sábado, 18 de abril de 2020
Quem é Thae Yong Ho? (2) - versão atualizada
Thae Yong Ho, agora chamado de "Thae Gu Min" para supostamente fugir da espionagem norte-coreana é, acima de tudo, uma escória humana que aproveita de sua posição privilegiada para fazer o mal, promovendo sofismas que visam o robustecimento da política confrontacionista anti-RPDC.
Recebido de braços abertos pelo então governo conservador sul-coreano em 2016 após ser acobertado pelo governo britânico, a escória humana que antes era um medíocre diplomata agora comemora uma cadeira na "Assembleia Suprema" após vencer as eleições legislativas no distrito de Kangnam, antro de conservadores.
Sendo ele o primeiro desertor norte-coreano (junto a Ji Song Ho, outro criminoso desprezível) a ocupar uma cadeira no órgão legislativo máximo da Coreia do Sul por via de eleição direta, a pergunta que fica é: irá ele representar a demanda de todos os desertores norte-coreanos?
A resposta é bastante óbvia para quem conhece minimamente como funciona o regime político podre da Coreia do Sul, embora o teatro deste sujeito, repleto de descomedimento, transmita à chamada "comunidade internacional" sua ambição por justiça.
Há várias perguntas sem respostas sobre o tal energúmeno. Uma delas é o porquê de ter se juntado à um partido reacionário como o "Partido Unido do Futuro", composto por figuras que abertamente apoiam os atos repressivos dos passados ditadores sul-coreanos, enquanto justifica sua deserção por "descontentamento com o regime" e apreço pela "democracia liberal".
Há quem diga que é apenas a lei da atração agindo. Afinal, os conservadores sul-coreanos e o ex-diplomata tem muito em comum, incluindo crimes de corrupção e violação sexual, para não falar do ar de esnobe e elitista.
Mas, para melhor explicar sobre quem é esse personagem patético que agora figura entre os parlamentares sul-coreanos, transcreverei a tradução do comentário da Agência Central de Notícias da Coreia datado de 20 de agosto de 2016 e em seguida farei comentários pertinentes ao tema.
Comentário da ACNC
Pyongyang, 20 de agosto (ACNC) -- Continuam a demagogia anti-República Popular Democrática da Coreia e a campanha de enfrentamento fratricida dos títeres sul-coreanos.
Recentemente, a camarilha traidora de Park Geun-hye levou à Coreia do Sul um norte-coreano que trabalhava na Representação (embaixada) da RPDC acreditada na Grã-Bretanha e fugiu junto com seus familiares para evadir o castigo penal correspondente a seus cargos como peculato de muitos fundos públicos, venda de segredos estatais e violação sexual contra uma menor.
Já em junho passado, havia chegado [na Grã-Bretanha] a indicação de regressar à pátria para a investigação.
A Procuradoria Central da RPDC investigou seus delitos e emitiu em 12 de julho a resolução de início da investigação sobre os crimes mencionados.
Em vez de submeter-se ao castigo penal, o delinquente fugiu abandonando a pátria e seus pais e irmãos expondo sua natureza de escória humana que não tem nem a mínima obrigação moral nem uma pitada de consciência.
Com o desígnio mal-intencionado de manchar a imagem externa da RPDC e distrair a atenção da população sul-coreana que está indignada com a dominação antipopular, os títeres sul-coreanos sequestraram anteriormente em plena luz do dia as inocentes cidadãs norte-coreanas e às levaram à Coreia do Sul.
Insatisfeitos com este incidente de terrorismo, levaram desta vez esse sujeito que não vale um pataco para utilizá-lo na demagogia anti-RPDC e na campanha de confrontação fratricida.
O miserável do caso é que eles estão empenhados em elevar a "patente" do fugitivo mentindo que ele é filho de um ex-combatente da luta antijaponesa e se encarregada de trabalhos partidistas na Representação (embaixada).
Ainda que a camarilha de Park Geun-hye, atordoada ante ao crescente prestígio da RPDC, intensifique a propaganda tendenciosa sobre esta parte compatrícia mobilizando até os delinquentes e escórias humanas, isto não dará resultado diferente de demostrar sua situação miserável.
O grave do caso é que as autoridades da Grã-Bretanha, autodenominada como país constitucional, entregaram o delinquente aos títeres sul-coreanos desprezando a justa demanda da RPDC e os costumes internacionais de extradição.
Logo que ocorreu este incidente, a RPDC avisou à parte britânica sobre os crimes do fugitivo e demandou sua extradição para o interrogatório.
Porém, a parte britânica entregou o fugitivo e seus familiares sem passaportes aos títeres sul-coreanos faltando com o compromisso de proteger os diplomatas estrangeiros acreditados em seu país.
Desta maneira, a Grã-Bretanha foi cúmplice do delinquente e cometeu falta de instigar a campanha de enfrentamento fratricida dos títeres sul-coreanos.
Esta conduta infiel piorará as já complicadas relações entre ambas partes coreanas, o que tampouco será proveitoso ao país europeu.
Investigação de crimes na RPDC ou "trama forjada"?
Após a divulgação do comentário da ACNC, começaram a surgir inúmeras retrucações de figuras notoriamente anti-RPDC classificando-as como "falsas" e "absurdas", embora alguns "especialistas" tenham dito que tratava-se de uma acusação muito bem pensada para mexer com a cabeça das pessoas no ocidente que consideram crime sexual como um tópico sensível.
Alguns partiram para afirmações desvairadas como que "não havia meninas menores de idade na embaixada em Londres" e que "se fosse contra uma menina britânica a mídia deste país teria dado publicidade antes do canal (de comunicação) norte-coreano".
Entretanto, haviam também mais céticos que diziam que estava evidente que a afirmação da RPDC era verdadeira pois se não fosse, o governo britânico prontamente iria refutá-la (o que realmente nem tentou fazer), acrescentando que sob a visão britânica, uma "simples" acusação de desvio de verbas da embaixada não seria motivo para extradição.
Em primeiro lugar, o que algumas justificativas ignoram é o fato de que a declaração da ACNC não dá detalhes sobre o país onde ocorreu o crime de abuso sexual de menor de idade (o que provavelmente estaria no documento enviado à Grã-Bretanha) e, posteriormente foi apontado que o crime ocorreu dentro do território jurisprudencial da RPDC.
Segundo, poucos dissertaram sobre a venda de segredos estatais, crime gravíssimo que seria motivo para qualquer país do mundo extraditar um diplomata para que fosse devidamente julgado.
Terceiro, a falta de transparência do governo britânico que se afirma como democrático trouxe ares de Guerra Fria ao cenário político mundial novamente, demonstrando uma intenção de colaborar com o regime sul-coreano ao invés de cumprir com as normas de diplomacia.
Quarto e último, mesmo que fosse o caso de um país tirânico, como a Arábia Saudita por exemplo, se determinado sujeito comete crimes ele é criminoso. Criminosos não tem nacionalidade e estão presentes em diferentes regimes. Tratá-lo como "inocente" frente às provas apresentadas pela RPDC simplesmente por se tratar de um norte-coreano é uma aplicação prática do viés ideológico acima da diplomacia que exige a imparcialidade e o respeito mútuo.
Ademais, há que destacar que as acusações infundadas de que parentes deste sujeito seriam "punidos" - mesmo que o Código Penal da RPDC não apresente nenhum artigo que corrobore com isso - foram arrasadoramente esmagadas pelo transcorrer do tempo, inclusive com a eleição de seu irmão mais velho Thae Hyong Chol ao cargo de vice-presidente do Presidium da Assembleia Popular Suprema e como membro do Bureau Político do Comitê Central do PTC.
Podem existir outros Thae Yong Ho em embaixadas norte-coreanas ao redor do mundo?
Existe um ditado coreano que diz: É escuro mesmo sob a luz (등잔 밑 이 어둡다), ou seja, que as pessoas de modo geral acabam não percebendo o que está de baixo de seus narizes.
Ao longo da história da RPDC houveram facções que foram resolutamente sentenciadas pela lei e julgadas ante à pátria e a revolução. Portanto, não se pode enfraquecer a vigilância sobre elementos espúrios que se infiltram no seio do partido ou sobre aqueles em contato com a ideologia reacionária e com os privilégios mamônicos da vida depravada em terras estrangeiras.
Tivemos em 2013 a condenação do traidor Jang Song Thaek e desmembramento de sua facção que contava com Ri Ryong Ha, Pak Nam Gi e Jang Su Gil, que demonstra que os atos anti-estatais continuam ocorrendo sob patrocínio de forças estrangeiras.
Contudo, é observada uma estabilidade política desde o desmembramento da facção de Jang. O que por outro lado, não deve ser motivo para negligenciar este trabalho.
Se Thae Yong Ho é tratado com alguém de "alto-escalão" pela Coreia do Sul é uma ilusão que a RPDC não se esforçará para tentar desfazer.
Enquanto apenas alguns comentários críticos ao traidor foram publicados, a escória humana faz discursos em tom dramático em vários palcos como uma verdadeira marionete controlada pelas mãos de forças poderosas sujas de sangue.
Se tal sujeito inspira diplomatas norte-coreanos a fazer o mesmo é algo muito subjetivo. Mas, não me seria nenhuma surpresa que alguém de mesma índole, tomado pelo mamonismo e baixeza moral, característicos do regime reacionário capitalista tome o caminho da deserção como forma de fugir de suas penalidades ante à lei e povo de seu país.
Como a história nos conta, os privilégios podem ter um efeito extremamente nocivo não somente para o indivíduo mas para a sociedade como um todo, apresentando uma aparência de "superioridade" sobre os demais.
A RPDC é um país socialista, portanto ainda existem classes sociais, embora não antagônicas. Há portanto que manter uma luta intransigente contra tais traços não-socialistas que causam enorme dano à revolução.
Por contar com um líder fiel à causa dos líderes antecessores, a Coreia socialista vem tomando firmes medidas para combater as práticas contrárias ao socialismo, incluindo os privilégios observados em diferentes setores.
Se haverá outro traidor como Yong Ho não podemos afirmar, mas, se houver, terá que defrontar a vergonha de inimigo de seu povo e se contentar com o papel de mero capacho das forças externas.
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