quarta-feira, 22 de junho de 2022

O que a situação dos refugiados ensina?


Ultimamente, a tendência de rechaço aos refugiados ucranianos se eleva dia após dia nos países europeus.

Justo depois do começo da situação crítica da Ucrânia, a União Europeia (UE) adotou a chamada  “Diretiva de Proteção Temporária” que tem como seus pontos principais a autorização do trânsito livre dos refugiados ucranianos dentro da UE e o outorgamento imediato dos direitos de bem-estar público, tais como os direitos à residência e trabalho, etc., e a anunciaram como uma “decisão histórica”.

De acordo com isso, muitos países europeus receberão massivamente os refugiados ucranianos e se empenharão muito para ajudá-los, tais como o oferecimento de alojamento, recomendação de emprego, pagamento de subsídios, asseguramento de transporte gratuito, etc., e demonstraram um aspecto que não se podia ver até agora durante a crise dos refugiados na Síria.

Em relação a isso, os veículos de imprensa e especialistas avaliaram que a UE tomou uma “medida ativa e rápida de proteção de refugiados” desta vez.

Porém, com o prolongamento da situação crítica da Ucrânia e o aumento diário do número de refugiados, os atos de rechaço aos refugiados estão ocorrendo um após o outro nos países europeus.

Muitos veículos de imprensa do mundo como “Eurasia Daily”, “Rzeczpospolita”, etc., reportaram que na Tchéquia foi suspensa a admissão de refugiados ucranianos desde 15 de junho e em algumas lojas de Praga foi posto o aviso “Proibida a entrada de ucranianos”, e a Grã-Bretanha está postergando intencionalmente a permissão de entrada ao país das crianças ucranianas.

Os veículos de imprensa como RTE e a rádio “YLE” transmitiram que em muitos países europeus como a Alemanha, muitos habitantes criticam seus governos dizendo que mantêm os refugiados com o imposto que eles pagam e um parlamentar do Parlamento Europeu expressou abertamente desgosto perguntando quais benefícios aportaria o assentamento dos refugiados da Ucrânia.

Em meio a isso, alguns países europeus resolveram suspender o desembolso dos subsídios do Estado para a hospedagem e comida dos refugiados da Ucrânia e continuam cancelando outras medidas de assistência governamental aos refugiados.

Devido a isso, as condições de vida dos refugiados da Ucrânia estão piorando e se incrementa o número de pessoas que demandam regresso à terra nativa por não poder aguentar por mais tempo as dificuldades de vida geradas pelos complicados procedimentos para os trâmites de residência e os insuficientes subsídios para subsistência.

As organizações não governamentais e os servidores voluntários lamentam dizendo que muitos refugiados que haviam obtido emprego e que haviam partido para viver juntos nas casas dos habitantes da cidade estão regressando aos estabelecimentos provisórios de alojamento.

A respeito disso, os veículos de imprensa, dizendo que a causa principal se deve a que a UE não ofereceu todavia os fundos de assistência adicional que havia prometido aos países membros, perguntam para onde foi a “ativa e rápida Diretiva de Proteção Temporária” que atribui os imediatos direitos de bem-estar social aos refugiados.

Todos os fatos comprovam claramente que a “defesa de direitos humanos” e o “humanitarismo” que a União Europeia e os países europeus professam não passam de palavras floridas que utilizam cada vez que necessitam.

Kim Gang Sok, investigador da Associação Coreia-Europa

Nenhum comentário:

Postar um comentário