Na recente cúpula de líderes da OTAN, foi decidido que até 2035 os países-membros aumentarão seus gastos militares para um nível equivalente a 5% do PIB. A decisão inclui a exigência de que cada membro destine 3,5% do PIB para despesas militares essenciais, enquanto os 1,5% restantes sejam amplamente investidos em setores indiretamente relacionados à infraestrutura militar.
A OTAN é o bloco de guerra mais representativo.
O anúncio da nova meta de aumento dos gastos militares por parte da OTAN tem, sem dúvida, o objetivo de fortalecer suas capacidades bélicas, sendo um ato criminoso que eleva ainda mais o grau de ameaça à paz e à segurança mundial.
Mais preocupante ainda é a questão de para onde estão apontadas as armas dessa máquina de guerra.
O secretário-geral da OTAN, ao criticar diversos países da região da Ásia-Pacífico, afirmou abertamente que “o aumento dos gastos militares da OTAN é extremamente importante” à luz das atividades desses países.
Isso revela de forma escancarada a intenção criminosa de estender seus tentáculos de intervenção militar para a região da Ásia-Pacífico.
Originalmente, como o nome indica, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) era um bloco militar cujo principal palco de atuação era a região do Atlântico Norte. Sua formação partiu dos países dessa região, e durante a Guerra Fria sua atividade central estava voltada ao confronto militar contra a União Soviética e os países do Leste Europeu.
Com o fim da Guerra Fria, a OTAN, tornada um resquício da era passada, perdeu completamente sua razão de existir e deveria ter desaparecido do palco da história. No entanto, essa ferramenta de confronto passou a servir integralmente à ambição de hegemonia global dos Estados Unidos, expandindo gradualmente sua esfera de ação para o Oriente Médio, África e outras regiões.
Já há alguns anos, a OTAN vem insistindo, de maneira infundada, na retórica de que “a segurança da região da Europa e do Atlântico está indissociavelmente ligada à segurança da região do Indo-Pacífico”, e tem avançado com suas botas militares em direção à Ásia-Pacífico, interferindo nos assuntos da região.
No conceito estratégico adotado em 2022, a OTAN deixou registrado que a região do Indo-Pacífico é importante para a aliança, que a evolução da situação nessa região pode influenciar diretamente a segurança da Europa e do Atlântico, e que fortalecerá o diálogo e a cooperação com os países parceiros do Indo-Pacífico. Com base nisso, vem intensificando sua cumplicidade e conluio militar por meio do desenvolvimento conjunto de equipamentos militares e de exercícios militares combinados com países da região da Ásia-Pacífico, como Austrália e Repúblics da Coreia.
O antigo bloco militar do Atlântico Norte, cuja base de operações se limitava à Europa e ao Atlântico, está se transformando em um bloco de escala mundial, com foco também na Ásia-Pacífico. A “otanização” da Ásia-Pacífico e a regionalização asiática da OTAN estão sendo promovidas de maneira plena.
O fato dessa organização de guerra ter decidido aumentar drasticamente os gastos militares, mirando diretamente as grandes potências da região da Ásia-Pacífico, constitui uma situação extremamente grave.
É evidente que, na Ásia-Pacífico, se intensificará o confronto político-militar entre as potências nucleares da região e a maior organização de guerra nuclear do mundo, levando a uma escalada da corrida armamentista e, consequentemente, ao aumento das tensões.
Ninguém pode garantir que não explodirá em breve uma nova grande guerra na região da Ásia-Pacífico, que já se converteu no mais acirrado campo de confronto de forças e no maior foco de tensão do planeta.
Atualmente, meios de comunicação e especialistas de diversos países alertam que o envolvimento da OTAN com países asiáticos é, na verdade, uma tentativa de encontrar um pretexto para estender seus tentáculos à região da Ásia-Pacífico, e que o aumento maciço dos gastos militares visa fortalecer o “poder letal” dessa aliança de confronto, manifestando assim seu receio e desconfiança.
Un Jong Chol
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