quinta-feira, 19 de junho de 2025

Tratamento injusto

No último dia 1º de novembro, a Polônia anunciou oficialmente que estabeleceu “relações diplomáticas” com o governo títere da Coreia do Sul.

O lado polonês alega que essa decisão foi “forçada pelas atuais condições econômicas da Polônia”, mas considerar que o estabelecimento de relações diplomáticas com a Coreia do Sul irá superar as dificuldades econômicas que o país enfrenta atualmente é um grande equívoco.

Como é de conhecimento geral, recentemente, na Polônia, o poder foi trocado por conta da infiltração ideológica e cultural dos imperialistas, em conluio com forças antissocialistas.

Com isso, a Polônia se encontra atualmente em grave crise, enfrentando grande confusão política e colapso econômico.

As conquistas socialistas alcançadas pelos comunistas e pelo povo da Polônia ao longo de mais de 40 anos estão em sério risco, e a instabilidade social se agrava dia após dia.

A Polônia, diante dessa grave crise político-econômica, está procurando uma saída pedindo socorro aos imperialistas, e, por fim, chegou ao ponto lastimável e deplorável de se apegar aos fantoches sul-coreanos — que não conseguem sobreviver sem o apoio dos imperialistas estadunidenses e das forças reacionárias japonesas — achando que poderia obter algo ao estabelecer até mesmo “relações diplomáticas” com eles.

A experiência histórica já demonstrou mais de uma vez que é inútil esperar prosperidade econômica ou qualquer benefício ao se apoiar nos imperialistas.

Acreditar que se pode obter algum benefício ao se aliar com os fantoches sul-coreanos — meros lacaios dos capitalistas monopolistas dos Estados Unidos e do Japão — é uma grande tolice.

Explorar e saquear os outros é a própria natureza dos imperialistas, e é evidente que eles não são capazes de oferecer caridade a ninguém.

Os imperialistas não desejam a prosperidade do socialismo, mas sim sua destruição, e utilizam a “ajuda” como isca para promover esse objetivo político.

Um exemplo claro disso é que, durante a visita do presidente dos EUA, Bush, à Polônia, em julho passado, ao pedido do lado polonês de 10 bilhões de dólares para recuperar a economia, ele respondeu oferecendo apenas 100 milhões de dólares como “caridade”.

O fato da Polônia ter acumulado hoje uma dívida externa de centenas de bilhões de dólares é justamente uma consequência da “ajuda” predatória dos imperialistas.

Sob o pretexto da chamada “ajuda”, os imperialistas concederam empréstimos à Polônia e, por meio de métodos engenhosos e desavergonhados, aumentaram os juros, chegando ao ponto de atualmente arrancarem dezenas de bilhões de dólares por ano.

Será que as autoridades polonesas conseguirão realmente superar a atual crise econômica apenas recebendo algumas migalhas ao se aliar aos fantoches sul-coreanos, lacaios dos imperialistas estadunidenses?

Como é de conhecimento geral, a Coreia do Sul é uma colônia completa dos Estados Unidos, e o “governo” sul-coreano é um lacaio que atua inteiramente sob ordens de Washington.

A Coreia do Sul não consegue sobreviver sequer um dia sem o apoio dos imperialistas estadunidenses e reacionários japoneses, e sua economia não passa de um apêndice subordinado ao capital monopolista dos EUA e do Japão.

Os fantoches sul-coreanos, sob a manipulação e o patrocínio dos EUA, estão tentando seduzir alguns países com algumas poucas quantias de dólares, para arrastá-los de forma traiçoeira à realização de “contatos cruzados” e “reconhecimentos cruzados” — manobras que visam a divisão permanente da Coreia.

As manobras dos inimigos para fabricar "duas Coreias” são um produto direto da política anti-RPDC e agressiva dos reacionários dos EUA e do Japão contra a Coreia, cujo objetivo é transformar permanentemente a Coreia do Sul em sua colônia, base militar de agressão e barreira contra o comunismo.

É verdadeiramente doloroso que a Polônia, que sofreu diretamente a amarga dor da divisão nacional por mais de cem anos devido à dominação de forças estrangeiras, tenha se deixado enredar nas artimanhas dos inimigos.

A decisão do governo polonês de estabelecer “relações diplomáticas” com os fantoches sul-coreanos não corresponde à aspiração ardente de toda a nossa nação pela reunificação da pátria nem ao desenvolvimento das relações amistosas entre os povos dos dois países.

Quanto mais lamentáveis forem as ações dos que se encontram em situação miserável, maior será o apoio e a solidariedade dos povos conscientes do mundo à causa da reunificação da Coreia, e, com esse apoio, a causa da reunificação de nossa pátria será inevitavelmente realizada.

Ao estabelecer “relações diplomáticas” com os fantoches sul-coreanos, as autoridades polonesas danificaram as tradicionais boas relações que existiam entre a RPDC e a Polônia.

As autoridades polonesas acabarão provando o amargo sabor das ações que cometeram agora.

Com o tempo, o povo polonês verá claramente quem é de fato seu verdadeiro amigo.

Observaremos com atenção e vigilância a evolução futura da situação na Polônia e a postura que adotará em relação a nós.

Kang Chol Su

Artigo do diário Rodong Sinmun de 3 de novembro de 1989

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