Kim Hyok Nam publicou no dia 16 um comentário sobre a "flexibilidade estratégica" das tropas estadunidenses acantonadas na República da Coreia.
Seu texto na íntegra é o seguinte:
Nestes dias, o comandante das tropas estadunidenses destacadas na RC e outras ex-figuras de alta patente e em serviço ativo dos EUA insistem na coordenação do posicionamento de suas tropas na RC e na ampliação de seu papel, falando diariamente sobre a "flexibilidade estratégica".
Além disso, dizem que a "flexibilidade" está focada em contrabalançar a China e mudará o cálculo da Coreia, Rússia e China, expondo assim a má índole que abriga essa doutrina.
O objetivo desta simples ameaça retórica e expressão arrogante é extremamente provocativo.
Formalizar o envio direto de suas tropas na RC para o conflito e o campo de batalha da região da Ásia-Pacífico, convertendo-as em um exército móvel da região, eis o propósito estratégico dos EUA de manter a todo custo sua posição hegemônica nessa zona com a mudança do papel dessas tropas.
A "flexibilidade estratégica" que exige a ampliação da atuação das tropas estadunidenses no exterior, inclusive na RC, não surge hoje pela primeira vez.
É a doutrina agressiva enraizada dos EUA, que foi elaborada após o fim da Guerra Fria sob o pretexto de um rápido enfrentamento à "ameaça de segurança incerta" em qualquer canto da Terra e evoluiu maliciosamente sob o rótulo de "flexibilidade".
Sob essa designação, as forças armadas estadunidenses foram redistribuídas na RC e vem sendo impulsionada de forma gradual e sistemática a renovação do caráter das tropas estadunidenses na RC, buscando o rápido despacho aos arredores do teatro de operações, como a localização rotativa da brigada móvel Striker na RC.
A gravidade do caso é que essa teoria foi reapresentada, o alvo de seu golpe tornou-se mais claro e o âmbito de sua operação foi detalhado, dado que a conversão das tropas estadunidenses na RC em um exército de mobilidade rápida foi realizada.
É óbvio que com o início da "flexibilidade estratégica" cheia de ambição hegemônica se acenderá o estopim dos conflitos competitivos na região da Ásia-Pacífico, sendo a origem de uma grande explosão em cadeia.
Recentemente, um órgão de pesquisa política dos EUA publicou o resultado de uma simulação computacional que indica que o conflito entre China e EUA em uma região específica se estenderá em um instante para a Península Coreana, Japão e até ao estopim de uma guerra nuclear, fato que desperta a preocupação mundial.
O expediente provocativo dos EUA, que revela imprudência e urgência, baseia-se na inquietação da Casa Branca diante da fraqueza militar e da perda de sua posição hegemônica devido ao rápido surgimento de um campo independente anti-EUA na região em questão.
O incidente no Oriente Médio, que se agrava a cada dia, e a instável situação militar-política na Europa aumentam ainda mais suas dores de cabeça.
Para enfrentar a atual "crise complexa", os EUA tentam diversificar o papel de suas tropas na República da Coreia, a fim de otimizar a eficiência estratégica e manter a hegemonia regional canalizando as forças de seus aliados.
Se a movimentação de suas tropas para as áreas principais se concretizar, a RC será a primeira base avançada de saída muito eficaz, e será inevitável a participação do exército da RC, subordinado à aliança EUA-RC.
O comandante das tropas estadunidenses acantonadas na RC declarou abertamente que não existe nenhuma outra unidade estadunidense além do exército estadunidense na RC, localizada a uma distância direta de 400 a 600 km de Pequim, nem há forças tão poderosas e ameaçadoras como porta-aviões mobilizadas para a guerra como a RC, o que é uma prova irrefutável.
Não há dúvida de que a concentração, acumulação e expansão da enorme energia bélica nessa região se acelerarão devido à loucura imprudente dos EUA, que utilizam a RC como um porta-aviões para pressionar seus países rivais.
Todos os fatos demonstram de forma inequívoca que a cobiça dos EUA por manter a hegemonia é o principal fator que fragiliza o equilíbrio estratégico da região e leva o ambiente de segurança global a uma situação incontrolável e catastrófica.
Pela vontade dos EUA de uma intervenção ativa das forças armadas na região da Ásia-Pacífico, cria-se uma nova corrente instável destinada a intimidar de forma multilateral a paz e o ambiente de segurança da região e do restante do mundo.
A multipolarização do mundo aspirante à justiça deu o toque fúnebre à injusta política dos EUA de manter a hegemonia.
A conduta provocativa dos inimigos, que se torna a cada dia mais insensata, nos mostra a justiça e a urgência de renovar o dissuasor mais esmagador e ofensivo e enfrentar a emissão de advertências por meio de ações firmes.
A "flexibilidade estratégica" das tropas estadunidenses na RC, baseada na anacrônica "teoria da onipotência da força", lhes trará um isolamento estratégico insuperável e uma derrota de forças irrecuperável.
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