sábado, 21 de junho de 2025

Com o passar do tempo, fiquei decepcionado com a política de "reforma": apontou produtor soviético

Sergei Bondarchuk, renomado ator e produtor soviético, declarou em uma entrevista à emissora russa no dia 16, que ficou decepcionado com a política de "reforma" à medida que o tempo passava.

Ele afirmou que, até então, havia recusado todas as coletivas de imprensa promovidas pelos meios de comunicação de massa, mantendo silêncio sobre tudo, mas que não pôde mais suportar e, por isso, aceitou participar da entrevista, dizendo o seguinte:

"Desde o início apoiei a política de reforma. No entanto, com o passar do tempo, fiquei decepcionado.

Não apenas é impossível compreender, como chega a ser revoltante, a alegação desses chamados 'democratas' que ignoram todos os fatos e afirmam que tudo dos últimos 70 anos — até mesmo as coisas boas — foi errado.

Esses 'democratas', que atacavam o Partido Comunista sob o pretexto de pluralismo e 'democracia' para tomar o poder, agora tentam exercer domínio absoluto. Estão enlouquecidos para eliminar todos os que consideram hereges e estão obcecados pelo poder."

Ele lamentou dizendo que, ao ver a nova geração no setor cinematográfico e nas artes e cultura, não aparece nenhuma obra digna, apenas coisas vulgares e sem valor artístico, meros produtos de uma busca cega por popularidade, questionando: “Que tipo de nova criação é essa?”, e afirmou que é tão repugnante que não se pode sequer abrir os olhos para assistir.

“Só fazem trabalho de escritório, ninguém está realmente trabalhando. Existem outras obras além dessas que ignoram a história e tentam pintar o negro como branco?”, disse ele, e declarou que tais produções não podem ser chamadas de obras artísticas de verdade.

Ele revelou que, recentemente, tem sido alvo de fortes pressões e críticas públicas por parte dos chamados políticos 'democratas', e explicou a razão:

“Isso se deve ao fato de que, até hoje, não me desfiliei do Partido Comunista e mantenho minha posição.”

“Na época mais difícil, meus pais se filiaram ao Partido Comunista como se estivessem entregando tudo pelo país e pelo povo, e eu também me tornei membro do Partido seguindo seus passos, sendo leal até hoje. Mesmo nas circunstâncias atuais, não tenho intenção de deixar o Partido.”

E concluiu enfatizando que viverá segundo suas convicções até o último momento de sua vida.

Agência Central de Notícias da Coreia, 1 de novembro de 1991

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