terça-feira, 23 de novembro de 2021

O sequestro e detenção dos coreanos são crimes graves que não têm prescrição (1)


Recentemente foi revelado o fato de que as autoridades de Nagasaki do Japão, autorizando à contra gosto o assunto da instalação do cenotáfio às vítimas coreanas da bomba atômica da época de dominação colonial no Parque da Paz que havia postergado por uns 7 anos, fez com que não fosse gravada a expressão “trabalho forçado” no memorial.

As vítimas coreanas da bomba atômica que foram sacrificadas injustamente em agosto de 1945 em Nagasaki são pessoas que foram sequestradas, detidas forçadamente e submetidas aos cruéis trabalhos de escravidão pelo imperialismo japonês que fazia esforços frenéticos para a invasão ao continente.

Na primeira metade do século 20, o Japão ocupou militarmente a Coreia e ocasionou ao nosso povo incontáveis danos humanos, materiais e espirituais. Porém, até hoje em dia evade um claro pedido de desculpa e uma indenização cabal.

Quanto mais o Japão elimine a expressão “trabalho forçado” e embeleze e camufle sua história cheia de delitos nos livros, maiores se tornarão seus delitos e não se apagarão nem mudarão em absoluto por mais que transcorra o tempo e mudem as gerações.

As brutalidades desumanas do imperialismo japonês que levou à força milhares de coreanos para usá-los como bucha de canhão e escravos laborais e sexuais e os obrigou a sofrer dores e mortes estão arraigadas na política de extermínio da nação coreana e são crimes graves patrocinados pelo Estado sem precedentes na história da humanidade.


A detenção forçada dos coreanos é um crime grave perpetrado pelo Estado.


O sequestro e detenção forçada dos coreanos perpetrados pelo Japão no século 20 mediante a mobilização das autoridades governamentais e militares são crimes brutais que superam a caça de escravos perpetrada na Idade Média.

O Japão, de forma bandidesca sequestrou e deteve forçadamente mais de 8.4 milhões de jovens e homens de mediana idade e os impôs o trabalho escravo e levaram à força 200 000 mulheres coreanas como escravas sexuais.

Com a expansão gradual da guerra de agressão, os maníacos de guerra do Japão se viram ante a escassez de efetivos militares e mão de obra.

O consumo colossal de recursos humanos e materiais necessários para a expansão da frente esgotou  completamente os efetivos militares e a mão de obra do Japão e o imperialismo japonês decidiu os compensar através da Coreia colonial.

Com o objetivo de deter e recrutar a mão de obra coreana mediante a força das autoridades governamentais, o imperialismo japonês fabricou continuadamente leis infames como a “Lei de Mobilização Nacional” (abril de 1938) e a “Ordem de Recrutamento Nacional” (julho de 1939) e as executou à força na Coreia.

O imperialismo japonês que, entrando na década de 1940 sofreu repetidas derrotas, revisou a ordem de recrutamento, fabricou as leis infames continuadamente e as executou. E assim recrutou à força os jovens e homens de meia idade da Coreia sem distinção de emprego, idade e sexo e os colocou nos lugares de trabalho duro e letal.

A princípio havia vezes em que o recrutamento se realizou em forma das chamadas “contratação os jornaleiros” e “mediação das autoridades”, uma combinação de apaziguamento e coação. Todavia, à medida que a guerra foi se expandindo, o imperialismo japonês tirou a máscara e perpetrou abertamente o sequestro e detenção forçada sob o pretexto de “recrutamento” e “recrutamento militar”.

Os métodos de sequestro utilizados pelo imperialismo japonês consistiam em uma combinação de rapto por sedução e o forçado pelas autoridades. Porém o principal foi o rapto realizado à força pelas autoridades e o de sedução também estava respaldado pela força das autoridades.

As vítimas do trabalho forçado, recrutamento militar e “corpo de consoladoras” impostos pelo imperialismo japonês também testemunharam unanimemente que o processo de detenção forçada não foi um simples “recrutamento” mas um rapto por sedução, sequestro e arresto forçados.

O fato de que o Japão sequestrou e deteve pela força e lhes impôs um cruel trabalho escravo constitui um crime gravíssimo de sequestro perpetrado pelo Estado do princípio ao fim.

Kim Jong Hyok, investigador do Instituto de Estudo sobre o Japão do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia.

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