sábado, 14 de junho de 2025

"Apoiamos o Brasil e nos opomos aos ianques"

Vários países da América Latina condenam o imperialismo estadunidense por instigar rebeliões antigovernamentais no Brasil

Os circulos sociais de uma série de países da América Latina se opuseram firmemente à rebelião promovida pelas forças reacionárias de direita do Brasil sob instigação do imperialismo estadunidense, e apoiam a luta do povo brasileiro.

Segundo despacho da agência Xinhua em Montevidéu, representantes dos trabalhadores, estudantes, diversas organizações sociais e partidos políticos do Uruguai adotaram no dia 1º, durante um comício promovido pela Associação de Jornalistas do Uruguai, uma declaração de apoio ao povo brasileiro e ao presidente brasileiro Goulart, que se opõem ao imperialismo estadunidense e aos elementos fascistas brasileiros que desencadearam a rebelião.

Os participantes do comício decidiram desenvolver um movimento de apoio ao povo brasileiro, que realiza reformas de base e se opõe à rebelião.

Naquele dia, os trabalhadores e os estudantes do Uruguai realizaram uma manifestação nas ruas da capital em apoio à luta do povo brasileiro e exigiram que o governo uruguaio adotasse uma firme posição de apoio ao governo e ao povo do Brasil.

Os manifestantes indignados marcharam pelas principais ruas de Montevidéu gritando palavras de ordem como “Apoiamos o Brasil e nos opomos aos ianques” e “Saudamos as reformas progressistas do governo brasileiro”.

Alguns deputados apresentaram uma proposta de apoio ao povo brasileiro.

Durante a discussão dessa proposta, a esmagadora maioria dos deputados expressou apoio ao povo brasileiro e ao presidente do Brasil, Goulart.

Segundo a agência TASS na noite do dia 2, em Caracas, o Partido Vanguarda Popular Nacional da Venezuela enviou uma carta ao presidente Goulart expressando, em nome do povo venezuelano, solidariedade ao governo do Brasil e às forças progressistas.

Horacio Scott Power, presidente da Confederação Geral dos Trabalhadores da Venezuela, condenou a rebelião militar antigovernamental no Brasil em nome da classe trabalhadora venezuelana.

O deputado da Assembleia Nacional da Venezuela, José Herrera Oropesa, destacou que a rebelião das forças armadas reacionárias é uma nova manobra dos imperialistas estadunidenses para impedir o processo de unificação das forças nacionalistas do Brasil.

Jorge Maldonado, dirigente da Federação Estudantil da Venezuela, afirmou que todos os povos da América Latina estão agora ao lado do povo brasileiro e expressou o pleno apoio da juventude venezuelana ao povo do Brasil que luta pela libertação da opressão dos imperialistas e das forças políticas reacionárias internas.

Enquanto isso, segundo despacho da agência TASS em Buenos Aires, a União pela Unidade e Ação dos Trabalhadores da Argentina enviou um telegrama à Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil expressando a solidariedade da classe trabalhadora argentina à luta do povo brasileiro.

Agência Central de Notícias da Coreia

Publicado na edição de 4 de abril de 1964 do diário Rodong Sinmun

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