o total de mais de 2 mil toneladas ao ano, quantidade que permitirá fornecer mais de 100 gramas diárias a cada um de seus trabalhadores e familiares.

A referida brigadas não deve integrar-se tomando o barco como unidade, mas sim algo mais grande. Se comporá várias quadrilhas com um ou dois barcos cada uma.

Seu sistema organizativo se estabelecerá convenientemente, conforme as condições reais. Seria bom incluir essas brigadas nas cooperativas ou empresas pesqueiras já existentes, ou organizar uma empresa unindo algumas.

Para que capturem grandes quantidades é necessário realizar ativamente diversos trabalhos pesqueiros. No presente os jovens não gostam de pesca com palangre; porém, de fato, há que fomentá-la para capturar espécies saborosas e de alta estima. Ditas brigadas pescarão sem descanso, valendo-se da rede flutuante, do palangre e da vara.

Os barcos necessários para essas brigadas devem ser construídos por sua própria conta nas fábricas e empresas respectivas. Bastará que aquelas possam construí-los com suas próprias forças o façam e as que requerem ajuda técnica enviem materiais e pessoas aos estaleiros, oficinas de reparação de barcos ou empresas pesqueiras, para receber apoio nessa tarefa.

A indústria mecânica terá que produzir os motores que demande a construção de barcos ao serviço das brigadas pesqueiras de economia secundária. As fábricas de tratores farão sua produção normal até o mês de abril, e os motores que produzam em maio e junho se destinarão à construção dos barcos pesqueiros. Para estes são adequados os motores de 75, 28, 16 e 8 cavalos de força, dos tratores "Fungnion", "Chollima" e "Chungsong", respectivamente. A indústria mecânica terá que transformá-los de modo que caibam em barcos pesqueiros.

O Ministério das Ferrovias transportará em pouco tempo a madeira necessária para a construção dos barcos para as brigadas pesqueiras de economia secundária. As fábricas e empresas devem empreender o quanto antes a montagem destes. Farão primeiro os cascos, os colocarão motores logo ao os produzir em maio e junho, e começará a pesca desde o início da segunda metade do ano.

As embarcações que serão construídas pelas fábricas e empresas devem ser de motores, sem exceção. Somente então será possível pescar muito.

Há que produzir grande quantidade e variedade de equipamentos , que são indispensáveis, junto com os barcos, para pescar no mar.

A fim de aumentar sua produção, há que ampliar a capacidade das fábricas que existem e, ao mesmo tempo, criar outras muitas bases. Nas cidades de Jezu e Nampho e em outras capitais provinciais e distritais, assim como nos povoados operários, se organizarão fábricas ou brigadas a domicilio que aproveitem as donas de cada para produzir diversas ferramentas de boa qualidade.

A esta produção há que garantir a linha que necessitará. Serão, ao sumo, uns milhares de toneladas, o que não constitui um problema nas condições atuais de nosso país. Se não existem fios de náilon, se fornecerão os de vinalón cortado e, se tampouco conseguem este, se entregarão os de algodão.

Uma parte da madeira necessária para estender as redes será fornecida pelo Ministério da Indústria de Materiais de Construção, outra a resolverão por sua conta as províncias, fábricas e empresas. No quanto às varas de grande tamanho que fazem falta, poderão elas mesmas resolver cortando árvores dos montes ou mediante contratos com as províncias de Ryanggang e Jagang. A estas províncias será beneficioso receber pescado em troca de madeira.

É necessário, ademais, assegurar os cabos de aço que demanda-se a produção de equipamentos de pesca.

Há que preparar bem as bases de reparação de barcos. Se querem os concertar a tempo devem utilizar com eficiência as oficinas existentes e, ao mesmo tempo, construir outras, com os esforços conjuntos das fábricas e empresas de grande tamanho, onde se organizarão as brigadas pesqueiras de economias secundária. Como queira que o Complexo Siderúrgico de Hwanghae Sul e as Minas de Jeryong e Unriul estão integrados em uma empresa, aconselho que unam suas forças para criar uma base pesqueira na comuna de Soje, por exemplo, e construir junto a ela uma oficina de reparação de barcos.

As oficinas deste tipo deverão situar-se, na medida do possível, perto das bases pesqueiras; somente assim os barcos poderão ser reparados logo ao regressar do mar. Os que tem agora sua base de reparação em Sinuiju poderão seguir atendendo-se ali.

A par que se criam bases de reparação de barcos, é necessário preparar embarcações de reparação móvel. Se procurará que estas, aos igual que veículos que funcionam no campo para essa tarefa saiam para as zonas de pesca para realizar reparações ligeiras nos navios. Se isto é realizado não se repetirão casos como os atuais, em que se detém a pesca durante vários dias para trocar alguns parafusos tortos.
Não é difícil construir o barco de reparação móvel, bastará instalar uma pequena embarcação capaz de reparar peças sensíveis.

Na zona costeira ocidental há que reparar barcos e equipamentos nos três meses e meio que vão de meados de dezembro até março do próximo ano; tempo no qual não se pode sair para pescar. Nesse período os pescadores descansarão e estudarão.

Se na dita zona são criadas sólidas bases pesqueiras, se organizam amplamente as brigadas pesqueiras de economia secundária e se tomam outras medidas, no futuro será possível capturar 200 ou 300 mil toneladas ao ano. Na reunião de ativistas do setor pesqueiro da zona costeira oriental, efetuada no ano passado, orientei a tarefa de elaborar ali um milhão e 200 mil toneladas anuais de pescado, assim que se somam às 300 mil que capturarão na região costeira ocidental, a produção totalizará um milhão e 500 mil. A captura de peixes deve adicionar molusco calculando no pescado a razão de seis contra um; porém, não as algas, como a ulva, a laminária e a ova. Se capturam um milhão e 500 mil toneladas de peixes será formidável.

Na reunião de hoje exorto aos trabalhadores do setor pesqueiro da zona costeira ocidental a capturar no futuro 200 ou 300 mil toneladas ao ano. Por suposto, é difícil alcançar 300 mil toneladas nas atuais condições em que apenas consegue-se anualmente 100 mil toneladas, porém, existem perspectivas alentadoras. Os trabalhadores do setor pesqueiro da zona costeira ocidental deverão lutar para alcançar na primeira etapa a meta de 200 mil toneladas de pescado e logo a de 300 mil.

Agora é necessário desenvolver de maneira ampla a aquicultura.

A fim de incrementar os produtos aquáticos há que desenvolver a aquicultura enquanto se captura grande quantidade de peixes no mar. No setor pesqueiro da zona costeira ocidental deverão preparar-se bem os criadouros para que produzam muta quantidade de ulva, laminária, ova, ostra, mariscos, dentre outros, e junto com isto dedicará grandes esforços para a criação de Mugil cephalus e camarão.

O Mugil cephalus cresce com rapidez. Portanto é necessário criá-lo em ampla escala.

Para ele é difícil incubar artificialmente os alevinos, porém como no ano passado se descobriu um método na Universidade de Pesca de Wonsan, se abriu a perspectiva de que se reproduzam em grande escala. Também se descobriu o método de proliferação de camarões em forma artificial. Portanto, somente cabe a tarefa de preparar a base de incubação artificial onde se produzirão alevinos de Mugil cephalus e de camarão, para logo os depositar nos tanques de criação.

As extensas marismas da costa ocidental dão a possibilidade de os criar em ampla escala. O Mugil cephalus vive nos rios de água pouco saloba, aos que chega com maré alta; regressa ao mar para desovar e depois volta a subir. As grandes população nos cursos inferiores do rio Taedong, Chongchon e Amnok se relacionam com que até ali chega água salgada impulsionada pelo fluxo e refluxo. Se separam as marismas do mar e se constroem ali as piscinas, será possível criar quanto Mugil cephalus e camarão se queira, porque suas águas conterão sal. O setor pesqueiro da zona costeira ocidental deverá os criar em ampla escala aproveitando as condições dadas.

Na organização da aquicultura é importante criar uma grande quantidade de peixes com o menor custo de produção. Para a criação de Mugil cephalus, agora construímos um centro de criação de 1000 zongbos nas marismas da província de Pyongan Norte, onde se colocarão, além deste, outras diversas espécies. A seu lado edificaremos uma fazenda avícola que assegurará o estrume para multiplicar os micróbios que servirão de alimentos aos peixes. Se isto se realiza poderemos reproduzir muitas e diversas espécies sem necessidade de preparar muitos alimentos.

Os distritos das províncias de Hwanghae Sul, Pyongan Sul e Pyongan Norte que contam com marismas deverão construir nelas tanques de criação de 20 a 30 zongbos e criar ali em grande escala não somente Mugil cephalus e camarão, mas também a carpa, o carassius, e outras espécies similares. Se organiza-se o trabalho de tal maneira que as piscinas se transformem em arrozais uma vez eliminada a salinidade, e se criem outras marismas, será possível obter novas terras e, ao mesmo tempo, criar muitos peixes.

É necessário, ademais, ordenar bem a venda de produtos aquáticos. A par que funcionem bem as lojas existentes para a venda direta desses produtos, há que estabelecer o conjunto das empresas pesqueiras e das brigadas pesqueiras de economia secundária nos mercadores camponeses distritais, e as de venda direta nas fábricas e empresas. Assim se procurará que todos, sem exceção, possam comprar livremente produtos aquáticos.

As lojas de venda direta de produtos aquáticos que se estabeleceram nos centros dos distritos e nas fábricas e empresas permitirão oferecer em proporção adequada diversos produtos tais como miongte, Arctoscopus japonicus, boqueirão, Ammodytes personatus, camarão e moluscos.

Há que as equipar com instalações de refrigeração e salgamento e fazer armazéns para facilitar a venda cotidiana.

Há que estabelecer justamente os preços dos produtos aquáticos. Nesta tarefa, por princípio os preços devem ser unificados. Se não é assim, cada qual o põe a seu arbítrio e se podem suceder fenômenos de revenda. Não obstante, não é possível fixar um preço unitário para todos esses produtos. Por exemplo, os em salmoura devem ser definidos de acordo com o trabalho que custa sua elaboração. Para os processar é requirido muita mão de obra e grande quantidade de condimentos. Se isso não é levado em conta e se fixa o preço unitário baixo, como o pescado não elaborado, ninguém irá querer produzi-los.

Anteriormente, os funcionários do setor de preços os estabeleceram muito baixos, razão pela qual não apareceram muitos no mercado. Por isso os critiquei em pleno Conselho de Ministro e os orientei a por preços mais justos. Mais tarde se elevou um pouco o preço destes, mas não tanto para despertar o interesse dos produtores. Como consequência, todavia se tem falta de mariscos, camarão, Acetes chinensis e Neomysis isaza Marukawa, e as poucas que se produzem não tem alta quantidade e qualidade. No setor de preços há que re-examinar os salmourados e retificar os injustos.

Para satisfazer o fornecimento de pescado aos trabalhadores há que resolver o problema do transporte.

No presente o transporte do pescado é um dos mais difíceis. Os funcionários responsáveis do Ministério da Indústria Pesqueira me informaram que quando se organizavam as empresas de carga por caminhões, fusionando os veículos das instituições e empresas, se transferiram os das companhias de materiais e empresas do setor pesqueiro, porém agora é muito difícil os alugar.

Se as empresas de caminhões não os asseguram a tempo, se descompõe o pescado e se atrasa a reparação de barcos pela chegada tardia dos materiais necessários.

O setor pesqueiro da zona costeira ocidental deve ter caminhões à sua disposição. Há que organizar um corpo de transporte por caminhão adjunto à direção administrativa de pescaria e ao departamento de pescaria local de cada província nessa zona.

Esta entidade se constituirá com veículos que as empresas de cargas por caminhões devolverão às companhias de materiais e as empresas pesqueiras dependentes das direções administrativas de pescaria e as do departamento de pescaria local das províncias. Ao mesmo tempo, o Estado entregará a cada entidade outros dez caminhões e produzirá frigoríficos e tanque, para transportar água e combustível. No futuro, poderá conceder mais caminhões na medida que se incremente a captura.

Não há porque situar muito pessoal administrativo no corpo de transporte de caminhão; bastará colocar uma pessoa como chefe e nada mais.

Ademais, há que melhorar a formação dos técnicos para o setor pesqueiro da zona costeira ocidental e intensificar a pesquisa das ciências pesqueiras.

Em nosso país, rodeado por mar em seus três lados, é imprescindível explorar e utilizar ativamente os recursos aquáticos, o que exige esforços na formação de técnicos e na pesquisa científica no setor pesqueiro. Porém, atualmente não se presta a devida atenção e como consequência não se desenvolve com rapidez essa indústria.

Mediante o melhoramento e a intensificação decisiva da preparação de técnicos e da pesquisa científica, há que desenvolver a indústria pesqueira sobre uma base de alto nível.

Antes de tudo, há que dirigir grandes esforços para a formação de técnicos, que são poucos no setor pesqueiro da zona costeira ocidental. Não é possível exercer uma eficiente direção técnica sobre a indústria pesqueira se não se preparam massivamente. Há que reorganizar o sistema docente da Escola Superior de Pescaria de Nampho para a converter em um centro semelhante ao instituto superior, e matricular e instruir bem os alunos.

Também é necessário prestar devida atenção à elevação do nível técnico e de qualificação dos trabalhadores do setor. Para isso há que organizar com frequência reuniões de intercâmbio de experiência. Tal como o setor agrícola efetua cada no a conferência agrícola para discutir métodos e experiências de cultivo, assim também seria conveniente que o pesqueiro realizasse um similar anualmente. Se são discutidas e generalizadas as boas experiências acumuladas na pesca, isto servirá de grande ajuda para elevar o nível técnico e de qualificação dos trabalhadores do setor pesqueiro em geral. No futuro durante o inverno se organizará a reunião de intercâmbio de experiências por unidade de província ou por zona costeira ocidental e oriental.

Faz falta imprimir muitas revistas e livros técnicos para que os trabalhadores do setor pesqueiro possam estudar cotidianamente. Há que intensificar a pesquisa científica pesqueira. É preciso dotar bem o Instituto de Pesquisa Pesqueira do Mar Oeste, localizada em Nampho, e incrementar os estudos sobre os cardumes, a oceanografia, os equipamentos de pesca, os barcos, os recursos aquáticos e o cultivo aquícola. No setor também serão introduzidas as boas experiências de outros países.

Além disso, há que melhorar e reforçar o fornecimento de máquinas e materiais e outros elementos vitais.

Como a pesca está relacionada diretamente com a vida do povo, o fornecimento das máquinas e materiais deve ser considerado tão importante como se é na agricultura. Sobretudo, devem ser proporcionados a tempo os motores, peças de reposição e materiais para a reparação de barcos e artes de pesca, assim como também o combustível.

A fim de abastecer satisfatoriamente de máquinas e materiais ao setor pesqueiro, é importante estabelecer um correto sistema de modo que o fornecimento possa ser realizado por separado na zona costeira oriental e na zona costeira ocidental.

Atualmente, o Ministério da Indústria Pesqueira não orienta e controla com acerto as direções administrativas sob sua jurisdição e nem efetuam como é requerido o fornecimento de máquinas e insumos. Há que reduzir o pessoal do Ministério, estabelecer por separado as direções gerais de pesca nas zonas costeira ocidental e oriental, e por sob sua jurisdição a companhia de materiais. O Comitê Estatal de Planificação deve elaborar o plano de fornecimento de máquinas e materiais por unidade da direção geral de pesca e as fornecer de acordo com ele.

Com o propósito de facilitar satisfatoriamente o fornecimento de peças de reposição e materiais, é necessário padronizar alguns tipos de motores de barcos. Se são instalados diversos tipos de motores é muito difícil assegurar as peças de reposição porque seriam também muito variadas.

Anteriormente, quando no setor agrícola utilizava-se tratores importados de distintos tipos era muito difícil fornecer as peças de reposição; porém agora isso não ocorre mais porque se apegam somente aos produzidos nacionalmente. No setor pesqueiro da zona costeira ocidental todavia tem barcos que funcionam com diversos tipos de motores estrangeiros, e por consequência, como faltam as peças necessárias, não se reparam a tempo. No setor há que substituí-los gradualmente pelos nacionais de 8, 16, 28, 75 e 200 cavalos de força.

Unido à implantação de um ordenado sistema da abastecimento de máquinas e materiais ao setor pesqueiro, é preciso retificar os do fornecimento de arroz, das verduras e da água.

Também, há que modernizar os barcos e outros equipamentos pesqueiros. Isto se apresenta como problema muito importante para o rápido desenvolvimento da indústria pesqueira sobre a base científica e técnica. De acordo com a orientação dada na reunião de ativistas do setor pesqueiro da costa oriental, a zona ocidental também deverá modernizar os barcos, dotá-los de máquinas de gelo fragmentado, detectores de cardumes e outros modernos equipamentos e instrumentos de navegação, e estabelecer o sistema de comando por radiotransmissão. A tarefa de modernizar os equipamentos pesqueiros na zona costeira ocidental deverá ser efetuada gradualmente.

Por enquanto, o mais apremiante é modernizar os barcos da costa oriental em cuja zona se lidera uma luta para fazer universais os barcos pequenos de mais de 200 cavalos de força, trabalho que não marcha bem por falta de redutores de velocidade e outros equipamentos. O setor correspondente deve os assegurar incondicionalmente até o final de abril.

Este ano, na zona costeira ocidental, não haverá que empreender a universalização de grandes embarcações, mas sim começar a colocar motor em todos os barcos, tanto os das empresas e das cooperativas pesqueiras como os das brigadas pesqueiras de economia secundária de fábricas e empresas. Durante maio, junho e julho próximos o setor pesqueiro da dita zona deverá reajustar seus barcos e lutar para levar a bom término este trabalho.

De agora em diante nesta zona não se construirá mais grandes barcos e sim se produzirá embarcações como as dotadas de rede de de arrasto, de 75 e 28 cavalos de força. Ademais, é aconselhável montar uns quantos universais de 200 cavalos de força e os utilizar experimentalmente nas empresas pesqueiras.

Faz falta implantar o sistema de comando por radiotransmissão pois somente assim será possível por a atividade pesqueira sobre a base científica e garantir-lhe segurança. Nas bases pesqueiras e nos barcos serão instalados radio-telefones e rádio-teléfragos, este último a ser utilizado quando o primeiro tiver algum problema. Ao Conselho de Administração corresponde garantir a produção dos equipamentos de radiotransmissão necessários para estabelecer o dito sistema de comando.

Por outra parte, deve acondicionar os barcos de detecção de cardumes com os aparatos requeridos.

A modernização dos equipamentos pesqueiros não pode ser realizada satisfatoriamente somente com as forças do Ministério da Indústria Pesqueira. O Comitê Central do Partido denominou este ano como o ano para registrar uma grande mudança no desenvolvimento desta indústria e presta profunda atenção a seu reforçamento. Visando vigorizar a pescaria mediante a modernização de seus equipamentos, é preciso que todo o país a ajude com energia como o faz no campo.

Da produção de peças de reposição necessária nos barcos pesqueiros dotados com motores de tratores, podem encarregar-se tanto as oficinas de reparação de tratores como as minas. O setor agrícola, o da indústria mecânica e todos os demais setores e unidades, devem fazer tudo o que esteja a seu alcance para ajudar o ramo pesqueiro.

É necessário, ainda assim, estruturar bem as fileiras dos pescadores.

Devemos fazer com que todo o povo se mobilize em uníssono para defender fielmente o mar, para o qual será imprescindível estruturar bem as fileiras dos pescadores, além de reforçar a marinha de guerra e a guarnição marítima. Pode dizer-se que os pescadores são marinheiros civis que se dedicam à pesca. Somente organizando com firmeza suas fileiras é possível que eles cumpram satisfatoriamente seus deveres.

Para terminar, aconselho que o setor pesqueiro faça um bom balanço de suas atividades anuais.

Atualmente, nas fábricas e nas empresas se realiza a cada ano a reunião de balanço do sistema de trabalho Taean, e no campo a de balanço das Teses rurais. Seria aconselhável que, daqui pra frente, também o setor pesqueiro o fizesse: que na zona da costa ocidental se efetue a reunião de balanço "21 de março", e na oriental, a "15 de novembro". Esta reunião deve ser efetuada por unidade de brigada, cooperativa e empresa pesqueira. Também pode realizar-se a reunião conjunta de algumas empresas pesqueiras. Igualmente, todas as organizações do Partido, dos sindicatos e da Juventude Trabalhadora Socialista no setor pesqueiro, devem celebrar a reunião de balanço. Se fazem isto, registrarão uma grande inovação no setor.

As organizações do Partido e os comitês populares em todos os níveis devem tomar medidas drásticas para executar as tarefas apresentadas na reunião de hoje.

Estou firmemente convencido que os trabalhadores do setor pesqueiro da zona costeira ocidental cumprirão cabalmente todas as suas tarefas, produzindo assim novas mudanças no desenvolvimento da pesca no Mar Oeste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário