quinta-feira, 5 de novembro de 2020

O Japão não pode livrar-se da desonra de "país inimigo", comentário da ACNC

O Partido Democrático Liberal do Japão se obstina em realizar a emenda da Constituição vigente para anotar a existência das "Forças de Autodefesa".

A comissão de elaboração do projeto de emenda constitucional, organizada pela Direção de Promoção da mesma tarefa do PDL, anunciou oficialmente que elaborará concretamente até o final do ano o projeto de modificação de 4 artigos, inclusive a "anotação das Forças de Autodefesa" e a "reação à situação de emergência", e o submeterá à consideração da Dieta.

É uma conduta perigosa encaminhada a preparar o fundamento legal para a agressão a ultramar, o que o governo anterior não pôde lograr.

Como país criminoso e derrotado da Segunda Guerra Mundial, o Japão é privado dos direitos a possuir um exército e à beligerância.

O estipula evidentemente o artigo IX da Constituição vigente.

Os reacionários japoneses tentam modificá-lo com o propósito de atribuir às "Forças de Autodefesa" a legitimidade de forças armadas regulares e despachá-las a qualquer parte do mundo sem nenhuma trava da lei nacional.

Para esse fim, o governo atual de Suga se concentra na emenda constitucional que favorecerá o aperfeiçoamento dos aparatos legais e institucionais necessários à conversão do país em potência militar e à agressão a ultramar.

O Primeiro-Ministro Suga insiste em "manter a linha de Abe" e instiga o PDL dizendo que "todo o partido deve proceder com entusiasmo à emenda". E atua com vileza para apaziguar os protestos do círculo acadêmico a respeito.

A tentativa dos reacionários japoneses de fabricar a Constituição bélica provoca a forte rejeição da população japonesa e da sociedade internacional.

Mostrando-se céticos da necessidade da emenda constitucional, os partidos opositores opinam que "é intolerável o proceder as autoridades atuais que infringem o regulamento e procedimento de vários anos da comissão de revisão da Constituição".

Os reacionários japoneses devem parar agora mesmo a emenda escutando seriamente as vozes de protesto de sua população

Se desafia a corrente da época, o país insular jamais poderá se livrar da desonra de país inimigo.

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