quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Primeira companhia feminina

 

Nos anais da Luta Revolucionária Antijaponesa organizada e dirigida pelo General Kim Il Sung, está marcada a historia da primeira companhia feminina.

Naquele tempo quase ninguém considerava que as mulheres, junto aos homens, poderiam participar em uma prolongada luta armada.

De geração em geração, sua única herança era nada mais que as correntes de opressão e os sofrimentos. A sociedade feudal da Coreia oprimiu e maltratou as mulheres segundo o convencionalismo da supremacia masculina e o desprezo para com as mesmas, considerando-as como objeto de trato inumano. Depois que ocuparam a Coreia, os imperialistas japoneses somaram a essa desgraça também a de ser instrumento e mercadoria, e as qualificaram de escravas sem pátria.

A Revolução Antijaponesa significou um ciclone que arrancou pela raiz esses males e injustiças e um evento do século que conduziu as coreanas pelo caminho da luta revolucionária.

Na década de 1930, na medida que se impulsionava a luta armada antijaponesa sob a sábia direção do General Kim Il Sung, as mulheres alcançaram suas vozes para exigir sua admissão. Solicitavam fortemente que permitissem-lhes ser combatentes e liquidassem com armas mesmo que apenas alguns dos inimigos que assassinaram seus pais e irmãos, para assim aplacar seu rancor.

Posteriormente, Kim Il Sung escreveu em suas memórias: “Francamente, a principio, também acreditei que era irrazoável o serviço das mulheres no exército. Tinha a ideia de que eram mais débeis que os homens e, em consequência, o errôneo conceito de não poderiam suportar o peso da luta guerrilheira.”

Em abril de 1936, no bosque perto de Manjiang se proclamou formalmente o nascimento da companha feminina adjunta ao comando do Exército Revolucionário Popular da Coreia. Pak Rok Kum foi nomeada como a chefe.

A foto da primeira chefe de companha feminina qualificada como mulher poderosa por seus companheiros e companheiras de armas, está exibida no Museu da Revolução Coreana.

Elas, embora obrigadas a suportar cargas físicas e tormentos espirituais difíceis mesmo para os homens, não retrocederam no caminho da revolução, mas entregaram até a vida e a juventude à sagrada luta para expulsar os imperialistas japoneses.

A companhia feminina existiu apenas seis meses, porém foi a primeira unidade feminina de combate na história militar da Coreia e seu nascimento constituiu um grande acontecimento que enterrou a ideia e o hábito secular da supremacia masculina e desprezo às mulheres, e elevou realmente a posição espiritual e social delas à mesma altura que a dos homens.

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