O chefe da seção de Coreia e Mongólia do Instituto de Estudos do Oriente da Academia de Ciências da Rússia, Alexandr Vorontsov, revelou em entrevista concedida à TASS em 27 de agosto que os EUA e os títeres sul-coreanos agravam intencionalmente a situação do contorno da Península Coreana.
Ele disse como segue:
Atualmente tenho a sensação que os EUA e a Coreia do Sul estão provocando a República Popular Democrática da Coreia. Parece que eles desejam que Pyongyang realize o quanto antes um teste nuclear.
Eles falam muito sobre esse assunto, como se já fosse um fato consumado, citando até a data específica. Tais prognósticos são infundados, porém seguem sendo difundidos na internet.
Em sua tentativa desesperada de buscar justificativa para suas ações radicais, Washington e Seul tentam obrigar a RPDC a realizar o teste de arma nuclear.
É possível que Pyongyang empreenda uma ação desse tipo como contramedida. Porém, não o fará no tempo desejado e esperado pelas contrapartes.
Depois da aparição do governo conversador direitista, a Coreia do Sul revisou a posição sobre a RPDC e intensifica atualmente a pressão sobre Pyongyang.
Seul exige agora à RPDC tomar as medidas substanciais pelo desarme nuclear como condição da retomada de esforços e conversações para a coordenação da situação.
De fato, as autoridades sul-coreanas tratam de voltar ao projeto de desnuclearização completa, verificável e irreversível da RPDC, plano caduco rechaçado repetidamente por Pyongyang.
Recentemente, Yoon Suk Yeol publicou o projeto de ajuda econômica em troca da renúncia nuclear por Pyongyang.
Seul apresentou a Pyongyang uma proposta inadmissível com o fim de distrair a atenção e, por fim, trata de justificar sua política do ponto de vista da força dizendo que fracassou sua iniciativa de paz.
O evidencia o treinamento militar conjunto de grande dimensão EUA-Coreia do Sul, Ulji Freedom Shield, iniciado em 22 de agosto.
Esta manobra é um dos exercícios de maior envergadura na região.
Já se foi o tempo em que eram realizadas as Cúpulas Norte-Sul e RPDC-EUA e estava em vigor o acordo que estipulava o autocontrole das partes.
A RPDC vem tratando sempre com seriedade os exercícios militares de grande escala dos EUA e da Coreia do Sul. Este exercício militar, enorme "punho" militar, é muito ameaçador.
Pyongyang está segura de que EUA e Coreia do Sul buscam na realidade aplicar a política de retomada dos exercícios militares reforçando a pressão e as sanções.
Seul iniciou o lançamento de panfletos ao território da RPDC utilizando balões, o que constitui outra causa de exacerbação da tensão nas relações intercoreanas.
Como resultado, são produzidos os casos complicados.
Em abril, se registrou na RPDC um grande número de casos de contagiados pela COVID-19.
Para esclarecer a fonte de contágio, uma comissão de investigação, organizada na RPDC, concluiu que duas pessoas se contagiaram em um lugar a quase 10km da zona desmilitarizada pelo contado com objetos espalhados pelo balão.
O processo de transmissão do vírus na RPDC comprova que foram reportados os primeiros casos de contagiados na zona limítrofe com a Coreia do Sul e, depois, a pandemia se espalhou por todo o país.
Em sentido geral, Pyongyang opina que não se pode descartar a possibilidade de que Seul esteja usando os balões para causar máximas perdas à RPDC tanto no aspecto ideológico como no profilático.
Se tais provocações continuam, podem se estender ao enfrentamento militar.
Por agora, não quero dizer prematuramente que o litígio entrou em nova etapa. Porém, é possível que ocorra isso em um futuro muito próximo.
A situação tomou um rumo muito instável.
Não se deve excluir a possibilidade de que as circunstâncias piorem até no conflito de diferentes formas, tais como troca de tiros na linha de demarcação.
Tudo isso pode causar até o uso de armas por ambas partes.
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