domingo, 16 de agosto de 2020

Quem é o libertador da Coreia?

                                          

Com a aproximação do 75º aniversário de libertação da Coreia (15 de agosto de 1945), decidi elaborar um artigo acerca de um assunto pertinente relacionado com esta data significativa que marca a culminação exitosa de uma luta severa de quatro décadas do povo coreano contra o imperialismo japonês.

Revisando dados históricos e diferentes versões da história, buscarei nortear os leitores, interessados no estudo sobre a Península Coreana e todos os aspectos relacionados (cultura, economia, história, etc), sobre o que é fato, o que é distorção da história e o que é puro sofisma.

O assunto que abordarei, como se pode concluir pelo título, é sobre quem realmente libertou a Coreia, como isso se deu - no transcurso da história, com sequência de acontecimentos - e quem forjou novas versões e com qual intenção a fez.

Primeiramente, para situar os leitores na problemática que destrincharemos, comentarei uma recente postagem da embaixada da Federação Russa na República Popular Democrática da Coreia em sua página no facebook.

Nesta postagem, logo em seu primeiro parágrafo assinala: "Em 15 de agosto deste ano, celebraremos o 75º aniversário de uma das datas mais importantes da história das relações russo-coreanas - A libertação da Coreia pelas tropas soviéticas da opressão colonial do Japão."

O que causa surpresa (em alguns) é que enfatizam a participação das tropas soviéticas como fator que trouxe ao povo coreano a vitória sobre os imperialistas japoneses. Em outras palavras, como um "presente" dado pela ex-URSS ao povo coreano.

Talvez para quem não conheça o aspecto prepotente da Rússia (legado do revisionismo soviético) possa se surpreender. Mas saiba que não é a primeira vez e certamente não será a última vez que transmitem uma interpretação da história que engrandeça a característica de "país poderoso", o que faz parte do ideal político deste país do norte da Eurásia.

Mas, lendo esta postagem, tive a ideia de elaborar um artigo tratando desse tema já que é algo não muito explorado seriamente e que, como é de conhecimento geral, a versão histórica do mais poderoso (em vários aspectos) costuma prevalecer na opinião pública, como se o que é dito por este fosse verdade absoluta. Então exploremos o caminho da história e descubramos a verdade.


Estabelecimento do regime colonial japonês na Coreia.

Antes de tudo, precisamos compreender como seu deu o processo de tomada da Coreia pelo imperialismo japonês.

É importante salientar, neste ponto, que os acontecimentos relevantes relacionados com este evento lastimável na história da nação coreana somam-se ao antigo desejo de décadas e séculos do Império Japonês de tomar para si o território coreano e explorar os meios materiais e a mão de obra da Coreia para o desenvolvimento sócio-econômico de seu país, limitado em recursos e, naquele tempo (leia-se séculos atrás), atrasado em muitos aspectos.

Tendo isso em mente, podemos listar eventos importantes, bem como posturas do governo feudal coreano, que influenciaram na tomada da Coreia pelos imperialistas do país insular.

- Apoio nas forças externas

Nos últimos anos da dinastia feudal de Joson, os governantes abriram-se ao exterior após milhares de anos de isolamento que fez ganhar o apelido de "país eremita" no cenário internacional. 

Com o natural processo de progresso da sociedade, surgiram movimentos inspirados em ideias progressistas que confrontavam frontalmente com os caducos costumes feudais e tentativas de mudança de sistema. Podemos citar como exemplo o Golpe de Estado de Kapsin, quando intelectuais coreanos inspirados em ideias iluministas tomaram o poder por determinado período e promulgaram um programa político de reformas em linhas capitalistas nos campos político, econômico, cultural, etc. 

Ou quando eclodiu a Guerra Camponesa de Kobu em que os camponeses da província de Jolla rebelaram-se contra o aumento do confisco de impostos e iniciaram um levante que se estendeu por todo o país e abalou as estruturas do governo feudal.

Em ambos casos, os governantes feudais tomaram medidas autoritárias para conter os insurgentes e suplicaram apoio da China Qing, que enviou suas tropas para suprimir, ademais do Japão que, sob pretextos obscuros enviou suas tropas para "proteger o povo coreano".

Além disso, a dinastia feudal que se deteriorava por suas crescentes contradições sociais confiou muito na Rússia czarista, acreditando que, com apoio destes, lograriam desenvolvimento econômico e estariam protegidos frente à constante ameaça externa que, na maioria das vezes ao longo da história provinha do Japão.

- Guerra Japão-Rússia

Esta foi sem dúvidas uma batalha em que a Coreia sabia que seu destino estava em jogo. Sendo a Rússia czarista seu grande aliado, uma derrota para seu grande oponente, que já havia tentado estender suas garras de agressão sobre o território coreano em diversas oportunidades, significaria um caminho aberto para a ruína do país.

O Japão mantinha sua ambição territorial insaciável sob pretexto de defender a regão de "forças externas" e forçar uma "esfera de co-prosperidade" que, em outras palavras, significava colonizar todo o território asiático. E a Coreia sempre foi traçada como trampolim para lançar a agressão armada à todo o continente.

Após derrotar a Rússia, valendo-se de seu poderio militar e técnico avantajado, o Japão arrebatou a ferrovia de Nanman e, sobre o pretexto de sua proteção, enviou à localidade um grande número de efetivos do exército Guandong e polícias do consulado e agentes para estender sua base agressiva.

- Negligência nas forças de defesa nacional.

O regime feudal de Joson em deterioração, concentrou-se no comércio com vários países, priorizando o setor econômico sem dar devida atenção ao setor de defesa nacional, o que tornou suas forças que, outrora lograram repelir os inimigos em batalhas heroicas, se tornarem débeis.

O exército do governo feudal tinha poucas provisões e equipamentos militares e ficou consideravelmente atrasado em relação aos demais exércitos da região, tornando-se incapaz de defender prontamente a soberania nacional.

Nesse ponto, relaciona-se novamente a dependência nas forças externas, pois, confiando seu destino nas mãos de estrangeiros, os governantes feudais contavam com o apoio de tropas de seus aliados para fazer frente a qualquer situação difícil.

- Agressão e coerção do Japão para legitimar seu domínio sobre a Coreia.

Há um certo número de "tratados" e "acordos" logrados entre Coreia e Japão após conflitos ou disputas em que os nipônicos saíram vitoriosos e coagiram as autoridades coreanas.

Há inclusive casos de traição de governantes feudais que, em situação desfavorável, converteram-se em lacaios do imperialismo japonês e colaboraram para a dominação colonial.

Podemos citar como exemplo o "Tratado de 5 pontos de Ulsa" (1905) que privou a Coreia do direito diplomático, delegando-o às autoridades japonesas e o "Tratado de 7 Pontos de Jongmi" (1907) em que o governo coreano tornou-se dependente da autoridade do Residente-Geral. 

Os "tratados" foram baseados em coação e, alguns deles, nem mesmo possuem a assinatura ou o carimbo do rei coreano, sendo meras formalidades de caráter ilegal para o plano de dominação do imperialismo japonês.

Luta pela libertação da pátria: apoio nas próprias forças ou nas forças externas? Pacífica ou armada?

Com o estabelecimento do domínio colonial de caráter militarista do imperialismo japonês no território coreano, que trouxe consigo a repressão, subjugação, humilhação e perda da nacionalidade à nação coreana, os movimentos de oposição surgiram naturalmente.

Todavia, os primeiros movimentos foram marcados por grandes derrotas e, ademais por falta de coesão entre os participantes, o que, nos primeiros anos, exerceu influência negativa em certo grau à população que temia levantar-se frente ao inimigo poderoso e acabava aceitando seu destino infeliz.

Ficaram marcados na história do país, embora tenham fracassado, o Levante de 1 de março (1919), a Manifestação Independentista de 10 de Junho (1926), a grave geral dos trabalhadores do porto de Wonsan (14 de janeiro a 6 de abril de 1929), o Incidente Estudantil de Kwangju (outubro a novembro de 1929), dentre outros, porque, embora não tenham logrado grandes êxitos, foram massivos e despertaram o sentimento patriótico do povo coreano que não mais suportava a vida de escravo colonial.

Esses movimentos massivos era uma evolução em comparação às primeiras manifestações que suplicavam a liberdade aos próprios agressores ou à forças estrangeiras e foram prontamente reprimidos pelo militarismo japonês.

Os movimentos populares, como os citados acima, que reuniram amplas massas da população e foram organizados por figuras patrióticas afamadas em várias localidades da Coreia, são transmitidos amplamente tanto na literatura do norte como do sul da Coreia. Todavia, são abordagens completamente diferentes.

Enquanto na Coreia do Sul exalta-se os mártires dos movimentos independentistas pacifistas que fracassaram no final das contas, diminuindo ou mesmo ignorando a importância da luta armada empreendida por comunistas e outras figuras patrióticas, na RPDC os movimentos massivos são avaliados de maneira objetiva, reconhecendo sua importância mas, ao mesmo tempo, avaliando suas deficiências que não permitiriam lograr a libertação.

O que ocorre é que, sendo a Coreia do Sul um Estado-fantoche formado por figuras pró-japonesas e outros traidores da nação, a base de sustentação de sua "legitimidade" só seria lograda no futuro se a história da libertação fosse tergiversada, de maneira que figuras patrióticas pacifistas de grande aceitação pública fossem martirizadas e aqueles de ideologia "subversiva" sejam tratados como inimigos.

Há muitas nuances neste assunto, mas não me aprofundarei para não perder o foco.

A questão central a ser compreendida é que a libertação da Coreia foi lograda através do sangue e suor do povo coreano. E, sem a luta armada antijaponesa liderada pelo grande Líder camarada Kim Il Sung, seria impensável pensar na libertação da Coreia após quatro décadas de exploração colonial.

A história conta que muitos países levaram muito mais tempo para lograr a independência ao apoiar-se no pacifismo e no apoio em forças externas. Um exemplo claro é a Índia que esteve sob jugo colonial por centenas de anos.

Há que destacar que a luta armada não se inicia com Kim Il Sung.

Seu pai, Kim Hyong Jik, proeminente patriota coreano, já empreendia operações que envolviam a luta armada, abarcando figuras de todos os estratos sociais dentro e fora da Coreia. Ele fundou a Associação Nacional Coreana em 23 de março de 1917 em Hakdang-gol (vale Hakdang), Pyongyang. 

E dirigiu diversos movimentos pela libertação nacional até seus últimos dias de vida.

Ademais, havia o exército independentista formado por figuras de diversas tendências (embora o patriotismo de caráter conservador prevalecesse) e de variados estratos sociais.

Estas primeiras organizações com forças de armas obtiveram consideráveis êxitos mas acabaram perecendo frente aos inimigos. A principal causa deve-se à falta de organização, de compreensão da realidade objetiva e às disputas faccionalistas. 

Sem uma causa norteadora, embora a libertação da Coreia fosse um desejo comum, ocorreram vários desentendimentos sobre qual caminho a Coreia deveria seguir no futuro. Sobretudo os mais apegados ao feudalismo causaram grandes problemas ao movimento por sua concepção de mundo reacionária, ademais de outros que diziam-se "progressistas" mas que colocavam suas aspirações políticas e individuais acima da causa maior da libertação do país.

Apenas reunir aqueles interessados em libertar o país não era o suficiente. Era preciso forjar uma coesão.

Naquele tempo também eclodiu a primeira revolução socialista na Rússia que, junto a outras revoluções burguesas do passado, passou a exercer certa influência sobre combatentes independentistas. O próprio Kim Hyong Jik converteu-se em comunista em sua última etapa de vida (faleceu aos 31 anos) após crescer com ideais progressistas de caráter nacionalista.

Contudo, a influência (em certo grau) do marxismo sobre os coreanos não trouxe resultados produtivos em um primeiro momento.

O primeiro movimento comunista da Coreia esteve contaminado por disputas faccionalistas e submissão a forças estrangeiras, o que impediu o avanço vitorioso da revolução e da causa de libertação da pátria.

Em 1925 foi fundado em Seul o Partido Comunista da Coreia, reunindo todos os coreanos simpatizantes desta ideologia no país e no exterior. Todavia, simbolizou o fracasso do primeiro movimento comunista do país, após se dissolvido três anos depois depois de ser rechaçado pelo movimento comunista internacional.

O faccionalismo era um grave problema que dificultava o avanço da causa de libertação da pátria e mesmo da causa do comunismo.

Em meio à essa situação complexa, surgiu a figura do General Kim Il Sung que, continuando o legado de seu pai, se juntou à luta pela libertação nacional, visando contribuir para sua organização e avanço vitorioso.

É considerado o marco de sua carreira revolucionária a fundação da "União para Derrubar o Imperialismo" em 17 outubro de 1926, aos 14 anos de idade, no distrito de Huadian na província de Jilin no noroeste da China.

A organização de caráter progressista, que abraçava o comunismo, visava organizar os jovens que desejavam dedicar sua juventude à causa de libertação da pátria e construir uma nova Coreia onde o povo exercesse papel de mestre da sociedade, ademais de varrer do território coreano e, depois, de todo o mundo, o imperialismo, estágio superior do capitalismo.

Entre a segunda metade da década de 1920 e do início da década de 1930, um novo ponto de viragem seria alcançado na luta antijaponesa de libertação nacional.

Mas, antes de adentrarmos neste período, precisamos conhecer sobre o principal dirigente da luta armada antijaponesa.

Kim Il Sung: Um desconhecido ou um proeminente Líder do povo?

Nascido Kim Song Ju em uma patriótica família camponesa em Mangyongdae (atual distrito de Pyongyang), cresceu nutrindo o patriotismo desde sua infância na terra-natal e, sentindo na pele o sofrimento de apátrida, se mudou junto com seus pais à China ainda muito jovem, onde aprendeu rapidamente o idioma local, se dedicou aos estudos e conheceu a ideologia avançada, o comunismo, ademais de fazer muitos camaradas (chineses e coreanos) e exercer influência sobre eles.

Porém, há aqueles que tentam difamá-lo, tratando-o como desconhecido que assumiu o poder na Coreia do Norte com apoio de forças estrangeiras. Será mesmo verdade?

Uma leitura sobre sua história de vida e carreira como guerrilheiro transmitem um compreensão muito mais vistosa que comentários simplistas baseados em concepções errôneas e inverdades plantados pelas forças reacionárias.

A história da primeira etapa da vida de Kim Il Sung pode ser descrita como a de muitas dificuldades e mudanças contantes.

Sua família era composta por trabalhadores agrícolas arrendatários que tinham que doar grande parte das parcelas cultivadas ao latifundiário e ao órgão correspondente do imperialismo japonês e vivia na escassez de tudo, contando apenas com pequenas somas de dinheiro.

Ademais, Kim Hyong Jik, progenitor do futuro Presidente da RPDC, era um ativistas pela libertação da Coreia desde seus tempos escolares e estava sempre sob olhares da polícia, o que era uma constante preocupação para todos.

Frente à situação difícil, com apenas 4 anos de idade o pequeno Kim Song Ju mudou-se com seus pais à comuna de Ponghwa, no condado de Kangdong, buscando condições um pouco melhores de subsistência e afastar-se da supervisão policial.

Viveu nesta modesta comuna até 1917, quando Kim Hyong Jik, que havia fundado a Associação Nacional Coreia, organização revolucionária independentista, foi preso no outono. Naquela época, Kim e sua mãe, Kang Pan Sok, regressaram à Mangyongdae, onde viviam os avós paternos.

Após a soltura de Hyong Jik em 1918, graças aos esforços de muitos companheiros patrióticos, a família decidiu mudar-se para o condado de Junggang, na província de Jagang. A intenção era afastar-se do cerco policial, já que Hyong Jik estava na lista especial da polícia japonesa e havia sido liberado sob a condição de apenas realizar atividades agrícolas.

Porém, o combatente patriótico não renunciaria à causa de libertação da pátria e buscaria prosseguir suas atividades clandestinas mais afastado da zona central. Contudo, o cerco foi intensificado em poucos meses mesmo naquela localidade e obrigou-os a cruzar o rio Amnok em 1920 e estabelecer-se na cidade de Linjiang, então pertencente à província de Liaoning na China.

Como tinha muitos contatos com coreanos e chineses de várias localidades, Hyong Jik prosseguiu seu trabalho patriótico e trabalhou como professor. Por outro lado, seu filho mais velho, Kim Song Ju, aprenderia com ajuda dele a língua chinesa em um pouco mais de um ano e logo ingressaria na escola.

Sua primeira escola foi a Escola Primária de Badaogou. Isso porque a família viu-se obrigada a mudar-se novamente apenas um ano após sua chegada em território chinês.

Nos anos de ensino primário, obteve excelentes notas e fez muitos camaradas, tanto coreanos residentes na China como chineses. Ademais, conheceu e interessou-se pela ideologia comunista, lendo a Biografia de Lenin, "Os fundamentos do socialismo", "A história da revolução russa e Lenin", e outras obras marxistas-leninistas. É importante assinalar neste ponto que, embora estivesse em território chinês, a repressão e supervisão continuavam por meio das autoridades reacionárias do Kuomintang. (Além disso, os imperialistas japoneses também atuavam dentro do território chinês de forma astuta) Ler livros comunistas poderia ser considerada uma atitude subversiva pelos reacionários chineses, mas mesmo assim Kim Il Sung compartilhava seus conhecimentos com seus companheiros e exerceu importante influência sobre eles.

Após concluir seus estudos primários, seu pai recomendou-lhe regressar à Coreia e concluir seus estudos na terra-pátria, apontando que para libertar a Coreia é preciso conhecê-la bem.

Assim, em 16 de março de 1926 ele partiu sozinho de Badaogou até Mangyongdae, em uma longa e árdua caminhada que durou 14 dias. Chegando em sua terra-natal, foi acolhido por seus avós e demais parentes e alguns dias depois matriculou-se na Escola Changdok, em Chingol (próximo de Mangyongdae), a terra-natal de sua mãe.

Embora fosse uma escola dirigida por amigos pessoais de seu pai, que tinham grande carinho por Song Ju e sentimento de dever moral com Hyong Jik, estava tomada por educação caduca aos moldes feudais e, ademais, já sofria com a política de japonização imposta pelos imperialistas japoneses. Isso deixou-o muito descontente.

Com a notícia da prisão de seu pai, ficou revoltado e decidiu que deveria deixar novamente o país e só regressar com a libertação da Coreia. Esse foi um grande marco na história da revolução coreana: a caminhada de 1000 ris (400 quilômetros) para a restauração da pátria.

Regressando à China em 1925, sem ter graduado-se na Coreia, logo teve que mover-se para muitas outras localidades junto com sua mãe devido a vigilância dos imperialistas japoneses e o paradeiro de seu pai era desconhecido até então, mas, segundo sua mãe, estava a salvo. Pouco depois, seu pai, debilitado de saúde faleceu, sendo um momento muito difícil para Kim e sua família.

Determinado a continuar a causa de seu pai, matriculou-se pouco depois na Escola Hwasong em Helong, Jilin. Abrigou grandes expectativas sobre o ensino nesta escola, mas acabou decepcionando-se posteriormente pela falta de aprofundamento das matérias e concepção de mundo reacionária. Todavia, fez muitos companheiros nesta escola e exerceu-lhes influência positiva para levá-los ao campo progressista.

Nestes tempos Kim Il Sung lia "O Manifesto do Partido Comunista", "O Estado e a Revolução", "O Capital", "O Trabalho assalariado e o capital", dentre outras obras marxistas.

Ingressou em 1927 na Escola Secundária Yuwen para concluir seus estudos secundários. 

Mas o grande marco do início de sua carreira revolucionária foi a fundação da União para Derrubar o Imperialismo em outubro de 1926, organização revolucionária que abarcava os jovens coreanos da nova geração aspiravam à restauração da pátria e construção de uma nova Coreia onde as massas populares exercessem papel de mestres da sociedade. Embora fossem aceitos jovens de diferentes vertentes, o marxismo-leninismo era a ideologia central, o que representava um importante avanço na causa de libertação da pátria e também na causa comunista na Coreia, que iniciaria sua segunda fase.

Fundou em dezembro de 1926 a União das Crianças Saenal, com semelhante objetivo, abarcando coreanos da tenra idade, e em 28 de agosto de 1927 formou a União da Juventude Comunista. Ainda em dezembro daquele ano, organizou também a Liga da Juventude Paeksan, buscando expandir o alcance do movimento independentista.

Empreendendo viagens para várias localidades em território chinês onde residiam coreanos, estabeleceu filiais, como a da Juventude Antiimperialista em Jiaohe em maio de 1928. Formou ademais a União dos Camponeses em Xinantun, em 10 de março de 1928 e a organização sindical antijaponesa em 25 de agosto do mesmo ano.

Também envolveu-se no campo artístico, incentivando e participando de produções artísticas de caráter patriótico que elevasse o ímpeto dos coreanos para lutar pela grande causa da restauração do país e, em uma dessas viagens, acabou preso. Todavia, graças aos esforços de sua mãe que contava com muitos amigos na localidade, conseguiu ser liberto pouco depois.

Sem intimidar-se ante a repressão das forças reacionárias chinesas e do imperialismo japonês, seguiu suas atividades revolucionárias e publicou a primeira edição de "Saenal", primeiro jornal de caráter independentista que condenava duramente as ações do imperialismo japonês e infundia na população as ideias progressistas, em Fusong, e posteriormente publicou "Leitura de camponês" no verão de 1929, elevando o ímpeto dos camponeses, cansados da exploração colonial.

Por liderar movimentos contra as maquinações anti-soviéticas do Kuomintang e a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong do imperialismo japonês, acabou preso pelos chineses, permanecendo até maio de 1930.

Saindo da prisão pela segunda vez, continuou suas atividades revolucionárias e entre o final de junho  e o começo de julho de 1930, organizou a célebre Conferência de Kalun com membros da União da Juventude Comunista e da União da Juventude Imperialista, onde apresentou pela primeira vez a Ideia Juche, além das orientações para ações futuras na luta armada antijaponesa. Uma importante questão apontada na oportunidade foi a de que a libertação da Coreia, bem como a revolução coreana em si, deveriam ser empreendidas e logradas pela força do próprio povo coreano, além de que deveria-se avançar à luta armada.

É essencial destacar que a União Soviética não prestou nenhuma ajuda material aos revolucionários coreanos até o final da década de 30 e o começo da década de 40. Embora os apoiassem, os soviéticos tinham outras questões a serem tratadas no momento e não viam como prioridade o apoio material aos comunistas coreanos. 

As armas e outros equipamentos, ademais dos suprimentos, eram provenientes de ex-membros do velho exército independentistas ou produzidos pelos próprios coreanos, de algumas unidades chinesas antijaponesas que cooperaram com os coreanos em determinado momento e, na maioria dos casos, roubados dos imperialistas japoneses ou dos reacionários chineses. Os suprimentos, em especial, provinham em grande parte da ajuda ativa da população.

Pouco depois da Conferência de Kalun, Kim Il Sung formou a primeira organização partidista, a "Associação de Camaradas Konsol", base para a futura construção do partido, levantada na referida reunião.

Naqueles tempos, o líder que alcançara sua maioridade, era amplamente conhecido entre os coreanos residentes no território chinês e também dentro da Coreia, embora neste último sua imagem fosse ficar mais conhecida alguns anos depois.

Foi convidado, nesse tempo decisivo, para ir à União Soviética estudar (como fizeram outros comunistas coreanos, inclusive alguns companheiros próximos) mas recusou, dizendo que a revolução coreana tem suas especificidades que devem ser compreendidas na prática e que os soviéticos, que lograram êxito em seu país, não poderiam dar as instruções necessárias para a vitória da revolução coreana.  

Logo após, no outono de 1930, partiu à Manchúria do Leste para expandir suas organizações revolucionárias e já em setembro de 1930 foi à área de Onsong, território coreano fronteiriço, promover as primeiras organizações dentro do país, regressando logo depois ao território chinês, mas especificamente em Wujiazi, condado de Huaide.

Em 25 de abril de 1932 fundou a Guerrilha Popular Antijaponesa (que posteriormente seria convertida no Exército Revolucionário Popular da Coreia) com fervorosos comunistas e outros patriotas determinados a oferecer suas vidas pela causa da restauração da pátria. E a partir de então, iniciou-se anos severos de intensas e renhidas lutas contra os imperialistas japoneses sob o comando de Kim Il Sung, chamado de General por seus camaradas de armas e pela população.

O nome Kim Il Sung foi dado-lhe por seus companheiros, assim como "Han Pyol". O primeiro significa "tornar-se um sol" e o segundo, "uma estrela", e representam a esperança depositada pelo povo sobre ele, figura ativa na luta antijaponesa que trazia êxitos impressionantes com suas táticas militares destacadas, além de seu invejável conhecimento político e nobres traços morais, que fizeram dele uma liderança carismática adorada pelo povo.

Os severos e decisivos anos de luta armada e formação da frente unida.

Com a formação da Guerrilha Armada Antijaponesa, a guerra antijaponesa de libertação nacional entrou em nova etapa, tornando-se mais organizada e coesa, seguindo uma direção unificada, o que permitiu lograr grandes vitórias em batalhas de vida ou morte contra as poderosas e numerosas forças do imperialismo japonês.

Pode-se dizer que a luta armada antijaponesa é posterior à fundação das forças armadas revolucionárias, compreendendo um espaço de um pouco mais de 20 anos. Isso porque já na segunda metade da década de 1920 já eram empreendidas novas batalhas de grupos armados contra os imperialistas japoneses após o hiato provocado pela derrota do exército independentista e o de voluntários, ainda sem a participação ativa do General Kim Il Sung que despontava como promissor ativista mobilizador das massas da juventude.

Já nos anos da década de 1930, quando o grande Líder assumiu posições importantes e ganhou notável reconhecimento e confiança dos companheiros de armas, a guerra antijaponesa alcançou seu auge com a combinação de táticas autóctones de estilo guerrilheiro e a organização férrea das filas de revolucionários.

Para isso, o Líder ofereceu instruções importantes para o avanço vitorioso da revolução coreana e resolveu perfeitamente os problemas que se apresentavam na formação da frente unida nacional, que reunisse as amplas massas do povo, independentemente de critérios políticos, crenças religiosas, classe social, etc.

Fundando em 5 de maio de 1936 a Associação para a Restauração da Pátria ele assegurou o fortalecimento da frente unida nacional, ampliando a rede de influência a todas partes da Coreia, em localidades na Manchúria e até mesmo no Japão, onde residiam coreanos. Esse foi um importante remédio para se livrar de vez do faccionalismo.

Sobre o faccionalismo, doença que assolou o movimento de libertação e o comunista de primeira etapa, o grande Líder já havia apresentado em várias ocasiões, em reuniões com quadros partidários, militares e comissários políticos, ademais de membros de organizações juvenis, as diretivas para combater a tendência às disputas de caráter individualista, dando precedência à unidade de propósito, além dos desvios de direita e de esquerda cometidos sem critério por alguns que vieram a causar grandes perdas.

O grande guia orientador para esta tarefa foi seu discurso "Acabemos com o faccionalismo e fortaleçamos a unidade e coesão das filas revolucionárias", tese publicada em folheto em 10 de maio de 1933.

A Associação para a Restauração da Pátria definiu um importante "Programa de 10 Pontos" que já apresentavam medidas a serem implementadas futuramente, quando a Coreia fosse liberada, como o confisco de bens dos japoneses, a abolição do imposto colonial do imperialismo japonês e a substituição por um de novo tipo, o estabelecimento da carga horária trabalhista de 8 horas, etc.

Nesta década também, mais precisamente na segunda metade, os revolucionários coreanos estabeleceram-se nas áreas do monte Paektu, organizando acampamentos secretos nas densas selvas da gélida montanha, e orientando-se a partir dela aos combates de diversos tipos de acordo com as circunstâncias objetivas e subjetivas.

O monte sagrado da revolução serviu de importante ponto estratégico para os combatentes antijaponeses prontamente adentrarem no território coreano e escapar do cerco dos imperialistas, ao ser um local de difícil acesso, pouco conhecido no geográfico pelas forças de agressão, e um elo de ligação entre os territórios de China e Coreia.

Se outrora, no início da década haviam sido estabelecidas as bases guerrilheiras com a formação do "Governo Popular Revolucionário" nas áreas liberadas às margens do rio Tuman, agora a zona de alcance havia sido estendida.

Sobre o Governo Popular Revolucionário, formado como uma organização da população sobre as leis e normas que regiam aquele território, é importante salientar que é diferente da Comuna ou o Soviet. 

Em outros momentos, os faccionalistas tentaram organizar modelos semelhantes a estes citados sem nenhum critério ou análise sobre as condições objetivas do país, e causaram grandes danos, aniquilando insensatamente os latifundiários progressistas, estabelecendo "posse comum" todas as coisas privadas como terra, alimentos, instrumentos agrícolas, etc. Visando criar um governo gerido pela população de estilo coreano, que atendesse à realidade local, o Líder deu as orientações condizentes, que culminaram com o estabelecimento de leis justas que diminuíram a carga sobre a classe trabalhadora e promoviam o progresso social e as relações humanas.

Dentre as batalhas tivemos as de defesa de guerrilha, as de avanços às vastas áreas, as de pequenas unidades, de ataque surpresa ou ataque à retaguarda inimiga, as operações de fura e, por fim, a ofensiva final.

Há várias batalhas que podem ser destacadas por sua significância no período da luta armada antijaponesa.

Podemos listar com importantes as seguintes: a de defesa da base de guerrilha de Xiaowangqing e outras em Xiaoyingziling, Dongning e cidades do condado de Fusong, Xigang, Hongtoushan, Limingshui, Pochonbo, Jiansanfeng, Taehongdan, Yushidong, Hongqihe, Bairiping, Dashahe-Dajianggang, nos arredores de Dashahe e nos arredores de Heixiazigou.

Mas há outras que representaram vitórias maiores como as de Jiansanfeng, da área de Musan, e a de Pochonbo. Essas representaram um êxito brilhante do ERPC frente às poderosas tropas punitivas do imperialismo japonês e demonstraram à todo o povo coreano e ao mundo que a Coreia estava viva.

Em especial, o assalto à Pochonbo, onde foi incendiado os postos de direção e agressão do imperialismo japonês e abatidos impiedosamente os inimigos, representou o avivamento do espírito nacional do povo coreano que estava adormecido sob a opressão da baioneta do inimigo.

Ademais, o logro na grande provação da "Marcha Penosa" desde o início de dezembro de 1938 até março do ano seguinte,  onde o grosso do ERPC caminhou de Nanpaizi no Nordeste da China até a área de fronteira perto do rio Amnok para se livrar do cerco do inimigo, demostrou patentemente que foi quebrada de vez a supremacia do Império japonês que não conseguia conter as forças revolucionárias mesmo despachando numerosos efetivos equipados com armamentos modernos.

O Japão, que estava envolvido na Segunda Guerra Mundial ao lado das forças tenebrosas do Eixo, com as quais compartilhava a ideologia torpe e sanguinária, estava sofrendo sucessivas derrotas em todas as frentes de batalha, mas prosseguia fazendo esforços desesperados para manter sua supremacia e seu status de "caudilho da Ásia", recrudescendo cada vez mais suas forças militares por todos os meios possíveis.

Era evidente que a derrota seria o único caminho para o Japão, mas, sem render-se, os militaristas japoneses continuaram suas ações agressivas e desumanas até os últimos minutos de seu domínio colonial, por vezes até mesmo em tática suicida.

Ciente da situação internacional e já em contato com autoridades soviéticas e com a Internacional Comunista, o grande Líder preparou o plano para alcançar a vitória sobre os imperialistas nos anos da década de 1940.

Nesse período, foram imprescindíveis as alianças para derrotar o inimigo comum, o imperialismo japonês, que já encontrava-se caminhando em direção à derrota humilhante.

A aliança com forças internacionais e a libertação da Coreia.

A década de 1940 representava um momento decisivo para a revolução coreana, pois tornava-se propício estabelecer alianças com as forças chinesas e soviéticas no contexto da Segunda Guerra Mundial e alcançar em fim a libertação da Coreia.

O General Kim Il Sung disse em suas memórias, "No Transcurso do Século": "À medida que a década de 1940 se aproximava, a luta revolucionária anti-japonesa entrou em um novo estágio de desenvolvimento, quando se tornou capaz de abrir uma fase decisiva no curso da realização da libertação nacional. Um aspecto importante de nossa luta durante esse período é o fato de termos organizado as Forças Aliadas Internacionais na União Soviética com nossos camaradas de armas chineses e soviéticos no verão de 1942 e participado de preparativos políticos e militares de todas as maneiras possíveis, a fim de aniquilar os imperialistas japoneses."

O grande Líder foi pela primeira vez à União Soviética atravessando a fronteira entre a Manchúria e a URSS em novembro de 1940 para participar de uma reunião do Comitern que trataria também da questão da revolução coreana, ademais da luta contra o fascismo e a libertação dos povos dos países coloniais em todo o mundo.

Trocando experiências sobretudo com camaradas soviéticos e chineses, definiu a posição favorável a formar as Forças Aliadas Internacionais, com o Exército Aliado Antijaponês do Nordeste unindo-se com o grosso do Exército Revolucionário Popular da Coreia e unidades do Exército Vermelho no Extremo Oriente.

"Por volta de Juche 32 (1943), quando a União Soviética estava travando uma guerra em larga escala contra a Alemanha, a liderança soviética tomou medidas para fortalecer a seção do Estado Maior encarregado do Extremo Oriente e reorganizou as forças do Extremo Oriente para operações em tempo de guerra. Stalin substituiu os comandantes da Frente do Extremo Oriente e exércitos por generais que tinham uma rica experiência na guerra contra a Alemanha.

O comandante da frente Apanasenko foi enviado para a frente de Voronezh, ao sul de Moscou, como vice-comandante e Purkayev, comandante da Frente Kalinin, foi nomeado comandante da Frente do Extremo Oriente.

Em Juche 33 (1944), quando as forças soviéticas estavam ativamente engajadas em operações militares na Europa Oriental, Stalin ordenou que fossem enviados rapidamente reforços para a região do Extremo Oriente, a fim de aumentar ao máximo as forças de lá." (No Transcurso do Século)

Enquanto esteve na União Soviética, o General Kim Il Sung não foi um "General do exército soviético", mas o comandante coreano que atuava em conjunto com outros comandantes de forças soviéticas e chinesas. A URSS tinha como objetivo derrotar o Japão, adversário na Segunda Guerra Mundial; a China queria livrar-se do imperialismo japonês que invadiu seu pai; e os coreanos queriam se livrar do jogo colonial do imperialismo japonês após mais de quatro décadas de sofrimento.

Unidos sob a bandeira da luta antijaponesa, eram uma frente poderosa que traria benefício a todas as nações.

É preciso pontuar também a visão dos revolucionários coreanos e dos chineses sobre a URSS.

A União Soviética, primeiro Estado socialista do mundo, representava uma grande esperança para todas as forças progressistas que ansiavam a libertação da classe trabalhadora das correntes de opressão do capital. 

Tanto os coreanos como os chineses tinham grande admiração por aquele país que se edificava, e se inspiravam na luta vigorosa dos soviéticos para realizar suas próprias revoluções. Ademais, realizaram operações de defesa da URSS ao combater os imperialistas em zonas fronteiriças, demonstrando apoio internacionalista.

Da mesma forma, a URSS tinha apreço pela luta revolucionárias nesses dois países, porém era cautelosa em suas ações, esperando o momento adequado para prestar o apoio necessário para esses, sem buscar, da mesma forma, oferecer "de presente" a libertação para um ou outro ou "fazer uma revolução" para estes. O apoio internacionalista não pode ser interpretado como simples ação que com interesses ocultos, mas como uma obrigação moral dos comunistas que desejam a vitória desta ideologia em escala mundial.

Entre 1932 e 1939, ocorreram um pouco mais de 1000 conflitos fronteiriços provocados pelos imperialistas japoneses. Em vista disso, o General Kim Il Sung lançou o lema "Defendamos a União Soviética com armas!" e frustrou várias operações ofensivas dos agressores japoneses contra a URSS, ganhando grande admiração também do povo soviético.

Em suma, a União Soviética representava um potencial aliado com quem a nova Coreia poderia obter o apoio material necessário para desenvolver rapidamente o país. Isso, por outro lado, não significa "dependência" ou "tutela permanente", mas o estabelecimento de relações comerciais justas que atendessem aos interesses dos povos de ambos países 

No transcurso de sua carreira político-militar dirigindo a Guerra antijaponesa, o grande Líder concebeu, através de experiências obtidas e aprendidas, que um país dependente está condenado à ruína. Por isso, estabeleceu ainda nos tempos de luta severa contra os imperialistas japonês a linha de construção de uma economia independente, baseada nas próprias forças e recursos.

Estabelecer uma economia independente não significa rejeitar o comércio com outras nações, mas preconiza o fortalecimento das próprias forças produtivas, de modo que o país possa caminhar por si mesmo.

Em vista das condições objetivas da Coreia, que encontrava-se em ruínas pela exploração colonial predatória do imperialismo japonês de quatro décadas, o suporte da URSS, poderoso país socialista em prosperidade, seria de grande importância para o progresso econômico-social da nova Coreia. Por isso, o General Kim Il Sung, em suas primeiras visitas à URSS conversou com autoridades competentes sobre diversos assuntos e ratificou sua intenção de estabelecer relações de amizade e cooperação com aquele país em base de benefício mútuo.

Transcrevo uma passagem de "No Transcurso do Século" onde o General conta um pouco sobre estas conversações e aclara sua posição de construir uma Coreia independente com apoio da URSS:

"Levantei a questão de abolir as notas de moeda emitidas pelo quartel-general do exército soviético e emitir nossa própria moeda nacional, a questão da nacionalização das indústrias, a necessidade de assistência soviética em nosso trabalho de reorganizar o ERPC em um exército regular moderno e alguns outros problemas.

Os imperialistas japoneses, cientes da relação dos coreanos com os soviéticos na década de 1940, intensificaram sua propaganda anticomunista, "alertando" aos coreanos que poderiam ser "vítimas da URSS" ou se tornarem "bode expiatório" de Stalin. As figuras reacionárias, sobretudo os latifundiários coreanos colaboracionistas, também aderiram a esta propaganda como tentativa desesperada de conter o avanço revolucionário no país.

Também nessa época, o chamado "Comando Punitivo Nozoe" do imperialismo japonês passou a oferecer 1000 yuans pela cabeça do Líder.

Pode-se pontuar também que dentre os combatentes coreanos haviam alguns que participaram da revolução russa e estabeleceram laços cordiais com os bolcheviques. Dentre eles havia o General Hong Pom Do que reuniu-se até mesmo com Lenin, e faleceu em terras estrangeiras pouco antes da libertação. Essa relação foi um facilitador no estabelecimento das relações Coreia-URSS.

Após o estabelecimento da base político-militar no Extremo Oriente Soviético com a formação do Exército Aliado em 1941, o grande Líder regressou à Coreia para apontar as diretivas para a resistência de todo o povo, concentrando-se em fortalecer as unidades de resistência em várias localidades ao longo de toda a Península Coreana.

Em uma reunião dos quadros militares e políticos do ERPC convocada na primeira metade de janeiro de 1943, apresentou as 3 linhas para a libertação da pátria, a qual consistia em iniciar, quando fosse criada a conjuntura, a ofensiva geral do ERPC e, em combinação com esta, a resistência de todo o povo e a operação conjunta na retaguarda do inimigo das pequenas unidades do EPRC e dos grupos de levante armado.

De acordo com seu plano operacional, as unidades que haviam se estabelecido no monte Kanbaek deveria se mover por rotas predeterminadas para diferentes províncias, enquanto as unidades concentradas nas áreas ao longo do rio Tuman deveriam avançar para as áreas ao longo dos rios Tuman e Amnok e da área de Chongjin.

Planejou também transportar por via aérea as unidades que permaneceram na base de treinamento na região do Extremo Oriente soviético para Pyongyang e outras áreas para ocupar as bases secretas que haviam sido construídas e lançar operações militares em pleno andamento. Além disso, as pequenas unidades e comissários políticos do ERPC ativos na pátria deveriam expandir as organizações de resistência em grande escala e despertar o povo para a resistência massiva para que todos se unissem ao ERPC em sua ofensiva em todas as partes do país.

Na reunião dos quadros militares e políticos do ERPC realizada em 10 de maio de 1945, explicou os detalhes da operação de ataque final e o conseguinte plano concreto de ações, ou seja, o objetivo geral, a forma básica da operação para a libertação da pátria e a formação de forças, baseando-se nas três linhas apresentadas para a mesma. E lançou o lema revolucionário “Toda força para a vitória final da grande guerra antijaponesa!”.

Posteriormente, foi aos acampamentos secretos dos montes Kanbaek, Yonsa, Puryong, Rajin e outros lugares e tomou as medidas para exortar à batalha decisiva contra o império as pequenas unidades, grupos do ERPC e organizações revolucionarias, incluindo a resistência popular. E divulgou o plano de operação de ataque final em uma reunião dos quadros militares e políticos do ERPC convocada em 30 de julho de 1945.

Também em julho de 1945, teve uma consulta com os principais comandantes das Forças Soviéticas do Extremo Oriente sobre a campanha conjunta do ERPC com o exército soviético que iria participar na guerra contra o Japão de acordo com um acordo internacional, e adotou medidas concretas para o efeito. Ele também participou de uma reunião realizada em Moscou em relação às operações contra o Japão. Durante a reunião, ele se encontrou com Zhdanov e Zhukov, altos quadros do Partido e do exército soviéticos, aos quais esclareceu sua atitude de princípio com relação à questão da situação militar e política e à questão da construção de um Estado independente e soberano após a libertação.

Apesar da frenesi dos imperialistas japoneses, que haviam descoberto até 1942 cerca de 180 organizações independentistas com cerca de 500.000 membros, foram criadas novas e expandidas outras que haviam sofrido perdas. Foi criada, por exemplo, em Songjin (atual cidade Kim Chaek) a Associação Paektusan em 1942 e, no ano seguinte, as "Tropas Kim Il Sung" em Seul.

As organizações da Associação para a Restauração da Pátria tinham papel fundamental em estabelecer o elo entre as organizações independentistas e organizar as operações no momento da ofensiva geral do ERPC.

Finalmente, em 9 de agosto de 1945, Kim Il Sung ordenou às unidades do ERPC iniciar a ofensiva geral para a libertação do país.

Sobre este momento de grande significância histórica, ele disse:

"Ao retornar de Moscou, convoquei os oficiais do ERPC e informei-os sobre minhas atividades em Moscou. Sob o acordo que fez com seus aliados, a União Soviética declarou guerra ao Japão em 9 de agosto de 1945 e entrou em hostilidades com o exército japonês. No mesmo dia, ordenei ao ERPC que iniciasse a ofensiva geral pela libertação da pátria. Eu cuidei para que as unidades do ERPC, antes de iniciar as operações finais, surpreendessem vários pontos de importância estratégica nas zonas fortificadas na área de fronteira, incluindo Tho-ri, condado de Unggi, e Nanbieli e Dongxingzhen, condado de Hunchun, criando confusão no sistema de defesa do inimigo e atacar as tropas e armas inimigas nas zonas fortificadas."

As unidades do ERPC, fiéis à sua ordem para uma ofensiva geral, avançaram como ondas furiosas, em contato próximo com o exército soviético, aniquilando o exército agressor japonês.

As unidades do EPRC que ocupavam posições ofensivas ao redor do acampamento secreto no Monte Kanbaek para as operações finais avançaram conforme planejado, fortalecendo suas fileiras.

As unidades no rio Tuman romperam as fortalezas inimigas na fronteira de uma só vez, libertaram Kyongwon (atual Saeppyol) e Kyonghung (atual Undok) e fizeram um ataque em Sonbong, liberando amplas áreas da pátria.

Algumas unidades, agindo como grupos avançados para a força de desembarque, pousaram em Sonbong em estreita cooperação com a força terrestre e, explorando esse sucesso, continuaram a avançar para a área de Chongjin.

Outras unidades, tendo tomado Jinchang, Dongning, Muling e Mudanjiang, perseguiram as tropas inimigas e deram golpes fatais no Exército Kwantung antes de prosseguir em direção ao rio Tuman.

Em resposta às operações ofensivas finais, as pequenas unidades e agentes políticos do ERPC que tinham estado ativos na pátria incitaram corpos paramilitares, organizações de resistência armada e amplos setores do povo a revoltas armadas. Eles perseguiram o inimigo na retaguarda, atacando corajosamente as tropas agressoras imperialistas japonesas, a gendarmaria e os estabelecimentos de polícia, em forte apoio às unidades do ERPC que avançavam.

As organizações de resistência em Cholwon e Poptong na província de Kangwon e em Sinuiju na província de Phyongan Norte atacaram subestações policiais locais e postos de guarda de fronteira e ocuparam o departamento de polícia provincial e o edifício do escritório provincial. Eles também desarmaram retardatários inimigos escondidos no campo de aviação.

Na Província de Phyongan Sul e em Pyongyang, uma grande unidade de resistência centrada no Corpo de Libertação da Pátria invadiu um arsenal e ocupou os edifícios provinciais e escritórios da cidade. Enquanto isso, as organizações de resistência na província de Hwanghae também atacaram e contiveram as tropas inimigas em vários locais.

Duramente atingido pelos ferozes ataques das unidades do ERPC e do exército soviético e pelos golpes decisivos da persistente resistência nacional, o imperialismo japonês declarou com grande pressa sua rendição incondicional em 15 de agosto, apenas uma semana após o início das operações.

Enquanto comandava as unidades da linha de frente do ERPC, Kim Il Sung foi ao campo de aviação no comando das tropas para serem transportadas de avião para pontos vantajosos na terra pátria, conforme previsto no plano para as operações ofensivas finais.

O plano operacional das tropas aerotransportadas, no entanto, teve de ser cancelado, porque os imperialistas japoneses se renderam inesperadamente. Kim Il Sung organizou e liderou a luta para exterminar os remanescentes do exército agressor japonês, que ainda ofereciam resistência, mesmo após a declaração de rendição incondicional do Japão, e finalmente destruir o sistema de governo colonial japonês.

Em 16 de agosto de 1945, um dia após a declaração de rendição incondicional do Japão, o Governo-Geral do Japão na Coreia e a sede do distrito militar coreano emitiram o "Esboço para o Controle de Movimentos Políticos" e deu ordens a unidades subordinadas em diferentes partes do país para suprimir a luta de libertação do povo coreano, na tentativa de manter seu sistema de governo colonial.

Kim Il Sung ordenou que as unidades do ERPC e as forças de resistência na pátria destruíssem impiedosamente os retardatários do exército agressor japonês e os estabelecimentos de governo do inimigo.

As unidades do ERPC e as forças de resistência nacional varreram os remanescentes do exército japonês, desarmaram-os, destruíram os corpos dominantes coloniais e formaram organizações do Partido e de administração autônoma local e órgãos de segurança, e estabeleceram uma nova ordem voltada para o povo.

As organizações de resistência e corpos armados na Coréia, excluindo aqueles nas províncias de Hamgyong Norte e Sul, invadiram e destruíram quase 1.000 órgãos do inimigo em uma semana em meados de agosto.

A Coreia estava enfim liberada, graças aos esforços de mais de 20 anos de luta armada antijaponesa que fizeram o imperialismo japonês se render ante ao heroico povo coreano.

Conclusão

Conhecendo detalhadamente a história revolucionária da Coreia pela libertação nacional, podemos concluir que é um absurdo dizer que a restauração da pátria foi um presente oferecido por uma potência estrangeira.

Foi graças aos sacrifícios imensuráveis do povo coreano na luta contra um inimigo poderoso que a Coreia tornou-se um país independente novamente. E o único libertador da Coreia é aquele que dirigiu a luta armada antijaponesa desde a década de 1920, o General Kim Il Sung, o Sol que trouxe novamente a luz à Coreia que estava apagada do mapa-múndi.

Os soldados do Exército Vermelho, em especial as tropas da 88º brigada, também tiveram grande importância na causa de libertação da Coreia e jamais serão esquecidos pelo povo coreano. Todavia, não foram eles sozinhos, em um único momento, que lograram a vitória sobre o imperialismo japonês.

A postura arrogante do governo russo - refletida na postagem citada - transmite a ideia de que os soviéticos entraram na Coreia e libertaram aquele povo em apenas uma semana de batalha.

E todas as batalhas travadas pelos coreanos nas décadas anteriores que causaram grandes danos ao sistema de domínio colonial do imperialismo japonês?  E o sangue derramado pelos mártires coreanos na batalhas severas contra o inimigo poderoso e seus méritos milagrosos, eles valem menos que os dos soviéticos?

A verdade é que a URSS entrou na Coreia em 9 de agosto, sob pretexto da guerra contra o Japão no contexto da Segunda Guerra Mundial, no momento decisivo da luta armada antijaponesa que foi do início ao fim lutada pelos coreanos.

Diferente do governo da URSS, liderado pelo camarada Stalin, que respeitava a luta do povo coreano e apoiava sua luta pela construção de um país independente, o governo russo maneja os acontecimentos históricos ao seu favor, considerando tudo como seu mérito, e olhando para a Coreia socialista somente como um país estrategicamente importante.

A construção da nova Coreia, suas implicações e o regresso triunfal do Herói da Nação.

Após alcançada a histórica causa da libertação nacional, o General Kim Il Sung, que estava de volta à URSS fazia os preparativos para seu regresso triunfal e ajudar a construir uma nova Coreia.

Após a destruição dos organismos do imperialismo japonês e do regresso de soldados japoneses ao seu país escoltados pelas tropas soviéticas, foram estabelecidos órgãos provisórios do governo popular, incluindo autonomias locais e comitês populares com a participação de autoridades militares e políticas coreanas e soviéticas.

Esperando ansiosamente pelo regresso do General, muitos de seus camaradas de armas, agora em órgãos diretivos, organizaram cerimônias de boas-vindas ao Líder, mobilizando as amplas massas entusiasmadas para encontrar-se novamente com o libertador da nação.

Em 20 de agosto, cinco dias após a libertação da Coreia, Kim Il Sung organizou em solo soviético uma reunião com quadros políticos e militares do ERPC acerca da construção da nova Coreia, do planejamento de regresso à pátria e sobre o fortalecimento desta força armada em regulares com apoio do Exército Vermelho, ademais de outros temas políticos.

Por razões de segurança, já que o imperialismo japonês ainda mantinha algumas raízes alimentadas por figuras reacionárias e traidoras da nação, o regresso do Líder só ocorreria em setembro.

Guiado pelo coronel do quartel-general nº do Extremo Oriente, chegou ao porto de Vladivostok. O capitão garantiu que o navio chegaria em segurança e em velocidade média ao porte de Wonsan dentro de um dia e uma noite.

Ninguém na Coreia, exceto as autoridades soviéticas e coreanas, estavam cientes do regresso do General na data definida. Para evitar aglomeração e possíveis riscos à vida do Líder coreano, não houve nenhum informativo sobre seu regresso que foi mantido em segredo.

Enfim chegou ao porto de Wonsan sendo recebido por funcionários locais do partido e do comitê popular, além dos soviéticos. Após alguns dias de reuniões importantes e preparações de itinerário,  o Líder partiu de Wonsan à Pyongyang de trem em 20 de setembro junto com alguns companheiros que iriam trabalhar na área da costa oeste.

Chegou em Pyongyang na manhã em 22 de setembro e logo transladou-se de forma discreta à sua terra-natal, encontrando-se com seus familiares e outros conhecidos e funcionários do partido e autoridades soviéticas.

Eram organizados os preparativos para a aparição do Líder ante às massas populares que viria a acontecer em 14 de outubro.

Na tarde daquele 14 de outubro de 1945, foi organizado um grande comício em celebração à libertação da pátria, anunciando o regresso do General Kim Il Sung. Na ocasião estavam presentes muitas figuras patrióticas coreanas e generais soviéticos.

Kim Il Sung foi escoltado de carro até o local da cerimônia, onde proferiu um discurso histórico para mais de 100 000 pessoas.

Esse momento é descrito como o regresso triunfal do Líder à pátria.

Após esse evento, a construção da nova Coreia oficialmente era iniciada (embora os preparativos já tivessem sido feitos anteriormente) sob a direção do Líder e de outras autoridades, incluindo as soviéticas que exerciam controle provisório sobre a Coreia do Norte.

Foi estabelecido em fevereiro de 1946 o Governo Popular Provisório da Coreia do Norte e posteriormente foi substituído pelo Governo Popular da Coreia do Norte em 1947, até a fundação da República Popular Democrática da Coreia em setembro de 1948.

Sob aprovação de Kim Il Sung e outros Generais coreanos e figuras patrióticas, foi aceita a proposta de tutela sobre a Coreia (como um todo) de EUA e URSS pelo período de até cinco anos, com a proposta de respeitar e consultar os partidos políticos e organizações públicas, de forma a garantir que a Coreia pudesse se desenvolver como Estado democrático e independente.

Em conversações posteriores à libertação da Coreia com autoridades soviéticas, o Líder já havia debatido sobre a questão e definido aos soviéticos que a Coreia tornaria capaz de andar com as próprias penas no período de três a cinco anos, causando surpresa aos soviéticos já que as autoridades estadunidenses propunham nas reuniões sobre a questão coreana que a Coreia deveria ficar sob tutela por décadas.

Houve resistência dentro da Coreia do Norte ao sistema de administração de tutela, considerando que os coreanos ficariam reféns de uma grande potência novamente, incluindo de Jo Man Sik, importante figura política do país que era presidente do comitê popular da província de Pyongan Sul.

Porém, com apoio da maioria, foi estabelecido o sistema de tutela provisório.

Esta proposta, organizada e revisada já há alguns anos pelos soviéticos e coreanos, foi discutida e aprovada na Conferência dos Ministros das Relações Exteriores de Moscou realizada em dezembro de 1945 e recebeu respaldo oficial de Kim Il Sung e de vários quadros políticos coreanos nos últimos dias daquele ano marcante na história da Coreia.

Os contrários à este sistema de tutela pediam a total autonomia e se encontravam também no sul da Coreia.

Porém, as realidades do norte e do sul eram completamente distintas.

As tropas estadunidenses entraram no sul da Coreia em setembro de 1945 estabelecendo uma administração militaristas que reprimia as forças democráticas do povo coreano, os explorava igualmente aos imperialistas japoneses, e exigiam que seguissem cabalmente suas ordens.

Estabeleceram punições severas para quem se opusesse às diretivas do comando militar estadunidense, ademais de apoiar-se nos lacaios do imperialismo japonês e até mesmo militares japoneses que oprimiam o povo coreano.

Por outro lado, a URSS garantiu a ampla participação dos coreanos nas decisões importantes sobre o país, desde adoção de leis até as eleições democráticas, garantindo os direitos e liberdades genuínos do povo coreano. Pode-se dizer que as autoridades soviéticas trabalharam de mãos dadas e ombro a ombro com os coreanos, tendo o General Kim Il Sung como a figura máxima que liderava o Partido Comunista (que posteriormente se tornaria o Partido do Trabalho da Coreia em fusão com outro partido democrático) e que seria eleito como Presidente do Comitê Popular Provisório em fevereiro de 1946.

Ainda em 1945, pouco depois da libertação, algumas tropas soviéticas deixaram a Coreia e, com a proclamação da República Popular Democrática da Coreia em 9 de setembro de 1948, todas as tropas soviéticas deixaram o território coreano, respeitando a soberania do novo Estado independente levantado naquele território.

Por outro lado, os EUA manteve suas tropas e atuou de forma unilateral nas negociações sobre a questão coreana, continuando seu domínio militar sobre a Coreia do Sul e posteriormente forjando um governo lacaio liderado por Syngman Rhee, escória da nação que jamais recebeu votos do povo coreano amante da liberdade e democracia.

Graças ao apoio soviético, a Coreia logrou grande avanço no fortalecimento de suas forças produtivas, a melhoria da vida do povo em geral, e a conversão do Exército Revolucionário Popular da Coreia no Exército Popular da Coreia, forças armadas revolucionárias regulares.

Foi graças ao General Kim Il Sung a libertação e a exitosa construção da nova Coreia.

Informação complementar: https://bit.ly/2PYNKAn

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