sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Publicada declaração do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da RPDC


O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia publicou em 17 de fevereiro a seguinte declaração.

Depois de fracassar em janeiro passado em sua tentativa de celebrar uma reunião aberta no Conselho de Segurança da ONU para questionar o exercício do direito à autodefesa da RPDC, os EUA convocaram forçadamente outra reunião do CS desprezando as opiniões contrárias de muitos países membros.

O fato mostra que chegam ao extremo já intolerável as manobras dos EUA destinadas a converter o CS da ONU, que assume a importantíssima responsabilidade de preservar a paz e segurança do mundo, em um aparato de implementação de sua ilegal e injusta política hostil à RPDC.

Este ano a RPDC vem canalizando todas as forças ao cumprimento do plano de desenvolvimento próprio e à manutenção da paz e estabilidade da Península Coreana e da região abstendo-se de qualquer ação militar específica, exceto ao programa normal de incremento do potencial defensivo, que é uma medida justa para um Estado soberano.

Por outro lado, EUA e Coreia do Sul recorrem desde o começo deste ano à preocupante demonstração militar que viola gravemente os interesses de segurança da RPDC.

Depois de que em janeiro passado o secretário da Defesa dos EUA viajou à Coreia do Sul e preconizou o uso de armas nucleares contra a RPDC e a implantação de muito mais propriedades estratégicas na Península Coreana, EUA e Coreia do Sul realizaram três vezes os exercícios aéreos conjuntos mobilizando caças do tipo Stealth e os bombardeiros estratégicos no céu do Mar Oeste da Coreia e, recentemente, acordaram com o Japão reforçar a disposição de cooperação militar tripartida contra a RPDC.

Ademais, EUA e Coreia do Sul planejam realizar dentro deste ano mais de 20 treinamentos militares conjuntos de distintos tipos em uma dimensão e âmbito que teve o exercício tático de manobra ao ar livre de máxima envergadura da história, o que anuncia que a situação da Península Coreana e da região voltarão a cair no turbilhão do agravamento da tensão.

A realidade demonstra claramente que EUA e Coreia do Sul são os principais culpados pela destruição da paz e estabilidade da Península Coreana e da região.

Apesar disso, o CS acusa sem fundamentos a RPDC, que mantém paciência e controle para aliviar a tensão da Península Coreana, e não expressa nenhuma preocupação sequer acerca da conduta dos EUA que tentam converter a Península Coreana em um campo de exercício de guerra e base militar, longe de contê-la.

É lamentável que a sociedade internacional se mantenha calada ante o comportamento injusto dos EUA que infringem flagrantemente o objetivo e princípios da Carta da ONU, que estipula a igualdade de soberania, o respeito a esta e a não intervenção nos assuntos internos.

Em vinculação com a preservação da paz e segurança verdadeiras do mundo e com os interesses de segurança nacional e regional, os países membros do Conselho de Segurança da ONU deverão refletir seriamente sobre o preocupante despotismo e arbitrariedades dos EUA que tentam converter a ONU em um aparato a serviço de sua política externa questionando frequentemente o direito à autodefesa da RPDC.

Advertimos seriamente o CS, que ignorando sua obrigação principal de defender a justiça e a imparcialidade, põe em debate ao gosto dos EUA somente o assunto do legitimo direito à autodefesa de um Estado soberano, e o condenamos categoricamente.

Ao aceitar como fato irremediável as excessivas ações dos EUA e da Coreia do Sul, que agravam a situação regional, esse aparato da ONU não discute sem são justas ou não e só questiona o justo e legítimo exercício do direito à autodefesa por parte da RPDC. Isso significa desprezo e violação aberta da soberania da RPDC e um ato hostil que obriga a esta tomar sem falta a contramedida.

Posto que EUA e Coreia do Sul expuseram abertamente a perigosa intenção de conseguir a supremacia militar perspectiva na Península Coreana e na região, nos vemos obrigador a empreender uma reação.

Se o CS se deixa levar pelos EUA no futuro também, a RPDC se verá obrigada a reconsiderar as adicionais medidas de ação, além das pertencentes à categoria de atividades militares rotineiras, em sinal de protesto ao CS que se deforma como aparato de pressão unilateral dos EUA contra a RPDC.

Se demonstrar força e responder com ela for a opção dos EUA, será também assim a nossa.

Caso EUA e Coreia do Sul ponham em prática como o publicado em seu projeto de exercícios militares, que consideramos como preparativos da guerra de agressão a partir da preocupação e provas razoáveis, provocarão uma reação de duração sem precedentes e de intensidade nunca antes vista.

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