Há alguns dias, os Estados Unidos incluíram na lista de proibição de entrada em seu território cidadãos de 19 países sob o pretexto de que representam uma “ameaça” à segurança nacional.
Essa medida arrogante de um país egoísta, chauvinista e racialmente discriminatório está agora provocando forte condenação e rejeição por parte da sociedade internacional.
É natural que qualquer Estado restrinja ou controle a entrada de estrangeiros em seu território, o que pertence ao âmbito dos direitos soberanos do país em questão.
No entanto, os EUA utilizam essa medida como um instrumento político com o objetivo de discriminar e pressionar outros países, razão pela qual essa decisão tem sido alvo de críticas.
O ridículo é que alguns afirmam que a não inclusão da República Popular Democrática da Coreia nessa lista demonstra uma postura branda da atual administração estadunidense em relação à RPDC, que tentaria retomar o diálogo entre os dois países.
Não podemos deixar de considerar que esse entendimento estranho é um julgamento unilateral baseado na ignorância sobre o passado e o presente das relações entre a RPDC e os EUA.
Em 2017, durante o seu primeiro mandato, a atual administração estadunidense incluiu a RPDC nessa lista sob o pretexto injusto de que ela nega a cooperação com o governo dos EUA e não satisfaz a exigência de compartilhamento de informações, e manteve essa designação durante todo o seu mandato.
No presente ano, ao iniciar seu segundo mandato, voltou a classificar a RPDC como um dos “países não cooperativos na luta contra o terrorismo” e prorrogou novamente a proibição total de viagem de seus cidadãos à RPDC.
O caso atual pode ser explicado apenas pelos EUA, seja por razões técnicas ou por motivações políticas.
Mas é evidente que não temos nenhum interesse no consentimento dos EUA.
Embora a atual administração estadunidense não tenha intencionalmente incluído a RPDC nessa lista, isso não chama nossa atenção nem nos dá motivos para nos alegrarmos com tal medida.
Não é agradável como destino de viagem para nossos cidadãos os EUA, que hostilizam a RPDC mais do que outros países e onde predominam, como ambiente social, o chauvinismo e a discriminação racial, além de reinarem os males de toda espécie.
Recentemente, o vice-presidente estadunidense, reconhecido como a segunda figura da atual administração, difamou sem fundamento o regime político da RPDC, após criticar uma universidade estadunidense pela falta de “diversidade ideológica”, ocasião que nos leva a nutrir um sentimento de rejeição a esse país.
Não nos interessa se os EUA incluem ou não nosso país nessa lista unilateral elaborada por eles mesmos.
Acredito que a RPDC também não saudará no futuro a entrada de estadunidenses no país.
Esse exercício do direito justo e soberano, buscando defender o regime social do Estado e o bem-estar e tranquilidade do povo contra todo tipo de ameaça dos EUA, é totalmente diferente da medida parcial dos EUA.
Não avaliaremos a conduta dos EUA com base em observações esperançosas ou interpretações subjetivas de alguém, mas trataremos esse país com base na realidade e de acordo com nosso próprio julgamento independente.
Kim Myong Chol, comentarista de assuntos internacionais
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