sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

A natureza reacionária da "teoria da sociedade civil" defendida pelo gramscianismo


O grande Dirigente camarada Kim Jong Il indicou como segue:

"No campo da teoria científica, devemos intensificar a luta contra todo tipo de tendências oportunistas e ideologia reacionária burguesa e aderir completamente à pureza da Ideia Juche" (Obras Selecionadas de Kim Jong Il, volume 9 (edição aumentada), página 500)

Entre as tendências ideológicas reacionárias e oportunistas, difundidas pelos imperialistas e seus porta-vozes ideológicos para encobrir as graves contradições e relações de antagonismo na sociedade capitalista e paralisar a consciência revolucionária das massas populares, está o gramscianismo, uma corrente ideológica oportunista de direita.

No gramscianismo, as teorias reformistas e conciliadoras do italiano Antonio Gramsci (1891-1937) foram ainda mais deformadas pelos adeptos do gramscianismo da Europa Ocidental no final dos anos 1970 e no início dos anos 1980, e a corrente ideológica oportunista de direita chamada de "gramscianismo" foi amplamente difundida nos países capitalistas.

A "teoria da sociedade civil", um dos conteúdos básicos do gramscianismo, é uma teoria oportunista reacionária proposta pela primeira vez pelo italiano Gramsci e utilizada pelos oportunistas de direita da Europa Ocidental para rechaçar a luta revolucionária das massas populares contra a sociedade capitalista.

Em resumo, sua teoria diz que a sociedade capitalista pode ser dividida em "sociedade civil" e "sociedade política" (Estado capitalista) de uma forma completamente abstrata e propõe que em vez de derrubar o sistema capitalista por meio da violência revolucionária, o "Estado capitalista" deve ser "convertido democraticamente", "por meio de dissolução", em "sociedade civil".

A "sociedade civil" a que se referem nada mais é que um conceito completamente não-científico que significa a "totalidade dos aparatos ideológicos e sociais", incluindo órgãos culturais, órgãos de difusão de informações, órgãos de imprensa, escolas, igrejas, associações e sindicatos na sociedade capitalista. Em outras palavras, é o "domínio não-estatal" que consiste em vários grupos e sistemas "organizados democraticamente e garantidos legalmente".

A "teoria da sociedade civil", desenvolvida com base neste conceito não-científico, tem servido à burguesia como teoria reacionária que nega desde o início a luta revolucionária das massas populares para derrubar a sociedade capitalista e construir uma nova sociedade.

A essência da natureza reacionária da "teoria da sociedade civil" está, principalmente, em que faz ambígua a relação entre as forças revolucionárias e o propósito da luta revolucionária, distorcendo o caráter classista da sociedade capitalista.

Dependendo de como o caráter de classe de uma dada sociedade é definido, serão determinadas todas questões fundamentais que surgem no desenvolvimento da teoria revolucionária, como a natureza, a causa, a força motriz e o objeto da revolução realizada nessa sociedade.

O caráter classista de tal sociedade é definido por qual classe detém o poder do Estado e a propriedade sobre os meios de produção.

Uma sociedade em que o poder do Estado e os meios de produção estão nas mãos da classe dominante reacionária e exploradora torna-se, inevitavelmente, uma sociedade da classe exploradora, ao passo que uma sociedade onde as amplas massas do povo trabalhador são donas do poder do Estado e dos meios de produção se torna uma sociedade socialista avançada. Com base nisso, os tipos de sociedades humanas são divididos em sociedade exploradora e sociedade socialista em termos de caráter classista.

No entanto, os estudiosos da "teoria da sociedade civil" definem a sociedade capitalista como uma "sociedade civil".

Os adeptos da "teoria da sociedade civil" argumentam que a sociedade capitalista atual é uma "sociedade civil" e, em termos de sua composição, é uma sociedade composta por um modelo de três camadas em que "a nova classe média não é um remanescente de ambas classes, mas uma classe original" e que, portanto, "a transformação sociopolítica na sociedade capitalista deve ser uma transformação democrática que permita que os cidadãos exerçam a hegemonia." Ao mesmo tempo, eles argumentam que a "teoria da sociedade civil" não insiste na separação do Estado e da "sociedade civil" per se, mas em promover "dupla democratização interdependente" entre ambos na manutenção da separação.

Isso não passa de um argumento oportunista que visa tornar ambíguo o propósito da luta revolucionária na sociedade capitalista, sendo um sofisma absurdo de que os "cidadãos" devem "entender" o Estado capitalista e ser tolerantes democraticamente, pois o Estado capitalista implementa a "democracia" para os "cidadãos".

Junto a isso, a "teoria da sociedade civil" defende a classe média da sociedade capitalista, incluindo os intelectuais, como "força básica" da "transformação democrática".

Eles dizem que a razão pela qual a classe média se torna a "força básica" da "transformação democrática" na sociedade capitalista é que ela é a "classe social com forte poder político".

No entanto, a promoção da classe média como "força básica do movimento de transformação social" não pode ser justificada de maneira alguma.

Historicamente, não só a filosofia e a sociologia burguesas, mas também as tendências oportunistas de direita sem exceção, colocaram a classe média da sociedade, incluindo os intelectuais, como "força básica do movimento de transformação social". Isso porque são teorias de defesa do capitalismo que negam a transformação fundamental da sociedade capitalista. A "teoria da sociedade civil" não é uma exceção.

O fato de que a "teoria da sociedade civil" defende a classe média como "força básica do movimento de transformação social" somente mostra que essa teoria nega o papel e a posição que ocupam as amplas massas do povo trabalhador, incluindo os operários e camponeses, no movimento sócio-histórico e que trata-se de uma teoria reacionária de defesa do capitalismo que faz ambígua a relação entre as forças revolucionárias.

A natureza reacionária da "teoria da sociedade civil" está em que nega o método de luta revolucionária das massas populares para derrubar a sociedade capitalista com a violência revolucionária, defendendo o "caminho do socialismo eleitoral" e a "luta parlamentar".

A questão de como conduzir a luta revolucionária para libertar as massas trabalhadoras da subjugação e opressão nacional e classista surge como uma das questões mais importantes na luta revolucionária.

A luta revolucionária violenta é o único método de luta para eliminar a subjugação e exploração nacional e classista na sociedade de classes exploradora e realizar a independência das massas populares. Isso porque nenhuma classe exploradora oferece liberdade e libertação às massas populares e não desiste prontamente do sistema explorador que garante seu gozo e riqueza com base na violência reacionária.

É uma verdade comprovada pela longa história da luta revolucionária das massas populares que a independência só pode ser conquistada se o sistema de exploração, que mina a independência das massas populares através da violência reacionária, é derrubado através da luta revolucionária violenta.

Por esta razão, as teorias revolucionárias da classe trabalhadora invariavelmente defendem o princípio revolucionário da "violência revolucionária contra violência contrarrevolucionária."

No entanto, os proponentes da "teoria da sociedade civil" caluniam e difamam as teorias revolucionárias da classe trabalhadora como "teoria da revolução radical", pregoando o sofisma absurdo de que uma sociedade na qual a "libertação da humanidade" é realizada pode ser construída através de um "movimento" apropriado para a "sociedade civil", ou seja, através do "caminho do socialismo eleitoral" e da "luta parlamentar".

Isso mostra bem que a "teoria da sociedade civil" é uma teoria reacionária fundamentalmente oposta à teoria revolucionária da classe trabalhadora.

A natureza reacionária da "teoria da sociedade civil" pode ser vista também no fato de que é uma teoria que glorifica e defende o sistema capitalista ao elogiar a "democracia liberal", que se baseia na doutrina política burguesa.

Hoje, a "teoria da sociedade civil" está surgindo nos países capitalistas com várias cores, mas sua característica comum é que ela embeleza ativamente o sistema capitalista enquanto recita a "democracia liberal", uma das ideologias políticas do capitalismo moderno.

A "democracia liberal" é uma teoria política burguesa maligna que os imperialistas modernos defendem como sua ideologia dominante reacionária, elogiando-a ativamente como uma "democracia" que "garante" a "igualdade", "liberdade" e o "respeito à personalidade" na sociedade capitalista.

No entanto, os proponentes da "teoria da sociedade civil" dizem que o "respeito à personalidade" só pode ser realizado sob a política da "democracia liberal", apontando que "a primeira cláusula da ideia da democracia liberal é que todos seres humanos devem ser respeitados como personalidades e humanos de maneira igual."

Isso nada mais é que um argumento reacionário que prega uma rendição aberta ao imperialismo, ignorando o caráter antipopular do sistema capitalista, onde a burguesia monopolista é dona de tudo.

De fato, para respeitar as personalidades das pessoas, deve-se estabelecer um sistema social que defenda e realize sua independência. 

No entanto, a sociedade capitalista é um sistema social reacionário que apenas defende os interesses de uma minoria da classe dominante reacionária e exploradora.

Os lemas de "igualdade" e "liberdade" da "democracia liberal", incluindo os da "teoria da democracia liberal", nada mais são que lemas enganosos para proteger o sistema capitalista.

Originalmente, os lemas de "liberdade" e "igualdade" foram levantados pela burguesia emergente do período final da sociedade feudal para suas demandas e interesses de classe, e foram baseados no "princípio" de que "as pessoas nascem livres e iguais em direitos".

No entanto, depois que a burguesia estabeleceu o domínio político na sociedade capitalista, os lemas de "liberdade" e "igualdade" passaram a ser usados como lemas enganosos para encobrir a exploração e opressão das amplas massas trabalhadoras pela classe burguesa, e seu conteúdo tornou-se mais reacionário baseando-se no ponto de vista burguês sobre o indivíduo e a sociedade.

Ainda nos dias atuais, os lemas de "liberdade" e "igualdade" são utilizados ativamente para justificar a exploração da burguesia, que faz das massas populares vitimas da lei desta que persegue somente lucros.

Os proponentes da "democracia liberal" defendem que o homem é um ser biológico com a "liberdade intrínseca" como sua natureza, com base na visão burguesa sobre o indivíduo. Tal "liberdade intrínseca" que falam nada mais é que a "liberdade" existencialista da burguesia caracterizada pela ganância, libertinagem e desordem.

Evidente que as pessoas querem liberdade. No entanto, não é a "liberdade" existencialista burguesa da "democracia liberal" que pregoam os defensores da "teoria da sociedade civil", mas um estado em que a independência do homem, um ente social, é realizado.

Afirmar que a "liberdade" existencialista, que promove a ganância, a libertinagem e a desordem desenfreados, é a essência do ente social é a lei da selva e uma distorção vergonhosa da natureza humana, um sofisma apologético ao capitalismo que embeleza a sociedade capitalista como sociedade que assegura a "liberdade" e a "igualdade".

Devemos defender cabalmente a originalidade e a pureza da Ideia Juche e da Ideia Songun, travando continuamente uma luta vigorosa contra todos os tipos de tendências ideológicas reacionárias e oportunistas difundidas pelos imperialistas e seus porta-vozes ideológicos.

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