sábado, 18 de maio de 2019
Levantemos alto a tocha da revolução sobre a terra pátria
Discurso na Conferência de Comandantes do Exército Revolucionário Popular da Coreia, realizada no Monte Pegae, zona de Musan, em 20 de maio de 1939.
Companheiros:
Seguindo as orientações traçadas na Conferência dos Quadros do Exército Revolucionário Popular da Coreia, realizada em Beidadingzi, voltamos irromper na terra pátria, para realizar golpes incessantes aos agressores imperialistas japoneses e infundir na população do interior do país a confiança na vitória da revolução.
Qual é a situação da pátria que estamos presenciando?
Como nos mostrou a vida dos trabalhadores na Companhia Madeireira de Rimyongsu, que pudemos ver no primeiro dia em que pisamos no solo pátrio depois de cruzar o rio Amnok, em nosso país submergiu uma situação horrível onde reinam o saque e a repressão mais ferozes, jamais vistos, do bandidesco imperialismo japonês. Enfurecido por estender a guerra de agressão à China continental, criou a “lei de mobilização geral do Estado”, mediante a qual saqueia todas as riquezas naturais da Coreia e arrasta à força os jovens, homens de meia idade e outros habitantes para a construção de ferroviais, rodovias, aeródromos e outras instalações militares, e os leva da mesma maneira ao campo de batalha em sua guerra agressiva.
Desmantelou organizações inferiores da Associação para a Restauração da Pátria no interior do país, arresta, encarcera e assassina massivamente comunistas e patriotas da Coreia e, criando grupos reacionários venais como a “Sociedade Coreana para Defender-se do Comunismo”, trata desesperadamente de suprimir o espírito de independência nacional e a consciência classista do povo coreano. Para piorar, o inimigo ultimamente difunde inclusive o rumo de que o Exército Revolucionário Popular da Coreia "pereceu totalmente de frio nos bosques”, para desvanecer até a esperança do povo de ver restaurada a pátria. Por isso mesmo, na terra pátria espalha-se a aversão popular e consideráveis compatriotas perderam a fé na restauração do país e passam dia após dia submergidos em desespero.
A realidade que impera na pátria exige, assim sendo, infundir no povo a fé na vitória da revolução e chamá-lo para a luta antijaponesa.
Frente a esta situação, a nós que irrompemos o solo pátrio, cabe uma tarefa realmente dura. Devemos castigar implacavelmente o imperialismo japonês exercer influência revolucionária sobre o povo, desenvolvendo intensas ações militares e políticas.
Basta que o povo do interior do país veja nosso Exército Revolucionário Popular sã e salvo para que redobre sua força, ânimo e confiança. Portanto, se logramos levar a cabo intensas ações militares e políticas e demostramos o poderio do ERPC, exerceremos uma grande influência revolucionária sobre a população.
Devemos intensificar essas ações na zona de Musan.
Temos que avançar em direção à Montanha Roun, para aniquilar o inimigo aninhado nas companhias madeireiras do imperialismo japonês das regiões de Sinsadong, Singaechok e Tujibawi e em Nongsadong, Hong-am, Samsuphyong e Yugok, e com intenso trabalho político entre seus habitantes devemos os incorporar à sagrada luta antijaponesa.
Com o fim de acertar golpes militares ao imperialismo japonês, devemos nos transladar rapidamente, em direção a Montanha Roun, aproveitando a debilidade do inimigo.
O inimigo, surpreendido ao extremo pela inesperada noticia de que uma grande unidade do ERPC cruzou outra vez a fronteira, trata de impedir desesperadamente nossas ações militares e políticas.
Segundo os dados deles que obtivemos, reforçaram a vigilância nas bacias superiores dos rios Amnok e Tuman, em cujo centro encontra-se o monte Paektu, mobilizando todas as unidades de guarda de fronteira e de polícia das zonas fronteiriças das províncias de Hamgyong Sul e Norte, e na região de Ershisidaogou, distrito de Changbai, se propõem a fazer um cerco com grande número de efetivos, incluindo a unidade de Onishi, de seu exército Guandong, e a de Zhang Zhao do exército títere de Manchukuo.
Ao mesmo tempo, crendo que nossas unidades se moveria para a cordilheira Machonnyong, rumo ao sudeste do monte Paektu, tratam de bloquear nosso caminho na área do monte Phothae. De tal forma que nesta zona se atrincheiram os inimigos que haviam procedido de Hyesan, e na rodovia Hyesan-comuna Phothae são incessantes as filas inimigas que marcham ao Norte.
Todo este movimento põe em evidência que o inimigo, supondo que também esta vez seguiríamos pelas montanhas, centra sua atenção nas zonas correspondentes, em particular, no sudeste do monte Paektu. É ali onde concentra suas forças, principalmente nos contornos do Monte Phothae, ocupando-se menos das rodovias. Esta é uma de suas debilidades.
Outro ponto fraco é sua maior preocupação com a vigilância noturna do que com a diurna. Seus principais esforços são dedicados a fortalecer a primeira, pensando que atuaremos pela noite para assegurar a cautela e a surpresa no referente às ações combativas.
Tendo em conta estes dados, não devemos seguir pelas montanhas escarpadas mas pela “rodovia Kapsan-Musan para a guarnição fronteiriça”, recém-construída; empreender marchas diurnas e desenvolver ações audazes.
Devemos sempre saber aplicar táticas improvisadas segundo as circunstâncias criadas. Esta é uma das fontes de nosso poderio e um fator de nossa vitória.
Enquanto o inimigo marcha errante pela montanha, teremos que nos deslocar para o Leste, avançando em arrancada pela rodovia de vigilância fronteiriça. Desta forma fracassarão na busca de nosso Exército Revolucionário Popular e, ao ser golpeado por surpresa em lugar imprevisto, ficará em pânico.
Aplicar essa tática de marchar mil léguas em arrancada não significa passar simplesmente adiante. Tal como fizemos quando fomos do monte Chong a Konchang, devemos combinar habilmente as manobras de mobilidade consistentes em simular que vamos longe para mantê-los inadvertidos, ou marchar marcialmente em formação de grandes unidades e, prontamente, avançar em pequenos grupos dispersos para assim manter a defensiva ao inimigo.
Destreza e agilidade são requeridas para toda operação militar, porém isto é particularmente válido para as que desenvolvemos na terra pátria. Portanto, é necessário manter um elevado ritmo na marcha, avaliar rápida e certeiramente as novas situações que surjam durante ela e atuar com agilidade e valentia. Nos choques com o inimigo, previsíveis durante a marcha, devemos demonstrar com audácia a unidade no combate para castigá-lo severamente.
Da mesma forma que um destro lutador vence o adversário, atacando-o primeiro e aproveitando habilmente seu ponto fraco, devemos nos deslocar por onde o inimigo nem sequer imagine e cometê-lo por seu flanco débil.
Grande é nossa emoção ao entrar na pátria; também infinita será a emoção do povo ao ver nossa digna presença. Plenamente conscientes da missão que temos como exército político, ademais de empreender intrépidas operações armadas, desenvolveremos um intenso trabalho político entre a população.
Devemos promover entre esta uma ativo trabalho propagandístico para explicar o Programa de Dez Pontos da Associação para a Restauração da Pátria, desmascarar a essência da propaganda falsa do imperialismo japonês e o fazer compreender a vulnerabilidade do inimigo e a inevitabilidade de sua derrota, assim como a segura vitória da revolução e das vias de luta. Assim conseguiremos que o povo, com fé na restauração da pátria, se levante na luta antijaponesa e preste ajuda ativa a nosso Exército Revolucionário Popular.
Sinsadong e outras localidades de Samjang são lugares cuja população é composta em sua maioria absoluta por trabalhadores de serrarias e lavradores, fortemente estimulados pelas intrépidas atividades militares e políticas de nosso Exército Revolucionário Popular nas zonas fronteiriças. E como resultado, até agora tem sido muito elevado o espírito revolucionário de seus habitantes. Neste momento estes se mostram coibidos pela cada vez mais feroz repressão por parte do inimigo, porém se logramos derrotá-lo e desenvolvemos o trabalho político, a população imbuída de grande ânimo voltará a alçar-se na luta antijaponesa.
Amanhã sairemos daqui para percorrer mais de 40 quilômetros até Mupho. De 8 a 12 quilômetros da ladeira do monte Pegae, onde estamos agora acampados, se encontra o belo lado Samji. Dali chegaremos a Mupho sem cessar a marcha, seguindo a “rodovia Kapsan-Musan para a guarnição fronteiriça”.
Para assegurar o êxito deste deslocamento é necessário que todos os soldados compreendam bem o propósito e o significado desta marcha e se preparem devidamente. Ao mesmo tempo, em todo destacamento deverá ser observada uma rigorosa disciplina e ser reforçada a vigilância revolucionária, para descobrir e frustrar a tempo qualquer ação do inimigo.
Devido ao avanço para o Leste, seria bom que o comando para amanhã fosse “avanço ao Leste".
Estou seguro que todos nossos comandantes e soldados que empreenderam este caminho de avanço à pátria com ardente patriotismo e fervor combativo, cumprirão plenamente com seu dever, fazendo grande contribuição ao logro do objetivo de nossa marcha.
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