quarta-feira, 18 de junho de 2025

A "ajuda" dos imperialistas é um meio para a dominação mundial

Sempre que discutem questões internacionais, os Estados Unidos e outros países ocidentais costumam repetir insistentemente o discurso da “ajuda”. Seja nas Nações Unidas, seja nas reuniões do chamado Grupo dos Sete, o tema da “ajuda” está sempre em pauta.

Historicamente, os imperialistas alardearam “ajuda” e “cooperação”, tentando parecer como os únicos capazes de promover o desenvolvimento dos países atrasados, exigindo ao mesmo tempo a adoção do sistema político e econômico ocidental. No entanto, essa “ajuda” tem agravado a estagnação econômica, aprofundado a dependência e causado grandes impactos negativos na estabilidade social, razão pela qual é rejeitada por muitos países.

A “ajuda” dos imperialistas é enganosa e constitui um dos principais instrumentos para a realização de sua hegemonia.

Quando se quer ajudar alguém com sinceridade, não se deve impor qualquer condição. No entanto, o que se vê nas “ajudas” oferecidas pelos imperialistas está muito distante disso.

O ex-presidente dos EUA, Harry Truman, confessou que o plano de “ajuda ao desenvolvimento dos países subdesenvolvidos” dos EUA “não era para ajudar outros países, mas um plano exclusivamente voltado para os interesses dos Estados Unidos”. Nixon também afirmou: “Nossa ajuda externa deve servir aos objetivos estratégicos dos EUA e, se não houver retorno, não deve ser concedida.”

Dominação e pilhagem são a essência e a natureza do imperialismo. Assim como o capital monopolista não poupa meios para obter lucros, os imperialistas são os exploradores e saqueadores mais descarados e despóticos da história da humanidade, e sua ganância não conhece limites. Eles se dedicam à guerra e à agressão, e perseguem obstinadamente políticas de dominação e subjugação de outros países para obter lucros e enriquecer.

É evidente que da parte desses imperialistas não se pode esperar nenhuma forma de ajuda genuína.

Os imperialistas não demonstram boa vontade com ninguém. Sempre que dizem oferecer algo, há por trás disso intenções ocultas.

A chamada “ajuda” dos imperialistas é, na verdade, um instrumento utilizado pelos Estados Unidos e outras potências ocidentais para manter e consolidar a ordem mundial dominada por eles.

Eles próprios admitem abertamente: “A ajuda exerce um papel indispensável na implementação da política externa. Por meio dela, conseguimos influenciar acontecimentos importantes em todo o mundo.”

Na prática, os imperialistas utilizam a “ajuda” para controlar os setores vitais da economia dos países destinatários, criando distorções e dificuldades econômicas, o que força esses países a dependerem cada vez mais de novas “ajudas” para sobreviver. Em seguida, exigem a implementação de políticas internas e externas alinhadas aos seus interesses. Determinam inclusive como e em que setores a “ajuda” deve ser aplicada e, posteriormente, chegam a exigir mudanças no sistema político. Há casos em que impõem descaradamente a adoção do pluripartidarismo, a implementação da economia de mercado e chegam até a ditar quem deve ou não governar o país, exercendo uma clara interferência nos assuntos internos. Quando tais exigências não são atendidas, cortam até mesmo a já escassa “ajuda” e sufocam o país com severos bloqueios econômicos.

Nos últimos anos, as condições impostas pelos imperialistas em troca da “ajuda” têm se tornado cada vez mais específicas, com ênfase na “implementação da democracia” e na “garantia dos direitos humanos”.

Só para citar o caso da África: os imperialistas têm pressionado os países da região sob o pretexto de “democracia e direitos humanos”. A concessão da “ajuda” passou a depender do grau de implementação do que chamam de “política democrática”. Um exemplo vívido é o recente anúncio dos Estados Unidos de que suspenderiam a “ajuda” à África do Sul sob a justificativa de que o país estava realizando reforma agrária e restringindo as atividades de figuras da oposição.

O objetivo por trás da “ajuda” alardeada pelos imperialistas é claro: interferir nos assuntos internos dos países em desenvolvimento ou dos que não se alinham aos seus interesses, impor valores e sistemas políticos ocidentais, estabelecer uma ordem hegemonista sob sua liderança e controlar o mundo inteiro a seu bel-prazer.

Os imperialistas veem os países em desenvolvimento apenas como mercados para seus produtos e fontes de matérias-primas. Eles entregam uma parte e saqueiam dez ou cem em troca. Sob o pretexto de oferecer “ajuda”, garantem condições vantajosas para seus investimentos, tomam diversos direitos e privilégios, e exploram mão de obra barata para obter lucros extraordinários.

Não é por acaso que o presidente de Uganda afirmou que os “empréstimos” e “pacotes de ajuda” oferecidos pelos países ocidentais não têm valor, e que, na verdade, impedem o desenvolvimento de Uganda e do continente africano, já que o Ocidente vê a África apenas como fornecedora de matérias-primas.

Refletindo essa mesma realidade, certa vez o diretor do Instituto Nigeriano de Estudos Internacionais criticou: “Os países ocidentais usam a ‘ajuda’ para colocar 1 dólar em um dos nossos bolsos enquanto tiram 10 do outro.”

A “ajuda” dos imperialistas também serve como instrumento para manter e consolidar sua hegemonia militar.

O mundo de hoje não é mais o mesmo de antes. Novas potências emergentes têm surgido e se desenvolvido rapidamente tanto econômica quanto militarmente, e a correlação de forças mudou completamente. O mundo caminha rumo à multipolaridade. As políticas de força dos imperialistas deixaram de funcionar. Diante dessa nova conjuntura, os imperialistas estão desesperadamente tentando preservar e reforçar sua hegemonia militar. Usam a “ajuda” como isca para expandir suas bases militares e travar guerras por procuração com o objetivo de manter sua supremacia.

Por isso, mesmo quando fornecem “ajuda” a outros países, ela é majoritariamente de caráter militar, e, mesmo quando assume outras formas, exige garantias de interesses militares em contrapartida.

Os Estados Unidos estão instalando bases militares no Oriente Médio e na Ásia Central sob o pretexto de “ajuda militar” para a “luta contra o terrorismo”. Na região da Ásia-Pacífico, também vêm oferecendo amplas “ajudas” a seus aliados, buscando arregimentá-los para expandir sua esfera de influência regional e pressionar seus rivais.

Os EUA colocam alguns poucos dólares nas mãos de certos países e os utilizam como tropas de choque em guerras de agressão. O fato de Ucrânia e Israel estarem servindo como agentes dos Estados Unidos no Oriente Médio e na Europa, alimentadas pela “ajuda militar” estadunidense, mostra de forma clara a verdadeira natureza da “ajuda” dos imperialistas.

Sem enviar tropas diretamente para a Ucrânia ou Israel, os EUA estão manipulando os cenários de guerra por meio da “ajuda militar”.

A prática da “ajuda” pelos imperialistas está provocando sérias consequências no cenário internacional, com o surgimento de situações complexas e graves.

Na verdade, alguns países chegaram a nutrir ilusões sobre o Ocidente, acreditando que poderiam prosperar se recebessem sua “ajuda”. Mas o que colheram foi algo profundamente trágico.

Os países que receberam essa “ajuda” não alcançaram uma reconstrução econômica, mas tiveram seus recursos naturais saqueados a preços irrisórios. Suas economias nacionais entraram em colapso, o padrão de vida da população piorou drasticamente, e esses países mergulharam profundamente na dependência política e econômica dos imperialistas.

Além disso, surgiram incontáveis perdas humanas e materiais devido a conflitos entre nações e etnias, e ao ciclo vicioso de terrorismo e represálias. Há países que foram destruídos por disputas agravadas. Em certos países africanos, chegaram até a ocorrer quedas de presidentes do poder.

A natureza reacionária e enganosa da “ajuda” dos imperialistas ficou totalmente exposta.

A aceitação da “ajuda” imperialista com o único objetivo de obter ganhos imediatos leva inevitavelmente à ruína do país e do povo.

A história passada e a realidade presente comprovam claramente essa verdade.

Ri Hak Nam

Rodong Sinmun

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