sábado, 21 de junho de 2025

Confissão de um veterano de guerra

Agora tenho 95 anos de idade. Participei da Guerra de Libertação da Pátria (25 de junho de 1950 – 27 de julho de 1953) aos 20 anos de idade.

Até hoje não consigo esquecer a época da juventude em que lutei com armas contra os inimigos pela pátria e pelo povo. Naquele tempo, não tínhamos armas dignas de menção, pois o Exército Popular da Coreia contava com pouco mais de dois anos de fundação e a República tinha apenas dois anos de estabelecida.

Nosso inimigo não era outro senão o imperialismo estadunidense, que se vangloriava de sua invencibilidade na história das guerras mundiais, junto com a horda dos países satélites. Como o mundo inteiro qualificava a guerra coreana como um confronto entre o fuzil e a bomba atômica, a diferença entre as forças era enorme.

Em setembro de 1950, quando o Exército Popular, que defendia a linha do rio Raktong, realizou uma retirada estratégica temporária, em nossa unidade de cerca de 150 soldados apenas 4 ou 5 pessoas portavam armas — isso já basta para imaginar a situação da época. Mas nós, com a fé de que triunfaríamos sem falta se contássemos com o grande Líder camarada Kim Il Sung, invencível general de aço, defendemos o território pátrio com o sacrifício da própria vida, demonstrando coragem incomparável e espírito de abnegação em cada combate.

Nós, soldados do EPC, tínhamos uma só vontade em comum: defender a pátria a qualquer custo, para não repetir a vida de escravidão sofrida durante a dominação militar do imperialismo japonês. No meu caso, meu pai e meus tios foram assassinados pelos policiais por participarem do movimento antijaponês antes da libertação da pátria (15 de agosto de 1945), e até minha mãe morreu de doença. Para sustentar meus irmãos, fui obrigado a trabalhar como diarista. Mas o grande Líder camarada Kim Il Sung libertou a pátria e nos deu uma nova vida. Vivemos com dignidade durante cinco anos na pátria libertada, e por isso fui o primeiro a me alistar no exército quando a guerra estourou, para defender essa pátria preciosa, e combati em muitas batalhas como metralhador.

Após o cessar-fogo, estudei no então Instituto Superior de Construção de Pyongyang e depois dediquei toda a minha vida à construção de moradias.

Primeiro construí novas habitações rurais, superando todos os atrasos seculares no campo. Em seguida, participei da construção de moradias e projetos encomendados em muitas cidades, incluindo a cidade de Phyongsong, capital da província de Pyongan Sul, e Pyongyang, a capital da República. Recebi altas condecorações estatais e títulos ao participar das construções mais importantes do Estado.

Assim, combati com armas quando a pátria enfrentou a dura provação da guerra, e em tempos de paz dediquei meus esforços para oferecer lares de felicidade ao povo. Mesmo depois de tanto tempo, hoje o Estado me oferece toda a felicidade e glória por ser um veterano de guerra e cidadão benemérito.

Participei todos os anos da Conferência Nacional de Veteranos de Guerra, tive a grande honra de tirar fotografias com o estimado camarada Kim Jong Un em várias ocasiões e vivi dias inesquecíveis recebendo o mais alto tratamento. Graças ao amor e à solicitude do Partido e do Estado, desfruto de uma vida feliz mesmo na velhice.

Ao ver pela TV e pelos meios de comunicação as transformações da nossa pátria sob a direção do estimado camarada Secretário-Geral, tenho confiança de que nosso país se tornará, num futuro não distante, uma potência socialista admirada por todo o mundo.

Pak Yong Man, da unidade de vizinhança nº 30 do bairro Wisong, distrito de Unjong, cidade de Pyongyang

Naenara

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