quinta-feira, 21 de julho de 2022

Há que permanecer vigilante contra a revisão da constituição do Japão


Como um resultado das eleições da câmara de conselheiros efetuadas em 10 de julho passado, as forças que propõem a revisão da constituição ocuparam mais de dois terços dos postos do parlamento.

A respeito do resultado das recentes eleições, os veículos de imprensa estrangeiros estão avaliando unanimemente que a revisão da constituição do Japão se acelerará ainda mais.

Depois das eleições, o Primeiro-Ministro japonês, Kishida, disse que “Proporemos rapidamente o projeto de revisão constitucional ao parlamento” e expressou a disposição de acelerar a revisão da constituição.

Se a revisão da constituição é realizada, ou seja, se modifica o artigo 9 da “constituição pacifista” do Japão que estipulou o abandono da guerra e a negação da capacidade de guerra e do direito à beligerância, o Japão se converterá em um país capaz de fazer guerra.

As vozes de preocupação da sociedade internacional como os países asiáticos que se elevam atualmente em relação com a revisão constitucional do Japão são sumamente justas.

Isso é porque o Japão é um Estado criminoso de guerra que impôs incontáveis dores e desgraças ao povo coreano e aos de outros países asiáticos no século passado.

Ademais, a conduta descarada do Japão, que em vez de refletir corretamente sobre sua história de agressão, a nega e tergiversa, não é mais que uma expressão de sua vontade de repetir sua história de crimes.

A revisão da constituição do Japão não é, de maneira alguma, o começo da conversão em uma potência militar e dos preparativos para realizar sua ambição de nova agressão.

Desde muito tempo, as forças conservadoras direitistas vêm aumentando a capacidade de ataque destinando enormes fundos militares no ar, terra, mar, espaço cósmico e no setor cibernético pretextando a “ameaça do contorno” e estão tentando anotar claramente a posse da “capacidade de ataque à base inimiga" na “estratégia de segurança nacional” que será revisada no final do ano em curso.

Além disso, estão vociferando que elevarão os gastos militares a mais de 2% do PIB em 5 anos para possuir uma enorme força militar.

Se a revisão constitucional é alcançada e se legaliza a posse de exército de ataque, não há nenhuma garantia de que as botas sujas da atual “força de autodefesa”, que já foi transformada em uma perigosa força armada ofensiva, não se dirigirá à Península Coreana e aos países asiáticos outra vez como há mais de 100 anos.

Porém, o Japão não deve julgar erroneamente que a força e a vontade dos países asiáticos que desejam se defender da agressão das forças estrangeiras são iguais que as do século passado.

O Japão deve saber bem sobre a consequência catastrófica que acarretarão a revisão constitucional, o aumento de gastos militares e a posse da “capacidade de ataque à base inimiga" que persegue obstinadamente e não deverá atuar imprudentemente.

Ra Guk Chol, investigador do Instituto de Estudo sobre o Japão do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

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