quarta-feira, 15 de junho de 2022

A região do Indo-Pacífico se converte na linha avançada da frente da nova Guerra Fria


A situação regional se agrava com o passar do tempo por causa da estratégia do Indo-Pacífico dos EUA.

De 24 a 26 de maio passado, os EUA realizou um exercício militar naval conjunto junto com as “forças de autodefesa” navais do Japão no mar da frente das Filipinas.

No exercício participaram o grupo de ataque de porta-aviões de propulsão nuclear “Ronald Reagan” da força naval estadunidense e os navios das “forças de autodefesa” navais do Japão e realizaram exercícios para o aprimoramento da capacidade de cooperação e operações navais.

O recente exercício concentrou a atenção internacional por haver sido realizado ao mesmo tempo que a cúpula dos países membros do “Quad” que foi criado pelos EUA com o objetivo de manter a hegemonia na região do Indo-Pacífico.

Na cúpula do “Quad” efetuada em 24 de maio, os EUA expôs sua posição de respeitar a chamada liberdade, governança constitucional, os valores da democracia e a liberdade de navegação, e de fazer frente em conjunto às tentativas unilaterais que prejudicam a paz e a prosperidade da região do Indo-Pacífico e do resto do mundo, e com isso, revelou por si mesmo que o exercício militar serve para sua política hegemônica.

Em janeiro deste ano, os EUA realizou um exercício conjunto com a participação dos porta-aviões de propulsão nuclear “Carl Vinson” e “Abraham Lincoln” e da “força de autodefesa” naval do Japão nas águas próximas de ilha de Okinawa e exercícios navais enviando 2 grupos de ataque de porta-aviões de propulsão nuclear ao Mar do Sul da China, e em fevereiro realizou o exercício conjunto naval “Noble Fusion” com a “força de autodefesa” naval do Japão e em março realizou o exercício de guerra eletrônica com a “força de autodefesa” naval japonesa. Como tal, somente este ano, os EUA levou a cabo mais de 10 exercícios de guerra no Pacífico.

Em agosto que vem, os EUA planeja realizar exercícios militares conjuntos “RIMPAC”, o maior exercício militar do mundo.

Em janeiro passado, o jornal britânico “Financial Times”, expressando que as poderosas forças militares dos EUA, o posto de país emissor da moeda principal e os exercícios militares conjuntos com os países aliados são três forças motrizes que possibilitar aos EUA manter o poder hegemônico no  mundo, assinalando que particularmente, os exercícios militares conjuntos “RIMPAC” ocupam um  lugar muito importante na manutenção da supremacia militar dos EUA,

Devido à agressiva e hegemônica estratégia do Indo-Pacífico dos EUA, esta região abriga permanentemente o perigo de choque militar e isso exerce também uma influência negativa à situação da Península Coreana.

Recentemente, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China criticou dizendo que os EUA fabricou o “Quad” e a “AUKUS” para formar a aliança contra a China e que persegue a fechada e exclusivista política de “pequeno cercado” e a nova Guerra Fria na região do Indo-Pacífico.

O mundo deve distinguir bem quem é o principal culpado pela destruição da paz e redobrar a vigilância sobre as maquinações militares dos EUA.

Ri Myong Hak,  investigador do Instituto de Desarme e Paz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

Nenhum comentário:

Postar um comentário