Na história de agressão do Japão à Coreia está registrado o “Protocolo Coreia-Japão” fabricado em 23 de fevereiro de 1904.
Em dezembro de 1903, foi realizada uma “reunião do gabinete” japonês que decidiu como segue:
“Em qualquer caso, temos que submeter pela força o Estado feudal de Joson sob nossa influência, porém, como é uma medida melhor optar por um rótulo possível, será mais conveniente se firmamos um tratado de proteção.”
Isso testemunha que o Japão já havia planejado ocupar militarmente a Coreia e tentou formular um “documento diplomático” para isso.
A este efeito, o imperialismo japonês ameaçou o governo feudal de Joson durante vários meses para que firmasse o “Protocolo Coreia-Japão”. Porém, sua intenção foi rechaçada pela firme posição da Coreia.
O fato de que o Japão se apressou para inventar o referido protocolo se relacionado com o fato de que naquele tempo ocorreram disputas severas entre as potências para dominar a Coreia.
Para não ceder nesta disputa, o Japão não hesitou em mobilizar seus meios violentos. Já que não logrou seu propósito mediante as chantagens diplomáticas, provocou uma guerra com a Rússia e enviou colossais forças armadas ao território coreano.
A princípios de fevereiro de 1904, declarou a ruptura das relações diplomáticas com a Rússia czarista e, ao mesmo tempo, deu a ordem de partida ao seu exército. Este atacou Seul pouco depois de chegar em Inchon da Coreia.
Desde que deu seus primeiros passos no território coreano, os japoneses revelaram sua natureza agressiva. Recorrendo às cínicas ameaças militares, converteu a Coreia em um cenário caótico.
“Maechon-yarok”, (livro que registrou os fatos históricos de 1864 a 1910), assinala:
“O exército japonês com 50 mil efetivos e 10 mil cavalos entrou em Seul, ocupou o palácio real, o edifício governamental e até as moradias dos habitantes, e na parte sul avançou à Taegu, Namwon e Jonju passando por Tongrae, Mar Sul da Coreia e Kunsan, respectivamente.
“E mantendo uma distância de centenas de ris entre as tropas, marchou pouco a pouco à Pyongyang e Samhwa na parte ocidental e Wonsan e Songjin na setentrional.”
Além disso, o império japonês tentou obstinadamente inventar o “Protocolo Coreia-Japão”. Era um cruel e descarado ato criminoso que faz recordar uma operação militar.
Sob o rótulo de “proteção da casa imperial e do território”, bloqueou o palácio imperial da Coreia mobilizando suas forças agressivas a fim impedir estritamente o imperador Kojong para que não se refugiasse negando a assinatura do “protocolo”.
Incluso, eliminou impiedosamente os que não os obedecia.
Ao enfrentar a resistência dos funcionários da Dinastia Feudal de Joson, os agressores japoneses encarceraram as “forças opositoras”, e pela noite sequestraram um funcionário governamental e o levaram ao Japão. E fabricaram o “protocolo” mencionado em contubérnio com alguns funcionários pró-japoneses.
Este “protocolo” foi um documento falso e de caráter agressivo inventado pela ameaça militar e chantagem do imperialismo japonês.
Mais tarde, o Japão fabricou o “Tratado de 5 Pontos de Ulsa” em 1905 com o fim de privar a Coreia de seu direito diplomático e convertê-la em sua colônia.
As manobras agressivas do Japão continuam até hoje.
Em dezembro do ano passado, o governo japonês adotou 3 documentos relacionados com a segurança, incluindo a “Estratégia de segurança estatal”, e divulgou a medida de aumentar o orçamento de defesa nacional. Assim tirou a máscara de “Estado pacífico” que suas autoridades anteriores apresentaram depois da Segunda Guerra Mundial, e segue desesperadamente o caminho de nova agressão ultrapassando o marco de “defesa exclusiva”. É imperdoável que sejam reiterados os passados atos agressivos do Japão.
O povo coreano jamais se esquecerá dos crimes cometidos pelo Japão e reafirma sua vontade de descarregar sem falta seu rancor acumulado de século em século.
Ham Kwang Hyok
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