terça-feira, 14 de agosto de 2018

Entidade coreana revela verdade do crime de escravidão sexual do antigo exército japonês


Recentemente, o Comitê Coreano para as Medidas sobre o Problema de ex Escravas Sexuais para o Exército Japonês e Vítimas de Recrutamento Forçado recebeu o testemunho de Sumie Nakamura (japonesa de 92 anos de idade), que antes da libertação da Coreia (15 de agosto de 1945), nasceu e viveu na Coreia e regressou à sua pátria depois da derrota do Japão na guerra.

Segundo suas declarações, ela presenciou com seus próprios olhos a "estação de conforto" do exército japonês em Kyonghung (daquele tempo) na província de Hamgyong Norte.

Sob a base de seu testemunho, o comitê acima referido realizou desde 2017 a investigação no terreno na zona de Sonbong da cidade de Rason e obteve as provas do crime de escravidão sexual cometido nessa região pelo exército japonês, a base do qual publicou no dia 14 o informe de investigação para revelar a verdade.

O documento esclarece o estado de estacionamento do exército japonês no distrito de Kyonghung antes da libertação da Coreia.

Este distrito montanhoso e pequeno, que tinha a população de 6000 pessoas na década de 1920, se converteu no ponto de importância militar para la guarda fronteiriça porque faz fronteira com China e Rússia.

Em 1937, a guarnição fronteiriça do regimento 76 da 19ª divisão de Ranam foi reorganizada pelo "projeto de revisão da estrutura da guarnição fronteiriça" e teve sua sede no distrito de Kyonghung e suas pequenas unidades em vários lugares.

Esta realidade serviu de condição suficiente para o rápido surgimento da "estação de conforto" do exército japonês no dito distrito.

"No processo de investigação no bairro de Wonjong da zona de Songbong da cidade de Rason, se verificou a existência da 'estação de conforto' ", assinala o informe e prossegue:

Estima-se que este prédio de tijolos de um andar cercado por muros altos tenha sido construído no meio ou na segunda metade da década de 1930.

Meninas de 17-20 anos das regiões do sul foram detidas lá.

Sumie Nakamura testemunhou que o visitava um médico militar japonês para examinar a enfermidade sexual delas.

Como resultado da averiguação no terreno, se comprovou que foi o mesmo edifício da estação recordada por Sumie e a 'estação de conforto' aludida pelos habitantes locais.

A 'estação de conforto' do bairro de Wonjong foi instalada para uso particular da guarnição fronteiriça de Kyonghung dependente da 19ª divisão de Ranam e da polícia militar que ocupavam o então distrito de Kyonghung.

Ademais, serviu para o exército japonês mobilizado na operação punitiva contra a Guerrilha Antijaponesa que operava na região do Nordeste da China e a outro que passava por este lugar para avançar ao continente.

O fato de que esta casa no bairro de Wonjong era para uso privado do exército também pode ser conhecido através da composição da população local.

A maioria da população era de arrendatários com uma base econômica miserável e apenas a polícia militar e a guarnição da fronteira estavam acampadas ali.

Nada levaria a pensar que havia sido instalado um prostíbulo com o objetivo de comercialização de sexo para os camponeses pobres.

A 'estação de conforto' estava apartada totalmente do exterior e as meninas ficavam todas apertadas.

O alto muro deste edifício foi para que os civis não tivesse visão do acesso exclusivo dos militares japoneses e aquelas meninas puderam manter seu dialeto do sul porque estavam encarceradas, tratando somente com os militares japoneses.

A prova mais convincente foi o "exame" periódico do médico militar japonês.

Ademais comprova o fato de que já foram descobertas as 'estações de conforto' na cidade de Chongjin da província de Hamgyong Norte e outras localidade onde estavam estabelecidas as unidades dependentes da 19ª divisão de Ranam e existem as vítimas.

Embora os reacionários japoneses façam todo o possível para encobrir para sempre seus crimes do passado, o povo coreano imputará até o final ao Japão a responsabilidade da liquidação do passado e lhe cobrará sem falta o preço de desgraças, penas e danos que sofreu a nação coreana.

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