Recentemente, na plenária do 76º período de sessões da Assembleia Geral da ONU, foi efetuado o debate sobre a “responsabilidade de proteção”.
Na reunião, muitos países como Cuba, Síria, Irã e Nicarágua condenaram duramente as intervenções armadas, assassinatos de civis e atos de padrão duplo que os EUA e o Ocidente perpetram contra os Estados soberanos sob o pretexto de “responsabilidade de proteção”.
Por outro lado, EUA e os países ocidentais assinalaram que, na atualidade, a crise de Ucrânia, Myanmar, Síria e Etiópia devem ser colocadas como assuntos aplicáveis da “responsabilidade de proteção” e falaram sobre uma contramedida coletiva.
A teoria da “responsabilidade de proteção” aclara que no caso de que o governo de um país, que tem a responsabilidade de proteger seus cidadãos dos crimes contra a humanidade como genocídio, crime de guerra e extermínio étnico, evada tal responsabilidade intencionalmente ou não tenha capacidade de cumpri-la, a sociedade internacional deve intervir e "proteger” e foi concebida pelos EUA e o Ocidente para maquiar seus atos criminosos perpetrados em vários países e regiões do mundo como na antiga Iugoslávia, na Líbia e no Iraque, e justificar as agressões e intervenções no futuro.
Isso é, em essência, um perigoso augúrio que sacode a pedra angular das relações internacionais na contramão da Carta da ONU que aclarou os princípios de igualdade de soberania e da não intervenção nos assuntos internos.
É consabido que os EUA e o Ocidente desintegraram e derrubaram governos eleitos legitimamente instigando os grupos de opositores políticos em muitos países do mundo e provocarão caos, desordem, conflitos armados e a crise de refugiados sob o rótulo falso de “liberdade” e “democracia”.
O próprio fato de que tais países falem sobre “responsabilidade de proteção” de alguém constitui um insulto à consciência e à justiça do mundo e à sociedade internacional.
Assegurar a segurança de vida e os direitos do povo constitui a a primeira responsabilidade dos governos dos respectivos países.
Nos EUA e no Ocidente ocorrem frequentemente as tragédias humanitárias como as mortes de civis causadas por todo tipo de armas de fogo, assassinatos e maus-tratos aos refugiados e imigrantes, violação dos direitos das crianças e das mulheres, que se propagam em seus territórios por causa da incompetência de seus governos. Tais países merecem justamente a aplicação da “responsabilidade de proteção” da sociedade internacional.
Os EUA e o Ocidente não devem dedicar-se às agressões e intervenções contra os países independentes que não lhes obedecem pretextando a “responsabilidade de proteção” e deverão dedicar todos seus esforços para assegurar a vida e a melhora do bem-estar de seus cidadãos.
Os membros da ONU devem discernir bem a essência reacionária da teoria da “responsabilidade de proteção” que defendem os EUA e o Ocidente e vigiar e rechaçar resolutamente a violação à soberania e a mínima intenção de intervenção nos assuntos internos.
Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia
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