terça-feira, 3 de junho de 2025

Oriente Médio caminha para conjuntura perigosa

Entre os analistas políticos, há uma crescente opinião de que as relações entre o Irã e Israel estão se encaminhando para um confronto militar total. A mídia ocidental tem noticiado com frequência que Israel já concluiu seus preparativos para um ataque ao Irã. Recentemente, a emissora estadunidense "CNN" relatou que Israel deslocou e posicionou equipamentos militares necessários para atacar o Irã, e completou treinamentos de ataques aéreos em preparação para a operação.

Para dar credibilidade à reportagem, foi explicado que as informações foram obtidas por meio de atividades de inteligência, como a interceptação de comunicações do exército israelense, realizadas pelo próprio governo dos EUA.

Há alguns meses, o jornal estadunidense "Wall Street Journal" também noticiou declarações de autoridades de inteligência dos EUA, segundo as quais Israel estaria decidido a subjugar o Irã por meio de um ataque militar de larga escala.

Alguns argumentam que esses movimentos militares israelenses podem ter o objetivo de exercer pressão psicológica sobre o Irã. No entanto, muitos analistas acreditam que, considerando as ambições de Israel e a sua postura passada e presente, é altamente provável que essas ameaças se concretizem em ações reais.

Estabelecer um império judaico por meio da força tem sido o objetivo de Israel. Desde o momento em que surgiu no cenário internacional, Israel não hesitou em lançar ações militares contra países árabes. Provocou várias guerras no Oriente Médio e, nesse processo, ocupou vastos territórios. Apesar disso, continua expandindo suas ações militares.

A partir do início da crise em Gaza em 2023, Israel tem agido de forma ainda mais imprudente, promovendo uma guerra de extermínio implacável em toda a Faixa de Gaza. Também não hesitou em lançar ataques militares contra países vizinhos, como o Líbano. Em abril do ano passado, realizou um ataque aéreo contra a embaixada iraniana na Síria. Em julho, assassinou o chefe do gabinete político do Hamas, que se encontrava no Irã. Em seguida, atacou o Hezbollah no Líbano e invadiu o sul do país.

Quando os houthis do Iêmen começaram a reagir contra as atrocidades de Israel, este logo os acusou de estarem sendo controlados pelo Irã, aproveitando a situação para justificar ameaças de ataques militares contra o país. Desde o início, Israel tem considerado o Irã como um obstáculo por sua postura anti-imperialista e independente no Oriente Médio, bem como por sua influência significativa na região. Com o apoio dos Estados Unidos, tem se empenhado persistentemente em pressionar o Irã por vias políticas, diplomáticas e militares, buscando eliminá-lo.

Israel costuma culpar o Irã por qualquer incidente na região e declara abertamente sua intenção de dominá-lo pela força. Tem preparado minuciosamente um ataque militar contra o Irã, realizando regularmente exercícios de voo de longa distância e reabastecimento aéreo com caças. Algumas dessas manobras chegaram até o espaço aéreo do Estreito de Gibraltar, passando pelo Mediterrâneo, como parte de treinamentos ofensivos.

Altos oficiais militares israelenses não escondem que tais manobras fazem parte dos preparativos para um ataque aéreo ao Irã. Além disso, Israel tem realizado treinamentos militares com a participação de reservistas e até de civis, preparando a população para uma possível guerra.

Israel tem realizado intensos treinamentos para se preparar contra possíveis ataques de mísseis retaliatórios por parte do Irã. Neste ponto, pode-se dizer que os preparativos militares israelenses para um ataque ao Irã entraram em sua fase final, restando apenas a execução da ação.

Por sua vez, o Irã também está se preparando para qualquer eventualidade. Está conduzindo exercícios militares rigorosos com foco em aumentar a capacidade de combate de suas forças. Além disso, está investindo na produção e modernização de armamentos e equipamentos militares.

O governo iraniano mantém firmemente sua posição de defender a soberania nacional até o fim. Recentemente, o ministro da Defesa e Logística das Forças Armadas do Irã declarou que, caso os Estados Unidos ou o regime sionista provoquem uma guerra, o Irã responderá com contra-ataques, mirando suas bases militares e forças armadas.

Diante das ações militares cada vez mais imprudentes de Israel e do crescente risco de um conflito armado de larga escala, a situação atual no Oriente Médio tem gerado profunda preocupação na comunidade internacional.

Ri Hak Nam

Rodong Sinmun

Nenhum comentário:

Postar um comentário