quarta-feira, 15 de julho de 2020

O Japão deve tirar lições de sua história de derrotas, comentário da ACNC



Seguem sendo revelados os episódios secretos da guerra embora tenham passado 70 anos desde o estalar da guerra coreana (1950-1953).

Recentemente, o jornal japonês Kyoto Shimbun publicou as declarações de um japonês que se dedicou ao transporte de tanques e outros materiais bélicos das tropas estadunidenses durante a guerra coreana.

O homem em seus noventa anos confessou que desde o começo da guerra, o governo japonês abasteceu os materiais bélicos à Península Coreana recrutando forçadamente até os civis que foram instruídos para que guardassem silêncio.

Já não é segredo a colaboração ativa do Japão com os EUA na guerra coreana.

Logo que foi desatada a guerra coreana, o país insular converteu todo seu território na base de logística, abastecimento e deslocamento das forças estadunidenses e ofereceu-lhes ajuda humana e material mobilizando todas as forças nacionais.

Enviou à frente coreana uma considerável quantidade de efetivos, incluindo os ex-militares do "exército imperial" e as chamadas "tropas de voluntários", tomou parte ativa nas ações militares como espionagem, guia e desminagem nas águas marítimas, ataque aéreo e assistência médica e se somou até à guerra bacteriológica do império estadunidense.

Tal conduta do Japão, que voltava a participar de guerra de agressão menos de cinco anos após sua derrota, é uma violação flagrante dos tratados internacionais que privaram este país dos direitos à posse de força combativa e à beligerância e participação em guerra, e da Constituição nacional que estipula a defesa exclusiva, assim como um desafio à aspiração da humanidade à paz.

Até a data, esse país não publicou nem reconheceu sua presença na guerra e trata de ocultar os crimes vinculados por temer a condenação da sociedade internacional.

Porém, se vê com maior clareza a fachada criminal dos reacionários japoneses devido a sua obstinada política hostil à Coreia e seus esforços para realizar a ambição de nova agressão.

Foi revelado em 2001 através de um documento secreto das tropas estadunidenses o fato de que durante a guerra coreana, os politiqueiros de alta classe do Japão enviaram em várias ocasiões ao comando de MacArthur as solicitações escritas de que lhes entregasse outra vez a Península Coreana como colônia do Japão em troca do despacho de efetivos.

Um documento diplomático publicado pela chancelaria japonesa em 2011 assinala que em 1969, o então Primeiro-Ministro Sato propôs voluntariamente aos EUA entregar o território japonês como retaguarda no "tempo de emergência" da Península Coreana.

No ano passado, o "Comando das Forças da ONU" promoveu o tema de incluir o Japão na lista dos fornecedores de efetivos no tempo de emergência da Península Coreana, fato que causou fortes protestos e críticas dentro e fora do país.

Todos os fatos mostram claramente que os japoneses ainda abrigam sua intenção criminosa de provocar a segunda guerra coreana obstinando-se em negar sua participação na passada guerra coreana.

O inimigo jurado (Japão) não deve se esquecer que terminaram com sua derrota todas as anteriores guerras de agressão à Coreia.

A nação coreana acertará sem falta as contas dos crimes inauditos do Japão.

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