terça-feira, 24 de junho de 2025

Lição deixada pela "Crise do Caribe"

Em outubro, há 35 anos, ocorreu a “Crise do Caribe”, um dos conflitos internacionais mais agudos da era da “Guerra Fria”.

Desde então, já se passou muito tempo. No entanto, a grave lição deixada pela “Crise do Caribe” ainda permanece vívida na memória das pessoas.

À medida que se intensificavam as manobras anti-Cuba dos Estados Unidos, tropas soviéticas foram enviadas para Cuba com base em um acordo entre Cuba e a União Soviética, sendo instalados 42 mísseis de alcance médio. Esses mísseis estavam preparados para serem lançados a qualquer momento. Além disso, foram implantados mísseis de cruzeiro de curto alcance com ogivas nucleares e capacidade de combate.

Nessa conjuntura, em 22 de outubro de 1962, o presidente dos Estados Unidos, Kennedy, fez um discurso na televisão anunciando que os EUA iriam impor um bloqueio marítimo a Cuba e ordenar a captura de todos os navios que se dirigissem à ilha. Simultaneamente, os EUA reforçaram suas forças na base militar de Guantánamo e entraram em estado de prontidão total para o combate.

Em resposta, a União Soviética colocou os países membros do Pacto de Varsóvia em estado de alerta máximo. Apesar do bloqueio ter sido declarado, os navios soviéticos continuaram navegando rumo a Cuba. O risco de um confronto militar entre os EUA e a URSS chegou ao limite.

O mundo observava a situação com grande apreensão. Quem recuaria primeiro?...

Foi nesse momento, em 25 de outubro, que o então chefe de Estado da União Soviética, Khrushchov, apresentou pela primeira vez um “plano de resolução da crise” durante uma reunião do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética. Ele declarou que, “sob a condição de tornar Cuba uma zona de paz”, a União Soviética desmontaria as plataformas de lançamento de mísseis instaladas em solo cubano. E, no dia 26 de outubro, propôs a Kennedy uma reunião imediata. Assim, cartas foram trocadas entre os dois “adversários” e um compromisso foi alcançado.

A União Soviética decidiu retirar todas as armas estratégicas de Cuba. Os Estados Unidos e a União Soviética, simultaneamente, cancelaram seus estados de alerta máximo. O conflito foi encerrado.

Foi assim que se deu o surgimento e o fim da “Crise do Caribe”. Isso pode ser caracterizado pela arrogância do imperialismo e pela submissão dos revisionistas modernos. Em outras palavras, diante das ameaças e chantagens dos imperialistas, os revisionistas modernos se renderam. Posteriormente, a União Soviética deu um passo atrás, depois outro, cedendo aos imperialistas e embarcando em uma trajetória de rendição total. Como resultado, sucumbiram à ofensiva antissocialista dos imperialistas sem disparar sequer um único tiro.

Hoje, os traidores do socialismo tentam distorcer a história. Eles enaltecem como uma “realização histórica” que teria “salvado o mundo do desastre termonuclear” as ações dos revisionistas modernos que traíram a lealdade revolucionária e se renderam aos inimigos.

Mas a verdade não pode ser ocultada. Os povos revolucionários do mundo condenam profundamente o comportamento submisso dos rendicionistas.

Won Kyong Ho

Rodong Sinmun, 10 de novembro de 1997

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